Sentido de vida e saúde mental: do bem-estar à psicopatologia em uma população adulta do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Mariana Gaiofatto
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/11643
Resumo: Embora cercado por um mundo com tantas facilidades, prazeres, tecnologias e diversas outras opções, cada vez mais as pessoas se sentem sozinhas e com dificuldades de encontrar um real sentido para as suas vidas. Esse sentimento de ausência de sentido foi definido por Frankl (2007) como vácuo existencial. Vazio este que surge em decorrência da falta de metas e objetivos que motivem o indivíduo a viver e que é capaz de gerar afetos negativos, depressão e outros problemas psicológicos, afetando assim a saúde mental do indivíduo (Frankl, 2010). A proposta geral do estudo realizado, consistiu justamente em conhecer, em jovens e adultos, as correlações entre o sentido de vida e níveis de saúde mental, em termos do bem-estar e da psicopatologia (ansiedade, depressão e stress), que apresentam grande prevalência e um aumento significativo nos dias atuais. A questão central do estudo é: Que relações podem se estabelecer entre os níveis de sentido de vida e de saúde mental, no que se refere ao bem-estar e a psicopatologia (ansiedade, depressão e stress)? O enquadramento metodológico utilizado para desenvolver o estudo foi a pesquisa quantitativa, tendo participado desta, 319 adultos com idades compreendidas entre os 19 e os 75 anos, brasileiros, de ambos os sexos. Os dados foram recolhidos com recurso aos seguintes instrumentos, na versão brasileira: Questionário Sociodemográfico; Questionário do Sentido de Vida (QSV); Escala Continuum de Saúde Mental – Versão Reduzida (Adultos) (MHC_SF) e à Escala de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21); Sendo os dados tratados com o programa estatístico SPSS, versão 27. Em relação aos resultados, são apresentados os níveis de sentido de vida, de saúde mental: bem-estar e psicopatologia (depressão, ansiedade e stress), bem como suas correlações e diferenças de acordo com algumas variáveis sociodemográficas. Com a pesquisa realizada constatou-se que, a população em estudo apresenta níveis relativamente altos de sentido de vida e saúde mental positiva/bem-estar, bem como níveis inferiores de psicopatologia, nomeadamente de ansiedade, depressão e stress, tendo sido encontradas correlações positivas entre presença de sentido de vida e saúde mental positiva/bem-estar, bem como correlações negativas entre procura de sentido de vida e psicopatologia (depressão, ansiedade e depressão). Verificou-se, ainda, que são os mais jovens, solteiros, sem o ensino superior e sem filhos que apresentaram os níveis mais baixos de presença de sentido de vida. As mulheres apresentaram níveis mais altos de psicopatologia e os homens de saúde mental positiva. Resultados que reforçam a necessidade de incluir o sentido de vida em programas de intervenção e promoção da saúde.
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A proposta geral do estudo realizado, consistiu justamente em conhecer, em jovens e adultos, as correlações entre o sentido de vida e níveis de saúde mental, em termos do bem-estar e da psicopatologia (ansiedade, depressão e stress), que apresentam grande prevalência e um aumento significativo nos dias atuais. A questão central do estudo é: Que relações podem se estabelecer entre os níveis de sentido de vida e de saúde mental, no que se refere ao bem-estar e a psicopatologia (ansiedade, depressão e stress)? O enquadramento metodológico utilizado para desenvolver o estudo foi a pesquisa quantitativa, tendo participado desta, 319 adultos com idades compreendidas entre os 19 e os 75 anos, brasileiros, de ambos os sexos. Os dados foram recolhidos com recurso aos seguintes instrumentos, na versão brasileira: Questionário Sociodemográfico; Questionário do Sentido de Vida (QSV); Escala Continuum de Saúde Mental – Versão Reduzida (Adultos) (MHC_SF) e à Escala de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21); Sendo os dados tratados com o programa estatístico SPSS, versão 27. Em relação aos resultados, são apresentados os níveis de sentido de vida, de saúde mental: bem-estar e psicopatologia (depressão, ansiedade e stress), bem como suas correlações e diferenças de acordo com algumas variáveis sociodemográficas. Com a pesquisa realizada constatou-se que, a população em estudo apresenta níveis relativamente altos de sentido de vida e saúde mental positiva/bem-estar, bem como níveis inferiores de psicopatologia, nomeadamente de ansiedade, depressão e stress, tendo sido encontradas correlações positivas entre presença de sentido de vida e saúde mental positiva/bem-estar, bem como correlações negativas entre procura de sentido de vida e psicopatologia (depressão, ansiedade e depressão). Verificou-se, ainda, que são os mais jovens, solteiros, sem o ensino superior e sem filhos que apresentaram os níveis mais baixos de presença de sentido de vida. As mulheres apresentaram níveis mais altos de psicopatologia e os homens de saúde mental positiva. Resultados que reforçam a necessidade de incluir o sentido de vida em programas de intervenção e promoção da saúde.Although surrounded by a world with so many facilities, pleasures, technologies and many other options, more and more people feel alone and struggling to find a real meaning for their lives. This sense of absence of meaning was defined by Frankl (2007) as an existential vacuum. This void arises due to the lack of goals and objectives that motivate the individual to live and that is capable of generating negative affects, depression and other psychological problems, thus affecting the mental health of the individual (Frankl, 2010). The general proposal of the study was precisely to know, in young people and adults, the correlations between the meaning of life and mental health levels, in terms of well-being and psychopathology (anxiety, depression and stress), which present great prevalence and a significant increase today. The central question of the study is: What relationships can be established between the levels of meaning of life and mental health, with regard to well-being and psychopathology (anxiety, depression and stress)? The methodological framework used to develop the study was quantitative research, having participated in this, 319 adults aged between 19 and 75 years, Brazilian, of both sexes. The data were collected using the following instruments, in the Brazilian version: Sociodemographic Questionnaire; Meaning of Life Questionnaire (QSV); Continuum Mental Health Scale - Reduced Version (Adults) (MHC_SF) and the Anxiety, Depression and Stress Scale (EADS-21); The data being treated with the statistical program SPSS, version 27. Regarding the results, the levels of meaning of life, mental health: well-being and psychopathology (depression, anxiety and stress) are presented, as well as their correlations and differences according to some sociodemographic variables. With the research conducted it was found that the study population has relatively high levels of meaning of life and positive mental health/wellbeing, as well as lower levels of psychopathology, namely anxiety, depression and stress, and positive correlations were found between the presence of meaning of life and positive mental health/well-being, as well as negative correlations between search for meaning of life and psychopathology (depression, anxiety and depression). It was also verified that it is the youngest, single, without higher education and without children who presented lowest the levels of presence of meaning of life. Women had higher levels of psychopathology and men had positive mental health. Results that reinforce the need to include meaning of life in intervention and health promotion programs.Fonte, CarlaRepositório Institucional da Universidade Fernando PessoaRodrigues, Mariana Gaiofatto2023-03-07T16:18:32Z2023-01-262023-01-26T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10284/11643porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-14T02:05:57Zoai:bdigital.ufp.pt:10284/11643Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:42:32.755077Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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