High pressure effect in Serra da Estrela cheese
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/11456 |
Resumo: | O queijo Serra da Estrela é um queijo tradicional Português produzido a partir de leite de ovelha crú, sal e cardo (Cynara cardunculus, L.). Como outros queijos, particularmente os feitos a partir de leite crú, o Queijo Serra tem na sua composição vários microrganismos. Este trabalho teve como objetivo estudar o efeito da Alta-Pressão (AP) no Queijo Serra da Estrela - Denominação de Origem Protegida (DOP), após processamento e durante o armazenamento (100 dias a 5 °C). Queijos com 45 dias de maturação foram tratados com 400, 500 e 600 MPa durante 10, 5 e 3 minutos, respetivamente, a 4 °C. Amostras não pressurizadas foram utilizadas como controlo. Os resultados revelaram que os microrganismos benéficos para a maturação, bactérias lácticas, foram as menos afetadas pela AP, sendo reduzidas no máximo em ~ 0,50 log UFC/g (amostras tratadas a 600 MPa foram as mais afetadas). Os microrganismos totais aeróbios mesófilos foram reduzidos em ~ 1,0 log UFC / g (amostras tratadas a 400 MPa foram as menos afetadas). No entanto, a contagem de Enterobacteriaceae mostrou ≥ 3,5 log reduções, valores que se mantiveram constantes durante o armazenamento; bolores e leveduras apresentaram reduções ≥ 3,6 logo após o processamento. As amostras inoculadas com L. innocua a 8,6 log UFC/g apresentaram reduções ≥ 4,8 log após tratamento a AP, mas passados 14 dias revelaram níveis abaixo do limite de deteção. Foram observadas pequenas alterações nos parâmetros físico-químicos (pH e acidez titulável) entre o controlo e queijo tratado durante o armazenamento. Durante esse período, a oxidação lipídica foi mais intensa no queijo não processado. Os resultados obtidos permitem concluir que AP apresenta um bom potencial para tornar o Queijo Serra livre de microrganismos potencialmente patogénicos, sem alterações significativas nas características do queijo (azoto solúvel em água, atividade e conteúdo de água). |
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High pressure effect in Serra da Estrela cheeseBiotecnologia alimentarQueijo - Serra da Estrela (Portugal)Lípidos - OxidaçãoO queijo Serra da Estrela é um queijo tradicional Português produzido a partir de leite de ovelha crú, sal e cardo (Cynara cardunculus, L.). Como outros queijos, particularmente os feitos a partir de leite crú, o Queijo Serra tem na sua composição vários microrganismos. Este trabalho teve como objetivo estudar o efeito da Alta-Pressão (AP) no Queijo Serra da Estrela - Denominação de Origem Protegida (DOP), após processamento e durante o armazenamento (100 dias a 5 °C). Queijos com 45 dias de maturação foram tratados com 400, 500 e 600 MPa durante 10, 5 e 3 minutos, respetivamente, a 4 °C. Amostras não pressurizadas foram utilizadas como controlo. Os resultados revelaram que os microrganismos benéficos para a maturação, bactérias lácticas, foram as menos afetadas pela AP, sendo reduzidas no máximo em ~ 0,50 log UFC/g (amostras tratadas a 600 MPa foram as mais afetadas). Os microrganismos totais aeróbios mesófilos foram reduzidos em ~ 1,0 log UFC / g (amostras tratadas a 400 MPa foram as menos afetadas). No entanto, a contagem de Enterobacteriaceae mostrou ≥ 3,5 log reduções, valores que se mantiveram constantes durante o armazenamento; bolores e leveduras apresentaram reduções ≥ 3,6 logo após o processamento. As amostras inoculadas com L. innocua a 8,6 log UFC/g apresentaram reduções ≥ 4,8 log após tratamento a AP, mas passados 14 dias revelaram níveis abaixo do limite de deteção. Foram observadas pequenas alterações nos parâmetros físico-químicos (pH e acidez titulável) entre o controlo e queijo tratado durante o armazenamento. Durante esse período, a oxidação lipídica foi mais intensa no queijo não processado. Os resultados obtidos permitem concluir que AP apresenta um bom potencial para tornar o Queijo Serra livre de microrganismos potencialmente patogénicos, sem alterações significativas nas características do queijo (azoto solúvel em água, atividade e conteúdo de água).Serra