Doutor, esqueci-me que estou num lar…
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/8786 |
Resumo: | Introdução: A institucionalização é atualmente encarada como uma opção viável para idosos que revelem declínio da capacidade cognitiva e que, por essa razão, vejam a sua independência e qualidade de vida comprometidas. Apesar deste facto, são ainda escassos os dados epidemiológicos capazes de traduzir, com rigor, a realidade da população institucionalizada. O presente trabalho tem como objetivo conhecer os fatores associados ao estado cognitivo de idosos institucionalizados traçando o seu perfil geral e averiguando a existência de uma associação entre a capacidade cognitiva do idoso e o sexo, a idade, a escolaridade, o tempo de institucionalização, a participação nas atividades lúdicas e a sintomatologia depressiva. Material e Métodos: O estudo incluiu uma amostra voluntária e aleatória de 72 indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos, residentes em Estruturas Residenciais para Pessoa Idosa (ERPI) no concelho da Covilhã. O teste escolhido para a avaliação do estado cognitivo dos inquiridos foi o Mini-Mental State Examination (MMSE). A análise estatística dos dados foi feita com recurso ao software de estatística Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 25. Resultados: A amostra em estudo apresentou uma média de idades de 84,83 ± 7,073 anos, predominantemente do sexo feminino (68,1%) e um baixo nível de escolarização (91,67% dos idosos ou eram analfabetos ou tinham até 4 anos de escolaridade). Verificou-se que 76,39% dos inquiridos estavam institucionalizados por um período superior a 1 ano e que 55,6% participavam nas atividades lúdicas proporcionadas pela instituição. Observou-se ainda que 29,17% dos idosos avaliados apresentaram resultados sugestivos de depressão e, entre os idosos que foram capazes de responder ao MMSE, 43,9% apresentaram pontuações indicativas de défice cognitivo. No presente estudo foi possível encontrar uma associação, embora marginalmente significativa, entre a participação nas atividades lúdicas e o desempenho no MMSE (p= 0,066). No entanto, o mesmo não aconteceu quando se associam as variáveis sexo (p=0,565), idade (p=0,878), escolaridade (p=0,550), tempo de institucionalização (p=0,877) e sintomatologia depressiva (p=0,236) com perfil cognitivo dos idosos. Conclusão: O presente estudo permitiu caracterizar melhor o idoso institucionalizado deste concelho, alertando para a elevada prevalência de deterioração da função cognitiva entre estes idosos e para o possível benefício da participação nas atividades lúdicas promovidas pela instituição sob o funcionamento cognitivo. |
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Doutor, esqueci-me que estou num lar…Capacidade Cognitiva no Idoso InstitucionalizadoCogniçãoEnvelhecimentoIdosoInstitucionalizaçãoMmseDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: A institucionalização é atualmente encarada como uma opção viável para idosos que revelem declínio da capacidade cognitiva e que, por essa razão, vejam a sua independência e qualidade de vida comprometidas. Apesar deste facto, são ainda escassos os dados epidemiológicos capazes de traduzir, com rigor, a realidade da população institucionalizada. O presente trabalho tem como objetivo conhecer os fatores associados ao estado cognitivo de idosos institucionalizados traçando o seu perfil geral e averiguando a existência de uma associação entre a capacidade cognitiva do idoso e o sexo, a idade, a escolaridade, o tempo de institucionalização, a participação nas atividades lúdicas e a sintomatologia depressiva. Material e Métodos: O estudo incluiu uma amostra voluntária e aleatória de 72 indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos, residentes em Estruturas Residenciais para Pessoa Idosa (ERPI) no concelho da Covilhã. O teste escolhido para a avaliação do estado cognitivo dos inquiridos foi o Mini-Mental State Examination (MMSE). A análise estatística dos dados foi feita com recurso ao software de estatística Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 25. Resultados: A amostra em estudo apresentou uma média de idades de 84,83 ± 7,073 anos, predominantemente do sexo feminino (68,1%) e um baixo nível de escolarização (91,67% dos idosos ou eram analfabetos ou tinham até 4 anos de escolaridade). Verificou-se que 76,39% dos inquiridos estavam institucionalizados por um período superior a 1 ano e que 55,6% participavam nas atividades lúdicas proporcionadas pela instituição. Observou-se ainda que 29,17% dos idosos avaliados apresentaram resultados sugestivos de depressão e, entre os idosos que foram capazes de responder ao MMSE, 43,9% apresentaram pontuações indicativas de défice cognitivo. No presente estudo foi possível encontrar uma associação, embora marginalmente significativa, entre a participação nas atividades lúdicas e o desempenho no MMSE (p= 0,066). No entanto, o mesmo não aconteceu quando se associam as variáveis sexo (p=0,565), idade (p=0,878), escolaridade (p=0,550), tempo de institucionalização (p=0,877) e sintomatologia depressiva (p=0,236) com perfil cognitivo dos idosos. Conclusão: O presente estudo permitiu caracterizar melhor o idoso institucionalizado deste concelho, alertando para a elevada prevalência de deterioração da função cognitiva entre estes idosos e para o possível benefício da participação nas atividades lúdicas promovidas pela instituição sob o funcionamento cognitivo.Introduction: Institutionalization is currently seen as a viable option for the elderly who reveal a decline in their cognitive ability and therefore see their independence and quality of life compromised. Despite this fact, the epidemiological data capable of accurately translating the reality of the institutionalized population is still scarce. The objective of this study is to acknowledge the factors associated with the cognitive status of institutionalized elderly people, outlining a general profile and investigating the existence of an association between the cognitive ability of the elderly and gender, age, schooling, institutionalization time, participation in recreative activities and depressive symptomatology. Methods: The study included a volunteer and random sample of 72 individuals aged 65 years or over residing in some of the Residential Structure for the Elderly (ERPI) in the municipality of Covilhã. The Mini-Mental State Examination (MMSE) was the test chosen to assess the cognitive state of the respondents. Statistical analysis of the data was done using the statistical software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), version 25. Results: The study sample had an average age of 84.83 ± 7.073 years, predominantly females (68.1%) and a low level of schooling (91.67% of the elderly were either illiterate or were up to 4 years of schooling). It was verified that 76.39% of the respondents were institutionalized for a period of more than 1 year and that 55.6% participated in the recreative activities provided by the institution. It was also observed that 29.17% of the elderly evaluated presented results suggestive of depression, and among the elderly who were able to respond to MMSE, 43.9% presented scores indicative of cognitive deficit. In the present study, it was possible to find an association, although marginally significant, between the participation in recreative activities and performance in MMSE (p = 0.066). However, the same did not occur when the variables gender (p = 0.565), age (p = 0.878), schooling (p = 0.550), institutionalization time (p = 0.877) and depressive symptomatology (p =0.877) were associated with the cognitive profile of the elderly. Conclusion: The present study made it possible to better characterize the institutionalized elderly of this municipality, alerting to the high prevalence of cognitive function deterioration among these elderly people and to the possible benefit of participation in the recreative activities promoted by the institution under cognitive functioning.Patto, Maria da Assunção Morais e Cunha VazAfonso, Rosa Marina Lopes Brás MartinsGama, Jorge Manuel dos ReisuBibliorumCosta, Sílvia Rafaela Vieira da2020-01-27T17:09:25Z2019-06-192019-05-242019-06-19T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8786TID:202373991porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:49:06Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8786Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:49:02.969707Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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