INTERVENÇÃO COM A PESSOA EM INÍCIO DE HEMODIÁLISE PARA A ADESÃO AO REGIME TERAPÊUTICO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz, Liliana Marlene Ferreira da
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://web.esenfc.pt/?url=Zy8RVjQJ
Resumo: A pessoa com doença renal em início de Hemodiálise é sujeita a muitas mudanças na sua vida diária e é alvo de regimes terapêuticos complexos e multifacetados, assumindo os enfermeiros uma importância fundamental em todo o processo da doença, nomeadamente na promoção da adesão ao regime terapêutico. Com este estudo procurou-se analisar a intervenção da equipa de enfermagem na promoção do processo de adesão ao regime terapêutico da pessoa com doença renal crónica em início de hemodialise. Realizou-se um estudo descritivo e transversal inserido numa abordagem de natureza qualitativa. A entrevista semiestruturada em grupos focais foi a técnica escolhida para a colheita de dados e foram entrevistados 21 enfermeiros, por amostragem de caso único. A análise de dados foi orientada pelos critérios propostos por Bogdan e Biklen (1994), Carey (2007), Barbour (2009). Na intervenção para o processo de adesão emergiram como temas principais: Adesão conceito(s); Acolhimento; Informação/Educação; Avaliação e Promoção de adesão. Os enfermeiros têm a perceção que são os profissionais com mais competência para acolher a pessoa e estabelecer com ela uma relação de proximidade e confiança determinante para os processos de adesão. Os conceitos de adesão são díspares, contudo unânimes na importância atribuída ao envolvimento da pessoa no processo de adesão. Reconhecem que a educação terapêutica da pessoa é um processo complexo que assenta: no esclarecimento sobre a terapia dialítica e os ganhos em saúde; no esclarecimento das mudanças nutricionais e hídricas; nos cuidados a ter com acessos vasculares; e na elucidação das alterações de vida que vão ocorrer. Identificam como dificuldades no processo educativo: os internamentos de curta duração; escassez de recursos humanos e sobrecarga de trabalho; falta de motivação dos profissionais; falta de articulação na equipa multidisciplinar; e falta de estruturação e sistematização do processo. Destacam o envolvimento da família, a regressão dos sintomas, o empenho, a simpatia e confiança estabelecida com a pessoa como aspetos fundamentais para promover o processo de adesão ao regime terapêutico. São sugestões a elaboração de um plano em que se sistematize uma metodologia de intervenção da equipa de enfermagem, na preparação para o início do tratamento dialítico e nos seus resultados.
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