da Estrela Cheese is a traditional Portuguese cheese manufactured from raw milk, salt and cardoon (Cynara cardunculus, L.). As other cheeses, particularly those made from raw milk, Serra Cheese has in its composition several microorganisms. This work aimed to study the effect of High Pressure Processing (HPP) on Serra da Estrela Cheese – Denominação de Origem Protegida (DOP) after pressure processing and during storage (100 days at 5 °C). Cheeses with 45 days of ripening were treated at 400, 500 and 600 MPa pressures during 10, 5 and 3 minutes, respectively, at 4 °C. Non-processed samples were used as controls. The results revealed that microorganisms beneficial to cheese maturation (lactic acid bacteria; LAB) were the least affected by HPP, being reduced at maximum by ~ 0.50 Log CFU/g (samples treated at 600 MPa were the most affected). Total aerobic mesophilic microorganisms were reduced by ~ 1.0 Log CFU/g (samples treated at 400 MPa were least affected). However, Enterobacteriaceae counts showed ≥ 3.5 log cycle reductions, remaining unchanged during the storage; yeasts and moulds counts exhibited ≥ 3.6 log cycle reductions after process. Samples inoculated with L. innocua at 8.6 Log CFU/g presented ≥ 4.8 log cycle reductions after HPP, but after 14 days revealed levels below the detection limit. Small changes in physicochemical parameters (pH values and titratable acidity) were observed between control and treated cheese during storage. Throughout this period, lipid oxidation was more intense in non-processed cheese. The results obtained allow concluding that HPP has good potential to render Serra Cheese free of potential pathogenic microorganisms, with no significant changes in cheese characteristics (water soluble nitrogen, water activity and content).Universidade de Aveiro2013-11-27T11:48:28Z2013-01-01T00:00:00Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/11456TID:201564769engInácio, Ana Rita Santosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:20:37Zoai:ria.ua.pt:10773/11456Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:47:52.562972Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O queijo Serra da Estrela é um queijo tradicional Português produzido a partir de leite de ovelha crú, sal e cardo (Cynara cardunculus, L.). Como outros queijos, particularmente os feitos a partir de leite crú, o Queijo Serra tem na sua composição vários microrganismos. Este trabalho teve como objetivo estudar o efeito da Alta-Pressão (AP) no Queijo Serra da Estrela - Denominação de Origem Protegida (DOP), após processamento e durante o armazenamento (100 dias a 5 °C). Queijos com 45 dias de maturação foram tratados com 400, 500 e 600 MPa durante 10, 5 e 3 minutos, respetivamente, a 4 °C. Amostras não pressurizadas foram utilizadas como controlo. Os resultados revelaram que os microrganismos benéficos para a maturação, bactérias lácticas, foram as menos afetadas pela AP, sendo reduzidas no máximo em ~ 0,50 log UFC/g (amostras tratadas a 600 MPa foram as mais afetadas). Os microrganismos totais aeróbios mesófilos foram reduzidos em ~ 1,0 log UFC / g (amostras tratadas a 400 MPa foram as menos afetadas). No entanto, a contagem de Enterobacteriaceae mostrou ≥ 3,5 log reduções, valores que se mantiveram constantes durante o armazenamento; bolores e leveduras apresentaram reduções ≥ 3,6 logo após o processamento. As amostras inoculadas com L. innocua a 8,6 log UFC/g apresentaram reduções ≥ 4,8 log após tratamento a AP, mas passados 14 dias revelaram níveis abaixo do limite de deteção. Foram observadas pequenas alterações nos parâmetros físico-químicos (pH e acidez titulável) entre o controlo e queijo tratado durante o armazenamento. Durante esse período, a oxidação lipídica foi mais intensa no queijo não processado. Os resultados obtidos permitem concluir que AP apresenta um bom potencial para tornar o Queijo Serra livre de microrganismos potencialmente patogénicos, sem alterações significativas nas características do queijo (azoto solúvel em água, atividade e conteúdo de água). |
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