Qualidade do ar interior em instalações desportivas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/12433 |
Resumo: | A Qualidade do Ar Interior (QAI) tem vindo a despertar cada vez mais o interesse da comunidade científica, pelo facto das sociedades modernas passarem a grande maioria do seu dia em ambientes interiores, sendo o ar que respiramos um fator determinante na saúde e bem-estar do ser humano. Os indivíduos que praticam desporto estão em particular risco de inalar poluentes, não só porque durante a atividade desportiva estão sujeitos a maiores taxas de consumo de ar mas também ao facto de uma grande fração de ar ser inalada pela boca durante a prática de exercício físico. Atendendo à crescente preocupação com a QAI e ao maior ou menor risco de exposição dos indivíduos em recintos desportivos torna-se pertinente avaliar e caracterizar a qualidade do ar, área esta em que o conhecimento e estudos sobre a qualidade do ar são ainda escassos. O trabalho aqui apresentado teve como objetivo avaliar a qualidade do ar em recintos desportivos, tendo sido para o efeito realizado um estudo que recaiu sobre duas unidades desportivas com diferentes tipologias e práticas a eles associadas, fronton e ginásio, pertencentes à Universidade de Léon, Espanha. Cada local foi alvo de uma campanha de monitorização da QAI durante o mês de Julho de 2012 que envolveu a medição de parâmetros de conforto (temperatura, humidade relativa, CO2) e de poluentes gasosos (CO, COVs totais e compostos de carbonilo) e partículas (PM10) quer em termos de distribuição por tamanhos (distribuição numérica e volúmica/massa) quer das concentrações mássica e sua composição química (OC/EC, carbonatos e iões inorgânicos solúveis). As campanhas de monitorização da QAI nos dois recintos foram igualmente acompanhadas da monitorização da qualidade do ar exterior na sua vizinhança. A amostragem incluiu a monitorização em contínuo de parâmetros de temperatura, humidade relativa, CO2, CO, COVs e partículas, o uso de amostradores passivos para a recolha de NO2, carbonilos e COVs e a utilização de um amostrador de baixa caudal para a recolha de PM10. As taxas de ventilação mínimas recomendadas foram observadas nas duas instalações. As atividades de limpeza, no interior do fronton coincidiram com aumentos significativos de COVs e partículas. No exterior das instalações e no interior do fronton as concentrações de PM10 foram sempre inferiores a 50 μg m-3. No interior do ginásio foram registadas concentrações de PM10 de 150 μg m-3, associadas a processos de ressuspensão e ao uso de magnésia alba, um pó utilizado na prática de certos aparelhos desportivos. As elevadas concentrações de magnésio e carbonato evidenciam a importância da magnésia nos níveis de PM10 observados no ginásio. De igual modo as distribuições de partículas por tamanho demostraram um claro contributo do uso da magnésia e dos processos de ressuspenção, associados às atividades físicas, no aumento do número de partículas. O contributo de carbono total (OC e EC) nas PM10 foi cerca de 30%, nos dois espaços interiores. |
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O trabalho aqui apresentado teve como objetivo avaliar a qualidade do ar em recintos desportivos, tendo sido para o efeito realizado um estudo que recaiu sobre duas unidades desportivas com diferentes tipologias e práticas a eles associadas, fronton e ginásio, pertencentes à Universidade de Léon, Espanha. Cada local foi alvo de uma campanha de monitorização da QAI durante o mês de Julho de 2012 que envolveu a medição de parâmetros de conforto (temperatura, humidade relativa, CO2) e de poluentes gasosos (CO, COVs totais e compostos de carbonilo) e partículas (PM10) quer em termos de distribuição por tamanhos (distribuição numérica e volúmica/massa) quer das concentrações mássica e sua composição química (OC/EC, carbonatos e iões inorgânicos solúveis). As campanhas de monitorização da QAI nos dois recintos foram igualmente acompanhadas da monitorização da qualidade do ar exterior na sua vizinhança. A amostragem incluiu a monitorização em contínuo de parâmetros de temperatura, humidade relativa, CO2, CO, COVs e partículas, o uso de amostradores passivos para a recolha de NO2, carbonilos e COVs e a utilização de um amostrador de baixa caudal para a recolha de PM10. As taxas de ventilação mínimas recomendadas foram observadas nas duas instalações. As atividades de limpeza, no interior do fronton coincidiram com aumentos significativos de COVs e partículas. No exterior das instalações e no interior do fronton as concentrações de PM10 foram sempre inferiores a 50 μg m-3. No interior do ginásio foram registadas concentrações de PM10 de 150 μg m-3, associadas a processos de ressuspensão e ao uso de magnésia alba, um pó utilizado na prática de certos aparelhos desportivos. As elevadas concentrações de magnésio e carbonato evidenciam a importância da magnésia nos níveis de PM10 observados no ginásio. De igual modo as distribuições de partículas por tamanho demostraram um claro contributo do uso da magnésia e dos processos de ressuspenção, associados às atividades físicas, no aumento do número de partículas. O contributo de carbono total (OC e EC) nas PM10 foi cerca de 30%, nos dois espaços interiores.The indoor air quality (IAQ) has been increasingly awaken the interest of the scientific community, because of modern societies spend the majority of their day indoors and the air we breathe is a crucial factor in the health and wellbeing of humans. Individuals who play sports are at particular risk to inhale pollutants, not only because during sport activities may be subject to higher rates of air consumption but also because a large percentage of air is inhaled through the mouth during physical exercise. Taking into account the growing concern about IAQ and the risk of exposure of individuals in sports arenas becomes relevant evaluate and characterize the air quality in this area which the knowledge and studies are scarce. The work presented here aims to evaluate the air quality in sport arenas, it have been carried out to study the effect in two sports facilities with different typologies and practices associated with them, fronton and gym, belonging to the University of León, Spain. Each place was the target of IAQ monitoring campaign during the month of July 2012 which involved comfort parameters measurement (temperature, relative humidity, CO2) and gaseous pollutants (CO, total VOCs and carbonyl compounds) and particles (PM10) and in terms of size distribution (number and density distribution / mass) and the mass concentrations and chemical composition (OC / EC, carbonates and soluble inorganic ions). The IAQ monitoring campaigns in the two places were also accompanied by monitoring of outdoor air quality in the neighborhood. The sampling tasks include continuous monitoring of temperature, relative humidity, CO2, CO, VOCs and particles the use of a passive sampler for collecting NO2 and VOCs carbonyls and using a low flow sampler for collecting PM10. The recommended minimum ventilation rates were observed in the two facilities. Cleaning activities inside the fronton coincided with significant increases in VOCs and particles. Outside and inside the fronton PM10 concentrations were always below 50 μg m-3. Inside the gym were registered PM10 concentrations of 150 μg m-3, connected to resuspension processes and magnesia alba, a powder used in the practice in some gymnastic equipment’s. High concentrations of magnesium and carbonate empathizes the importance of magnesia in PM10 levels observed in the gym. Similarly, the distribution of particles by size demonstrated a clear contribution from the use of magnesia and resuspension processes, associated with physical activities, in increasing the number of particles. The contribution to total carbon (OC and EC) in PM10 was about 30% in both inside spaces.Universidade de Aveiro2013-122013-12-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/12433TID:201582732porMarques, Liliana Rute Diasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:22:40Zoai:ria.ua.pt:10773/12433Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:48:37.282308Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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