A Ciência Social também é negra! - O caso de Mário Pinto de Andrade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, António João de Sousa Rocha e
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/20406
Resumo: A epistemologia científico-social terá sofrido uma série de mutações ao longo dos tempos, consoante os momentos conjunturais vividos. Tentarei demonstrar a sua elasticidade metodológica e, consequentemente, discursiva, de acordo com os interesses da escola que a produz. Analisarei, portanto, a forma como teria sido utilizada para a construção teórica da ideologia colonial e, posteriormente, para a sua desconstrução, mostrando, então, que a ciência social não foi um apanágio colonialista, ocidental e branco, mas, também, uma ciência produzida por e para negros, com o intuito de comprovar as suas especificidades caracterizadoras duma originalidade cultural esquecida pela produção académica colonialista. Irei, por fim, apresentar Mário Pinto de Andrade como exemplo paradigmático de negro que se serviria da metodologia sociológica para esvaziar de justificativas o complexo colonialista português, desvelando os seus défices ideológicos e práticos mais visíveis; servindo-se da disciplina em questão, Andrade exporia, também, as peculiaridades culturais dos povos sob jugo colonial português, auxiliando na criação duma ideologia própria e liberta de qualquer amarra colonialista imposta. Sublinhe-se ainda a importância de Amílcar Cabral, como figura de proa dos movimentos nacionalistas a actuar nas colónias portuguesas e referência incondicional de Mário Pinto de Andrade.
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