Gestão sustentável de fluxos de passageiros num corredor interurbano através de soluções inteligentes de tarifário

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Baptista, Gonçalo Alves
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/37022
Resumo: O sistema de transportes é um dos principais emissores de GEE. Em sentido da neutralidade carbónica e do combate às alterações climáticas, este trabalho propõe uma metodologia, para o desenvolvimento de um sistema de apoio com foco na otimização de preços, quer das portagens, quer dos sistemas de transportes públicos, que assenta na internalização das externalidades do transporte ferroviário e rodoviário no corredor interurbano Aveiro - Coimbra, nomeadamente os GEE (CO₂), poluentes atmosféricos (NOₓ) e o congestionamento. A internalização é feita através dos rendimentos do Estado, sendo que são, no final, apresentadas duas propostas de melhoria. Sendo uma mais assente no ponto de vista dos transportes públicos sugerindo uma redução tarifária e de seguida verificar qual será o seu efeito no mercado através da alteração da procura, por exemplo, ao considerar com esta abordagem um valor de elasticidade de 0,332, são feitas várias iterações de redução do valor da tarifa do comboio em 25 % até obter um valor mínimo para a tarifa do comboio. Na outra abordagem foi feita a eliminação da portagem na autoestrada A1 e foi verificado o impacto desta decisão. Os resultados em cada solução são diferentes ao nível das emissões, externalidades, custos dos utilizadores e receita do Estado. Na primeira abordagem o impacto calculado foi uma redução no total das externalidades de 45 % na autoestrada e de 62 % na nacional. A nível das emissões obteve-se uma redução de emissões de CO₂ entre os 3 % e os 5 % e no NOₓ obteve-se uma variação entre os −1 % e os 2 % na autoestrada dependendo se se considera um veículo a diesel ou a gasolina. No IC2 registou-se uma redução entre os 1 % e os 15 % em todos os poluentes. A nível dos custos percecionados pelos utilizadores, registou-se uma redução entre os 8 % e os 17 % dependendo se o veículo é a diesel ou a gasolina, ou se circula na autoestrada ou no IC2, e obteve-se também uma redução entre os 26 % e os 30 % do ponto de vista da receita do Estado e/ou do concecionário das autoestradas. Para a ferrovia a nível das externalidades existe um aumento na ordem dos 160 % e uma diminuição dos custos dos utilizadores na ordem dos 10 %. Para a abordagem alternativa, registou-se um aumento no total das externalidades entre os 9 % e os 11 %, dependente se é na autoestrada ou na estrada nacional, respetivamente. A nível de emissões obteve-se um aumento em relação ao CO₂ na ordem de 1 % e uma redução entre os 1 % e os 3 % nas emissões de NOₓ. A nível dos custos pressentidos pelos utilizadores, registou-se uma redução de 12 % quer para um veículo a diesel como a gasolina na autoestrada; no IC2 regista-se uma diminuição de 17 % quer seja um veículo a diesel ou a gasolina. Do ponto de vista da receita do Estado ou do concecionário das autoestradas existe uma redução de 17 % na autoestrada A1, no IC2 obteve-se um aumento de 8 %. Para concluir, pode-se afirmar que a primeira abordagem é aquela que leva a uma redução generalizada das externalidades e emissões.
