A Influência das ONG Ambientais na Governação Ambiental Internacional: do Protocolo de Quioto ao Acordo Climático de Paris
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.5/29465 |
Resumo: | Dissertação para obtenção de grau de Mestre Em Relações Internacionais |
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A Influência das ONG Ambientais na Governação Ambiental Internacional: do Protocolo de Quioto ao Acordo Climático de ParisThe Environmental NGO Influence in the International Environmental Governance: from the Kyoto Protocol to the Paris Climate AgreementONG ambientais;governação ambiental internacional;COP;influência e multilateralismo híbrido;Environmental NGOs;international environmental governance;COPs;influence and hybrid multilateralism.Dissertação para obtenção de grau de Mestre Em Relações InternacionaisAs Conferências das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima correspondem ao local onde atores governamentais e não governamentais se reúnem, anualmente, para definir aquela que vai ser a agenda política ambiental internacional. A participação, influência e contributo das Organizações Não Governamentais Ambientais nas Conferências das Partes é fundamental para que o documento final resulte em medidas ambientais determinantes e vinculativas. A nossa análise sobre a influência das Organizações Não Governamentais Ambientais entende que estas conseguem influenciar as decisões nas Conferências das Partes e ter uma participação direta e determinante no seu processo de negociação, através de múltiplas estratégias de influência direta ou indireta e de construção da agenda política ambiental. Quando as estratégias de influência são bem executadas, as Conferências das Partes resultam em políticas ambientais bem definidas, com um planeamento científico fundamentado, com o objetivo de mitigar as alterações climáticas. Verificou-se, contudo, que nem em todas as Conferências das Partes foi permitida a participação das Organizações Não Governamentais Ambientais, visto que se trataram de Conferências das Partes mais direcionadas para os interesses económicos dos países desenvolvidos, não considerando as preocupações dos atores não governamentais e dos países em desenvolvimento, resultando, nesses casos, em agendas políticas deficientes em termos de governação política ambiental. Relativamente às quatro COP analisadas na Dissertação (COP3, COP15, COP17 e COP21), concluímos que, relativamente à COP3 e COP21, estas resultaram em instrumentos vinculativos, com responsabilidade bem definidas e uma governação ambiental bem estruturada, muito devido ao envolvimento das ONGA nas negociações de ambas as COP. Quanto à COP15 e COP17, estas resultaram apenas em compromisso voluntários em termos de responsabilização dos Estados, refletindo-se numa governação ambiental internacional mal arquitetada, incapaz de gerir a urgência climática e fortalecer a cumplicidade entre atores estatais e não estatais e países desenvolvidos e em desenvolvimento. Este fracasso acontece devido à impossibilidade dada às ONGA de participaram na mesa de negociações destas COP. A nossa investigação conclui que cada vez mais as Organizações Não Governamentais Ambientais são atores cruciais nas Conferências das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima e que a sua participação nas negociações e influência na decisão dos Estados é capaz de interligar diferentes atores, transmitir as preocupações não governamentais e auxiliar os Estados, fornecendo conhecimento científico, de forma a serem definidas medidas ambientais, que permitem aos Estados construir políticas estruturadas que visem mitigar as alterações climáticas.The Conferences of the Parties to the United Nations Framework Convention on Climate Change are where governmental and non-governmental actors meet every year to define the international environmental policy agenda. The participation, influence and contribution of Environmental Non-Governmental Organizations at the Conferences of the Parties is fundamental if the final document is to result in decisive and binding environmental measures. Our analysis of the influence of Environmental Non-Governmental Organizations understands that they are able to influence decisions at the Conferences of the Parties and have a direct and decisive participation in their negotiation process, through multiple strategies of direct or indirect influence and the construction of the environmental political agenda. When the influence strategies are well executed, the Conferences of the Parties result in well-defined environmental policies, with well-founded scientific planning, with the aim of mitigating climate change. It was found, however, that not all Conferences of the Parties allowed the participation of Environmental Non-Governmental Organizations, as they were Conferences of the Parties more geared towards the economic interests of developed countries and did not take into account the concerns of non-governmental actors and developing countries, resulting, in these cases, in poor political agendas in terms of environmental political governance. With regard to the four COPs analyzed in the dissertation (COP3, COP15, COP17 and COP21), we concluded that COP3 and COP21 resulted in binding instruments, with well-defined responsibilities and well-structured environmental governance, largely due to the involvement of NGOs in the negotiations of both COPs. As for COP15 and COP17, they only resulted in voluntary commitments in terms of state responsibility, reflecting a poorly designed international environmental governance, incapable of managing climate urgency and strengthening complicity between state and non-state actors and developed and developing countries. This failure is due to the inability of ENGOs to participate at the negotiating table of these COPs. Our research concludes that Environmental Non-Governmental Organizations are increasingly crucial actors in the Conferences of the Parties to the United Nations Framework Convention on Climate Change and that their participation in the negotiations and influence on the decision of States is capable of interconnecting different actors, transmitting non-governmental concerns and assisting States by providing scientific knowledge in order to define environmental measures that allow States to build structured policies aimed at mitigating climate change.Maria Francisca Alves Ramos De Gil SaraivaRepositório da Universidade de LisboaLibreiro, Francisco Nunes2023-11-22T10:42:17Z2023-11-082023-11-08T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.5/29465TID:203395344porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-11-20T19:22:42Zoai:repositorio.ul.pt:10400.5/29465Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-11-20T19:22:42Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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