Burnout e Estratégias de Coping nos Médicos de Medicina Geral e Familiar dos Cuidados de Saúde Primários pertencentes a Unidade de Saúde Local de Matosinhos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa-Ferreira, Teresa
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Freitas, Catarina, Rocha, Hugo, Moreira, Tânia, Marques, João, Correia, Raquel, Ferreira, Fátima
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25752/psi.12334
Resumo: Introdução: O burnout é um estado de exaustão física, emocional e mental, causado pelo envolvimento duradouro em situações de elevada exigência emocional, no local de trabalho. Os médicos têm uma das profissões consideradas mais stressantes, sendo que os Médicos de Medicina Geral e Familiar (MGF) são dos que estão em maior risco de burnout. As estratégias de coping adotadas são cruciais para a transição de níveis de stress aumentado para burnout. Objetivos: Avaliar a prevalência e a gravidade do índice de burnout nos médicos especialistas e internos de MGF, em funções nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) pertencentes à Uni- dade de Saúde Local de Matosinhos (ULSM); avaliar a relação entre o índice de burnout e variáveis sócio-demográficas e profissionais nesta amostra; avaliar a relação entre o índice de burnout e estratégias de coping dos profissionais na amostra. Métodos: Realizou-se um estudo observacional, descritivo e transversal, com componente analítica. Foi aplicado um questionário sócio-demográfico, o Inventário de Burnout (IB) e a Coping Job Scale de Latack (CJS) a uma amostra de 52 médicos (n=140) da ULSM, tendo sido, de seguida, analisados os dados obtidos através do SPSS. Resultados: A taxa de resposta foi de 37,1% (52 em 140 médicos). Destes profissionais, 40 pertenciam ao sexo feminino, 51,9% eram casados e 69.2% eram especialistas em MGF (restantes eram internos de formação específica). O nível total de burnout foi de 3.06±0.64. A Unidade de Saúde Familiar (USF) Progresso apresentou os valores mais elevados (38.20±4.51), seguida da USF Horizonte (32.33±5.83) e da USF Dunas (31.50±5.01). Não se verificaram diferenças entre o estado civil ou o grau académico e nível de burnout ou mecanismos de coping. Não foi encontrado nenhum efeito correlacional significativo entre burnout e mecanismos de coping no geral (r= 0.289, p>005), à excepção da correlação positiva entre o fator controlo e a dimensão “realização pessoal” (r = .407, p < .05). Discussão e Conclusões: No presente estudo, verificou-se um nível total de burnout de 3.06±0.64, valor em concordância com os resultados de burnout obtidos em outros estudos em Portugal na classe médica. Não foi encontrado nenhum efeito correlacional significativo entre burnout e estratégias de coping no geral, apesar de existir uma correlação positiva entre o fator controlo e a dimensão “realização pessoal".
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Objetivos: Avaliar a prevalência e a gravidade do índice de burnout nos médicos especialistas e internos de MGF, em funções nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) pertencentes à Uni- dade de Saúde Local de Matosinhos (ULSM); avaliar a relação entre o índice de burnout e variáveis sócio-demográficas e profissionais nesta amostra; avaliar a relação entre o índice de burnout e estratégias de coping dos profissionais na amostra. Métodos: Realizou-se um estudo observacional, descritivo e transversal, com componente analítica. Foi aplicado um questionário sócio-demográfico, o Inventário de Burnout (IB) e a Coping Job Scale de Latack (CJS) a uma amostra de 52 médicos (n=140) da ULSM, tendo sido, de seguida, analisados os dados obtidos através do SPSS. Resultados: A taxa de resposta foi de 37,1% (52 em 140 médicos). Destes profissionais, 40 pertenciam ao sexo feminino, 51,9% eram casados e 69.2% eram especialistas em MGF (restantes eram internos de formação específica). O nível total de burnout foi de 3.06±0.64. A Unidade de Saúde Familiar (USF) Progresso apresentou os valores mais elevados (38.20±4.51), seguida da USF Horizonte (32.33±5.83) e da USF Dunas (31.50±5.01). Não se verificaram diferenças entre o estado civil ou o grau académico e nível de burnout ou mecanismos de coping. Não foi encontrado nenhum efeito correlacional significativo entre burnout e mecanismos de coping no geral (r= 0.289, p>005), à excepção da correlação positiva entre o fator controlo e a dimensão “realização pessoal” (r = .407, p < .05). Discussão e Conclusões: No presente estudo, verificou-se um nível total de burnout de 3.06±0.64, valor em concordância com os resultados de burnout obtidos em outros estudos em Portugal na classe médica. Não foi encontrado nenhum efeito correlacional significativo entre burnout e estratégias de coping no geral, apesar de existir uma correlação positiva entre o fator controlo e a dimensão “realização pessoal".Background: Burnout is a state of physical, emotional, and mental exhaustion caused by long-term involvement in situations of high emotional demands in the workplace. Medicine is one of the most stressful areas and Primary Health Care Physicians are those who are at greater risk of burnout. The adopted coping strategies by these professionals are crucial for the transition from increased levels of stress to burnout. Aims: Assess the prevalence and severity of the burnout level in specialist and resident physicians of Primary Health Care belonging to ULSM; assess the relationship between burnout level and socio-demographic and professional variables in this sample; assess the relationship between the burnout level and coping strategies of the professionals in the sample. Methods: An observational, descriptive and cross-sectional study with an analytical component was performed. A socio-demographic questionnaire, the Burnout Inventory and the Latack Coping Job Scale were applied to a sample of 52 physicians (n = 140) from ULSM, and the data analysis was obtained through SPSS. Results: The response rate was 37.1% (52 in 140 physicians). Of these professionals, 40 were women, 51.9% were married and 69.2% were specialists in Primary Health Care (the rest were speciality residents). The total burnout level was 3.06 ± 0.64. USF Progresso presented the highest values (38.20 ± 4.51), followed by USF Horizonte (32.33 ± 5.83) and USF Dunas (31.50 ± 5.01). There were no differences between the marital status or the academic degree and level of burnout or coping mechanisms. No significant correlational effect was found between burnout and coping mechanisms in general (r = 0.289, p> 005), with the exception of the positive correlation between the control factor and the personal achievement dimension (r = .407, p <.05). Discussion and Conclusions: In the present study, a total burnout level of 3.06 ± 0.64 was found, in agreement with the results of burnout obtained in other studies in Portugal in Physicians. No significant correlational effect was found between burnout and coping strategies in general, although there was a positive correlation between the control factor and the personal realization dimension.Departamento de Saúde Mental | Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, EPE2019-08-18T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25752/psi.12334por2182-31461646-091XSousa-Ferreira, TeresaFreitas, CatarinaRocha, HugoMoreira, TâniaMarques, JoãoCorreia, RaquelFerreira, Fátimainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-16T14:12:00Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/12334Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T14:57:14.029823Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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