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Sendo uma mais assente no ponto de vista dos transportes públicos sugerindo uma redução tarifária e de seguida verificar qual será o seu efeito no mercado através da alteração da procura, por exemplo, ao considerar com esta abordagem um valor de elasticidade de 0,332, são feitas várias iterações de redução do valor da tarifa do comboio em 25 % até obter um valor mínimo para a tarifa do comboio. Na outra abordagem foi feita a eliminação da portagem na autoestrada A1 e foi verificado o impacto desta decisão. Os resultados em cada solução são diferentes ao nível das emissões, externalidades, custos dos utilizadores e receita do Estado. Na primeira abordagem o impacto calculado foi uma redução no total das externalidades de 45 % na autoestrada e de 62 % na nacional. A nível das emissões obteve-se uma redução de emissões de CO₂ entre os 3 % e os 5 % e no NOₓ obteve-se uma variação entre os −1 % e os 2 % na autoestrada dependendo se se considera um veículo a diesel ou a gasolina. No IC2 registou-se uma redução entre os 1 % e os 15 % em todos os poluentes. A nível dos custos percecionados pelos utilizadores, registou-se uma redução entre os 8 % e os 17 % dependendo se o veículo é a diesel ou a gasolina, ou se circula na autoestrada ou no IC2, e obteve-se também uma redução entre os 26 % e os 30 % do ponto de vista da receita do Estado e/ou do concecionário das autoestradas. Para a ferrovia a nível das externalidades existe um aumento na ordem dos 160 % e uma diminuição dos custos dos utilizadores na ordem dos 10 %. Para a abordagem alternativa, registou-se um aumento no total das externalidades entre os 9 % e os 11 %, dependente se é na autoestrada ou na estrada nacional, respetivamente. A nível de emissões obteve-se um aumento em relação ao CO₂ na ordem de 1 % e uma redução entre os 1 % e os 3 % nas emissões de NOₓ. A nível dos custos pressentidos pelos utilizadores, registou-se uma redução de 12 % quer para um veículo a diesel como a gasolina na autoestrada; no IC2 regista-se uma diminuição de 17 % quer seja um veículo a diesel ou a gasolina. Do ponto de vista da receita do Estado ou do concecionário das autoestradas existe uma redução de 17 % na autoestrada A1, no IC2 obteve-se um aumento de 8 %. Para concluir, pode-se afirmar que a primeira abordagem é aquela que leva a uma redução generalizada das externalidades e emissões.The transport system is one of the main GHG emitters. In the sense of carbon neutrality and the fight against climate change, this paper proposes a methodology for the development of a support system focused on price optimisation, both for tolls and public transport systems, which is based on the internalisation of externalities of rail and road transport in the aveiro-coimbra long-distance corridor, namely GHGs (CO₂), pollutants (NOₓ) and congestion. The internalization is done through the income of the State, and two proposals for improvement are presented in the end. Being a more based on the point of view of public transport suggesting a reduction of tariff and then verifying what will be its effect on the market by changing demand, for example, when considering with this approach a value of elasticity of 0.332, several iterations are made to reduce the value of the train fare by 25 % until you get a minimum value for the train fare. In the other approach, the toll was eliminated on the A1 motorway and the impact of this decision was verified. The results in each solution are different in terms of emissions, externalities, user costs and state revenue. In the first approach the calculated impact was a reduction in total externalities of 45 % on the highway and 62 % on the national highway. Emissions were reduced by CO₂ between 3 % and 5 % and at NOₓ there was a variation between −1 % and 2 % on the freeway depending on whether you consider yourself a diesel or gasoline vehicle. In IC2 there was a reduction between 1 % and 15 % in all pollutants. In terms of the costs perceived by users, there was a reduction between 8 % and 17 % depending on whether the vehicle is diesel or gasoline, or if it circulates on the motorway or IC2, and there was also a reduction between 26 % and 30 % from the point of view of state and/or highway design. For the railway at the level of externalities there is an increase in the order of 160 % and a decrease in user costs in the order of 10 %. For the alternative approach, there was an increase in total externalities between 9 % and 11 %, depending on whether it is on the highway or on the national highway, respectively. Emissions increased from CO₂ in the order of 1 % and a reduction between 1 % and 3 % in NOₓ emissions. In terms of user-related costs, there has been a 12 % reduction for either a diesel vehicle such as petrol on the motorway; in IC2 there is a decrease of 17 % whether it is a diesel or gasoline vehicle. From the point of view of state revenue or the highway design, there is a 17 % reduction on the A1 motorway, an increase of 8 %. In conclusion, it can be said that the first approach is one that leads to a widespread reduction in externalities and emissions.2023-04-14T08:30:30Z2022-12-12T00:00:00Z2022-12-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/37022porBaptista, Gonçalo Alvesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T12:11:05Zoai:ria.ua.pt:10773/37022Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:07:33.041571Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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