Violência sexual em conflitos armados enquanto ameaça à Segurança Humana
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/3333 |
Resumo: | É precisamente no conflito da Bósnia-Herzegovina (1992-1995) e do Ruanda (1994), (aquando da reconceptualização da segurança, que alertou a comunidade internacional para os novos tipos de ameaças) que o estupro é empregue como instrumento de limpeza étnica e de genocídio – estratégia de guerra. As atrocidades perpetradas nestes conflitos (atrocity zones), designadamente o estupro, chamaram a atenção da comunidade internacional alcançando um lugar na agenda dos Estudos de Segurança, o que resultou na sua politicização e se traduziu, igualmente, na vontade de julgar os responsáveis. No decorrer das atrocidades verificadas, e na evidência de que constituíam uma ameaça à paz e à segurança internacional, foram estabelecidos os Tribunais ad hoc para a antiga Jugoslávia e para o Ruanda, originando a consagração do estupro per se como crime de guerra, crime contra a humanidade e acto de genocídio (atrocity crime). Esta comunicação pretende demonstrar que estes conflitos e os consequentes tribunais assumiram um importante contributo para que um Regime Internacional de Atrocidades (atrocity law) fosse estabelecido, cujo objectivo passa pela responsabilização dos perpetradores de violações excepcionais dos Direitos Humanos e do Direito Internacional Humanitário, bem como a tentativa de prevenção e mitigação das mesmas. Esta tendência, que apresenta considerável institutional building e institutional learning poderá, ainda, funcionar enquanto provedor de Segurança Humana, dado a centralidade do indivíduo que lhe é inerente |
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Violência sexual em conflitos armados enquanto ameaça à Segurança HumanaEstuproBósnia-HerzegovinaRuandaTribunais ad hocRegime Internacional de AtrocidadesÉ precisamente no conflito da Bósnia-Herzegovina (1992-1995) e do Ruanda (1994), (aquando da reconceptualização da segurança, que alertou a comunidade internacional para os novos tipos de ameaças) que o estupro é empregue como instrumento de limpeza étnica e de genocídio – estratégia de guerra. As atrocidades perpetradas nestes conflitos (atrocity zones), designadamente o estupro, chamaram a atenção da comunidade internacional alcançando um lugar na agenda dos Estudos de Segurança, o que resultou na sua politicização e se traduziu, igualmente, na vontade de julgar os responsáveis. No decorrer das atrocidades verificadas, e na evidência de que constituíam uma ameaça à paz e à segurança internacional, foram estabelecidos os Tribunais ad hoc para a antiga Jugoslávia e para o Ruanda, originando a consagração do estupro per se como crime de guerra, crime contra a humanidade e acto de genocídio (atrocity crime). Esta comunicação pretende demonstrar que estes conflitos e os consequentes tribunais assumiram um importante contributo para que um Regime Internacional de Atrocidades (atrocity law) fosse estabelecido, cujo objectivo passa pela responsabilização dos perpetradores de violações excepcionais dos Direitos Humanos e do Direito Internacional Humanitário, bem como a tentativa de prevenção e mitigação das mesmas. Esta tendência, que apresenta considerável institutional building e institutional learning poderá, ainda, funcionar enquanto provedor de Segurança Humana, dado a centralidade do indivíduo que lhe é inerente2017-11-13T17:24:09Z2014-07-03T00:00:00Z2014-07-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11144/3333por978-989-8191-64-9Pereira, Susana Luísa Correiainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-11T02:27:39Zoai:repositorio.ual.pt:11144/3333Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:35:39.566673Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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