As cognições perfecionistas na perceção de stresse: um estudo com adultos portugueses
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.1/17434 |
Resumo: | O perfecionismo tem despoletado um interesse crescente no campo da Psicologia. Considerado como um traço de personalidade multidimensional, o perfecionismo incorpora, na sua concetualização, características comportamentais e cognitivas. As cognições perfecionistas são pensamentos automáticos sobre a necessidade de ser perfeito, que acompanham os indivíduos com elevados níveis de perfecionismo. O aumento da investigação no âmbito deste construto deve-se à sua forte relação com doença mental. Apesar da literatura neste domínio parecer suportar o modelo de vulnerabilidade ao stresse, os estudos que integram a componente cognitiva do perfecionismo na perceção de stresse são pouco conclusivos. A presente investigação tem como principal objetivo compreender a relação entre as diferentes componentes do perfecionismo (comportamental e cognitiva) e a perceção de stresse, numa amostra de 213 adultos portugueses, com idades compreendidas entre os 18 e os 62 anos (M = 34.07, DP = 12.04). Os participantes responderam a um protocolo de avaliação online que integrou duas subescalas da Escala Multidimensional de Perfecionismo de Hewitt e Flett (Perfecionismo Auto-orientado - PAO e Perfecionismo Socialmente Prescrito – PSP), o Inventário de Cognições Perfecionistas (PCI) e a Escala de Perceção de Stresse (EPS). Foi possível observar que a dimensão comportamental (PAO e PSP) do perfecionismo surge associada significativamente às cognições perfecionistas, assim como à perceção de stresse. Verificou-se que as cognições perfecionistas desempenham um papel mediador total na relação entre o PAO e a perceção de stresse. Os resultados sublinham a tendência dos indivíduos perfecionistas para experienciar pensamentos automáticos que refletem temas de perfecionismo e sugerem que, na presença de cognições perfecionistas, os indivíduos com níveis mais elevados de perfecionismo auto-orientado experienciam mais situações de stresse. Estes resultados parecem salientar a pertinência do estudo do perfecionismo através de uma abordagem mais cognitiva. |
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