Avaliação das condições de trabalho num laboratório de anatomia patológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Agapito, Cristina Paula Gonçalves Dos Santos
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/49833
Resumo: A Anatomia Patológica é a especialidade médica que estuda a morfologia dos órgãos, tecidos e células. Um laboratório desta especialidade deve ter condições de segurança, já que as análises aí realizadas englobam inúmeros fatores de risco, dos quais são exemplo, os psicossociais, os ergonómicos e os químicos. Este estudo teve como principal objetivo a identificação de Fatores Profissionais de Risco para os Técnicos Superiores das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica em Anatomia Patológica e para os Médicos Internos de um Serviço de Anatomia Patológica, a avaliação dos seus efeitos para a saúde dos trabalhadores bem como a criação de um plano de intervenção que permita aos trabalhadores conhecer esses fatores, prevenir os efeitos nefastos e melhorar as suas condições de trabalho. Os dados foram recolhidos através de um questionário, da observação e das medições do ar interior. Os resultados mostraram que a população alvo era maioritariamente feminina, com idades compreendidas entre os 26 e os 62 anos. Na sua maioria, os trabalhadores estavam em contrato de trabalho por tempo indeterminado. Relativamente aos Fatores Psicossociais de Risco, os trabalhadores consideraram que há ocultação do trabalho por parte dos colegas, bem como, referiram estar sujeitos a assédio moral ou discriminação. A quase totalidade dos trabalhadores considerou que há ocultação de informações entre colegas e uma grande parte referiu estar sujeito a assédio moral ou a discriminação. Por outro lado, afirmaram ter funções muito exigentes do ponto de vista emocional e cognitivo, funções desnecessárias e ter um trabalho complexo e imprevisível, com um ritmo elevado e com prazos rígidos. Em relação aos Fatores Ergonómicos a quase totalidade dos trabalhadores referiu estar exposto a posturas difíceis e incorretas, afirmou fazer gestos repetitivos e minuciosos e que permaneciam muito tempo sentados. Verificou-se que os trabalhadores referiram que existem algumas ou muitas consequências para a sua saúde e vida pessoal/profissional em função da exposição a estes fatores. Os inquiridos afirmaram já ter trabalhado doentes, mas por vontade própria, tendo referido que sofriam de dores na coluna cervical e lombar e de fadiga generalizada. Por fim, comparam-se resultados da medição dos Compostos Orgânicos Voláteis Formol e Xilol, nos anos de 2019 e 2022. Observou-se um agravamento significativo destes valores nas salas de citologia, Macroscopia II e na de coloração. Perante os resultados obtidos, elaborámos um Plano de intervenção com a duração de 6 sessões. Estas incluirão uma componente teórica e uma prática, cujos objetivos foram os de esclarecer os trabalhadores sobre Fatores de Risco, e consequências dos mesmos, bem como, melhorar as condições de trabalho no Laboratório de Anatomia Patológica.
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