Terapêuticas não convencionais: perspectivas dos médicos de medicina geral e familiar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Miranda, António Sérgio Martins
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/809
Resumo: Introdução: O aumento do uso das Terapias não convencionais (TNC) nos países ocidentais industrializados apresenta-se como um enigma e como fenómeno social não totalmente percebido ou investigado. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que 70 a 80 % da população dos países ocidentais recorre em alguma circunstância à medicina tradicional, em alguma das suas vertentes. Apesar do aumento da utilização das TNC em países Europeus, não existem opções de tratamento de fácil acesso nos respectivos serviços nacionais de saúde, o que tem levantado a questão da integração dessas terapias nos cuidados de saúde convencionais. O estado Português elaborou uma lei (lei nº45/2003) que enquadra as actividades das TNC. A investigação das atitudes acerca das TNC nos cuidados primários é de particular interesse e estudos recentes consideram que existe uma necessidade aumentada dos médicos de família estarem envolvidos na prestação e supervisão dos tratamentos das TNC. Objectivo: Compreender a perspectiva dos médicos de medicina geral e familiar (MGF) acerca das TNC e a sua influência na prestação de cuidados de saúde. Materiais e Métodos: Estudo observacional transversal através da aplicação de questionários para auto-preenchimento em sigilo e anonimato aos médicos de MGF presentes no XIV Congresso Nacional de Medicina Geral e Familiar. Resultados: 217 médicos de MGF constituíram a amostra, 101 (46,5%) especialistas de MGF e 116 (53,5%) a frequentar o internato complementar da especialidade de MGF. O conhecimento dos médicos acerca das TNC é, na maioria dos casos, nenhum ou muito pouco. 89,9% concordam com o facto de que os médicos deveriam estar informados em relação às TNC. 42,4% afirmou já ter desaconselhado e 58,5% aconselhado algum paciente a utilizar TNC. 56,3% dos médicos referenciaram pacientes para TNC, dos quais 35,5% refere que o faz raramente e 20,3% que o faz pouco frequentemente. 64,1% afirmaram que, por norma, não recomendam TNC aos seus pacientes. 54,4% concorda que as TNC deveriam ser incorporadas no SNS. 68,7% afirmam que as TNC podem ser benéficas para melhorar a qualidade de vida da população. 82,5% concorda com o facto das TNC fazerem parte da formação médica. Discussão e conclusão: Os participantes neste estudo, apesar de apresentarem conhecimentos escassos acerca das TNC, são da opinião que estas terapias podem ser benéficas nos cuidados de saúde da população e que devem ser incluídas no sistema nacional de saúde a par de uma integração na formação médica.
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A investigação das atitudes acerca das TNC nos cuidados primários é de particular interesse e estudos recentes consideram que existe uma necessidade aumentada dos médicos de família estarem envolvidos na prestação e supervisão dos tratamentos das TNC. Objectivo: Compreender a perspectiva dos médicos de medicina geral e familiar (MGF) acerca das TNC e a sua influência na prestação de cuidados de saúde. Materiais e Métodos: Estudo observacional transversal através da aplicação de questionários para auto-preenchimento em sigilo e anonimato aos médicos de MGF presentes no XIV Congresso Nacional de Medicina Geral e Familiar. Resultados: 217 médicos de MGF constituíram a amostra, 101 (46,5%) especialistas de MGF e 116 (53,5%) a frequentar o internato complementar da especialidade de MGF. O conhecimento dos médicos acerca das TNC é, na maioria dos casos, nenhum ou muito pouco. 89,9% concordam com o facto de que os médicos deveriam estar informados em relação às TNC. 42,4% afirmou já ter desaconselhado e 58,5% aconselhado algum paciente a utilizar TNC. 56,3% dos médicos referenciaram pacientes para TNC, dos quais 35,5% refere que o faz raramente e 20,3% que o faz pouco frequentemente. 64,1% afirmaram que, por norma, não recomendam TNC aos seus pacientes. 54,4% concorda que as TNC deveriam ser incorporadas no SNS. 68,7% afirmam que as TNC podem ser benéficas para melhorar a qualidade de vida da população. 82,5% concorda com o facto das TNC fazerem parte da formação médica. Discussão e conclusão: Os participantes neste estudo, apesar de apresentarem conhecimentos escassos acerca das TNC, são da opinião que estas terapias podem ser benéficas nos cuidados de saúde da população e que devem ser incluídas no sistema nacional de saúde a par de uma integração na formação médica.Introduction: The increasing use of complementary and alternative medicine (CAM) within industrialised western nations presents itself as something of an enigma and as a social phenomenon, it is not well understood or much researched. According to the World Health Organization (WHO), in many developed countries, 70% to 80% of the population has used some form of alternative or complementary medicine. Despite the increased use of CAM in European countries, there aren´t treatment options for easy access in national health services, which has raised the issue about integration of these therapies in conventional healthcare. The Portuguese government drafted a law (Law No.45/2003) about CAM. Investigation of attitudes to CAM in primary care is of particular interest and recent studies found that there is an increased need for family physicians being involved in providing and supervision CAM treatments. Objective: Understand the perspective of general and family medicine (GFM) physicians about CAM and its influence in health care provision. Materials and Methods: A cross-sectional observational study was conducted, through the application of self-administered, confidential and anonymous questionnaires to GFM physicians in the XIV National Congress of General and Family Medicine. Results: The sample is composed of 217 GFM physicians, 101 (46.5%) GFM specialists and 116 (53.5%) GFM residents. The physicians' knowledge about CAM is in most cases, none or very little. 89.9% agree with the fact that physicians should be informed about CAM. 42.4% said they had advised against CAM and 58.5% had advised patients to use CAM. 56.3% of physicians had reference their patients for CAM, which 35.5% rarely do it and 20.3% uncommonly do it. 64.1% said that they usually do not recommend CAM to their patients. 54.4% agree that CAM should be incorporated in the National Health Service. 68.7% said that CAM can be beneficial to improve the quality of life. 82.5% agree that CAM should be part of medical training. Discussion and Conclusion: Participants in this study, in spite of their limited knowledge about CAM, have the opinion that these therapies can be beneficial in health care and should be included in the national health system together with integration in medical education.Universidade da Beira InteriorClara, Maria de Jesus Martins Rabaço FerreirauBibliorumMiranda, António Sérgio Martins2012-12-10T11:44:42Z2010-052010-05-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/809porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:36:10Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/809Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:42:48.470906Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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