Sentido de vida, saúde mental e bem-estar na população adulta: um estudo exploratório

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Raquel Sofia da Silva
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/8749
Resumo: A investigação em saúde mental esteve durante algum tempo apenas baseada nos pressupostos teóricos do modelo médico, que a definiam como a ausência de doença mental ou psicopatologia. No entanto, na atualidade, sabemos que a saúde mental não inclui apenas a ausência de doença mental, mas também a presença de algo positivo nas nossas vidas, que assenta em três componentes principais: o bem-estar emocional, psicológico e social. É neste este contexto que surge a noção de sentido de vida, considerada uma das componentes do bem-estar, e que tem sido alvo de muitos estudos que evidenciam a existência de uma forte relação entre eles. Nesta dissertação apresenta-se um estudo que tem como objetivo analisar a relação entre o sentido de vida, a saúde mental e o bem-estar em adultos. Participaram 247 adultos, com idades compreendidas entre os 18 e os 69 anos. Os dados foram recolhidos com recurso a um Questionário Sociodemográfico, à Escala Continuum de Saúde Mental (MHC-SF) e ao Questionário de Sentido de Vida (QSV). Da análise dos resultados, concluiu-se que a maioria da amostra apresenta bons níveis tanto de bem-estar como de sentido de vida e que, os indivíduos com níveis elevados de presença de sentido de vida apresentaram níveis igualmente elevados de bem-estar enquanto, os indivíduos com níveis elevados de procura de sentido de vida apresentaram níveis menores de bem-estar. Foram também encontradas algumas associações entre estas variáveis e as variáveis sociodemográficas. Em relação aos níveis de presença e de procura de sentido de vida constatou-se que os indivíduos mais velhos e os casados apresentaram níveis menores de procura de sentido de vida. Em relação aos níveis de bem-estar, relativamente ao bem-estar emocional, os indivíduos separados/divorciados/viúvos foram os que apresentaram menores níveis. Quando ao bem-estar social, foram os participantes com o ensino básico que apresentaram níveis menores. Em relação ao bem-estar psicológico não foram encontrados dados significativos. Por fim, conclui-se também que apesar de a maioria da amostra apresentar bons níveis de bem-estar e de sentido de vida, existem algumas variáveis que interferem como bem-estar e com o sentido de vida, o que realça a importância do investimento na promoção da saúde mental positiva.
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Participaram 247 adultos, com idades compreendidas entre os 18 e os 69 anos. Os dados foram recolhidos com recurso a um Questionário Sociodemográfico, à Escala Continuum de Saúde Mental (MHC-SF) e ao Questionário de Sentido de Vida (QSV). Da análise dos resultados, concluiu-se que a maioria da amostra apresenta bons níveis tanto de bem-estar como de sentido de vida e que, os indivíduos com níveis elevados de presença de sentido de vida apresentaram níveis igualmente elevados de bem-estar enquanto, os indivíduos com níveis elevados de procura de sentido de vida apresentaram níveis menores de bem-estar. Foram também encontradas algumas associações entre estas variáveis e as variáveis sociodemográficas. Em relação aos níveis de presença e de procura de sentido de vida constatou-se que os indivíduos mais velhos e os casados apresentaram níveis menores de procura de sentido de vida. Em relação aos níveis de bem-estar, relativamente ao bem-estar emocional, os indivíduos separados/divorciados/viúvos foram os que apresentaram menores níveis. Quando ao bem-estar social, foram os participantes com o ensino básico que apresentaram níveis menores. Em relação ao bem-estar psicológico não foram encontrados dados significativos. Por fim, conclui-se também que apesar de a maioria da amostra apresentar bons níveis de bem-estar e de sentido de vida, existem algumas variáveis que interferem como bem-estar e com o sentido de vida, o que realça a importância do investimento na promoção da saúde mental positiva.The research about mental health was, during some time, based only on the theoretical assumptions of the medical model, which defined it as the absence of mental illness or psychopathology. However, nowadays, we know that mental health does not only include the absence of mental illness, but also the presence of something positive in our lives, which is based on three main components: emotional, psychological and social well-being. It is in this context that the concept of meaning of life emerges, considered one of the components of well-being, and which has been the target of many studies that show the existence of a strong relationship between them. This dissertation presents a study that aims to analyze the relationship between the concepts of meaning of life, mental health and well-being in adults. In this study participated 247 adults, aged between 18 and 69 years. Data were collected using a Sociodemographic Questionnaire, the Continuum Mental Health Scale (CMH-SF) and the Meaning in Life Questionnaire (MLQ). From the analysis of the results, it was concluded that the majority of the sample presents good levels of both well-being and meaning of life and that individuals with high levels of presence of meaning of life showed equally high levels of well-being while, individuals with high levels of search for meaning of life had lower levels of well-being. We also found some relationship between these variables and the sociodemographic variables. Regarding the levels of presence and search for meaning of life, it was found that older individuals and married people had lower levels of demand for meaning of life. Regarding the levels of well-being, in relation to emotional well-being, the separated/divorced/widowed individuals had the lowest levels. As for social well-being, participants with basic education presented lower levels. Regarding psychological well-being, no significant data were found. Finally, it is also concluded that although the majority of the sample has good levels of well-being and meaning of life, there are some variables that interfere with well-being and the sense of life, which highlights the importance of the investment in promoting positive mental health.Fonte, CarlaRepositório Institucional da Universidade Fernando PessoaSantos, Raquel Sofia da Silva2022-07-15T00:30:17Z2020-04-232020-04-23T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10284/8749TID:202723232porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-20T02:01:41Zoai:bdigital.ufp.pt:10284/8749Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:45:44.966165Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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