A Radicalização Salafista-Jihadista na Europa:
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://revistas.rcaap.pt/proelium/article/view/15542 |
Resumo: | Num momento em que a Europa se confronta com o retorno de milhares de combatentes estrangeiros europeus que anteriormente viajaram para a Síria e para o Iraque, juntando-se aí ao autoproclamado Estado Islâmico, e em que cada vez mais se repetem os atentados terroristas de matriz islamista no velho continente, perpetrados por células de terrorismo endógeno ou por indivíduos que atuam de forma independente, importa refletir sobre o processo que está na base destes fenómenos: a radicalização. De facto, ao contrário do que aconteceu em décadas anteriores, em que a maioria dos islamistas radicais a operar na Europa eram imigrantes de países muçulmanos, hoje constata-se que um número cada vez maior diz respeito a jovens europeus muçulmanos que, embora tenham conexões ao Islão (sendo filhos ou netos de imigrantes provenientes de países muçulmanos), nasceram e cresceram no ocidente. Assim, questionamo-nos acerca dos fatores e dinâmicas que levam estes indivíduos a adotarem visões radicais do Islão e, no limite, a cometerem um atentado contra o seu próprio país. Este recuo até ao processo de radicalização, e a compreensão das dinâmicas responsáveis pela transformação de indivíduos fora de qualquer suspeita em radicais e potenciais terroristas, configura-se como algo vital e indispensável para o desenvolvimento de estratégias eficazes de contraterrorismo. |
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