Lesões e sintomatologia musculosquelética em profissionais de aula de grupo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Alexandre Herculano Oliveira de
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/4207
Resumo: Este estudo teve como principal objetivo estudar a perceção das lesões, sintomatologia e dor musculosquelética nos profissionais de aulas de grupo. Os objetivos específicos são caraterizar a atividade profissional, determinar a perceção das lesões, da sintomatologia e da dor musculosquelética nos profissionais de aulas de grupo bem como avaliar quais são os fatores que estão na base da perceção da lesão e da sintomatologia musculosquelética. Participaram no estudo um total de 95 profissionais de aulas em grupo, compostos por 45 homens e 50 mulheres (69,37 ± 12,81 kg; 170 ± 9,32 cm de altura) e com uma media de idade de 23,5 anos. Estes profissionais responderam a um questionário que incluiu perguntas sobre características sociodemográficas e sobre a sintomatologia e dor musculosquelética. Na análise estatística foram utilizadas medidas descritivas nomeadamente média, mediana, desvio padrão e extremos para variáveis numéricas, enquanto que para variáveis ordinais foram calculadas apenas média, mediana e extremos. Testes de Qui-quadrado foram usados para avaliar associações, incluindo Teste de Pearson, de Máxima Verosimilhança, Teste Exato de Fisher e Correção de continuidade de Yates. Para variáveis quantitativas, foram aplicados modelos de regressão. A maioria dos profissionais trabalha em ginásios e tem em média 8,97 anos de experiência como profissionais. Muitos trabalham entre 5- 8 horas por dia e entre 30-40 horas por semana, liderando entre 2-4 aulas por dia e mais de 8 aulas por semana. Cerca de um terço relatou ter tido lesões durante a prática e quase um quinto tem patologias que podem aumentar o risco de lesões futuras, sendo os estiramentos musculares e entorses as lesões mais comuns. Considerando uma escala de 1-5 em que 1 é sem dor, e 5 dor excessiva, nos últimos 7 dias as zonas mais afetadas foram a lombar e os joelhos (2,85 e 2,58 respetivamente). Nos últimos 12 meses as zonas mais afetadas foram a lombar e os joelhos (2,84 e 2,31 respetivamente). Considerando as tarefas do quotidiano, nos últimos 12 meses as zonas mais afetadas foram a lombar (3,14) e os joelhos (2,40). Os problemas na lombar e nos joelhos são frequentemente relatados, afetando o dia a dia de alguns profissionais. A idade e os anos de prática estão significativamente relacionados com a perceção de lesões. Além disso, certos tipos de aulas, como as de alto impacto e força muscular, tendem a estar associadas a um maior número de lesões. O estudo também sugere que fatores como idade, anos de prática e dias de férias estão relacionados com a perceção dos sintomas musculosqueléticos nos últimos 7 dias, enquanto o tempo para adormecer está relacionado com a perceção dos sintomas nos últimos 12 meses, afetando as atividades diárias. Torna-se importante a implementação de programas de prevenção primária e secundária de lesões e sintomatologia musculosquelética para estes profissionais, de forma a promover uma melhor qualidade de vida, estado de saúde e possível longevidade na carreira profissional.
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Estes profissionais responderam a um questionário que incluiu perguntas sobre características sociodemográficas e sobre a sintomatologia e dor musculosquelética. Na análise estatística foram utilizadas medidas descritivas nomeadamente média, mediana, desvio padrão e extremos para variáveis numéricas, enquanto que para variáveis ordinais foram calculadas apenas média, mediana e extremos. Testes de Qui-quadrado foram usados para avaliar associações, incluindo Teste de Pearson, de Máxima Verosimilhança, Teste Exato de Fisher e Correção de continuidade de Yates. Para variáveis quantitativas, foram aplicados modelos de regressão. A maioria dos profissionais trabalha em ginásios e tem em média 8,97 anos de experiência como profissionais. Muitos trabalham entre 5- 8 horas por dia e entre 30-40 horas por semana, liderando entre 2-4 aulas por dia e mais de 8 aulas por semana. Cerca de um terço relatou ter tido lesões durante a prática e quase um quinto tem patologias que podem aumentar o risco de lesões futuras, sendo os estiramentos musculares e entorses as lesões mais comuns. Considerando uma escala de 1-5 em que 1 é sem dor, e 5 dor excessiva, nos últimos 7 dias as zonas mais afetadas foram a lombar e os joelhos (2,85 e 2,58 respetivamente). Nos últimos 12 meses as zonas mais afetadas foram a lombar e os joelhos (2,84 e 2,31 respetivamente). Considerando as tarefas do quotidiano, nos últimos 12 meses as zonas mais afetadas foram a lombar (3,14) e os joelhos (2,40). Os problemas na lombar e nos joelhos são frequentemente relatados, afetando o dia a dia de alguns profissionais. A idade e os anos de prática estão significativamente relacionados com a perceção de lesões. Além disso, certos tipos de aulas, como as de alto impacto e força muscular, tendem a estar associadas a um maior número de lesões. O estudo também sugere que fatores como idade, anos de prática e dias de férias estão relacionados com a perceção dos sintomas musculosqueléticos nos últimos 7 dias, enquanto o tempo para adormecer está relacionado com a perceção dos sintomas nos últimos 12 meses, afetando as atividades diárias. Torna-se importante a implementação de programas de prevenção primária e secundária de lesões e sintomatologia musculosquelética para estes profissionais, de forma a promover uma melhor qualidade de vida, estado de saúde e possível longevidade na carreira profissional.The main aim of this study was to investigate the perception of injuries, symptoms and musculoskeletal pain among group class professionals. The specific objectives are to characterize the professional activity, determine the perception of injuries, symptoms and musculoskeletal pain in group class professionals, as well as to assess which factors underlie the perception of injuries and musculoskeletal symptoms. A total of 95 group class professionals took part in the study, comprising 45 men and 50 women (69.37 ± 12.81 kg; 170 ± 9.32 cm in height) and with an average age of 23.5 years. These professionals answered a questionnaire that included questions on sociodemographic characteristics and on musculoskeletal pain and symptoms. Statistical analysis used descriptive measures such as mean, median, standard deviation and extremes for numerical variables, while only mean, median and extremes were calculated for ordinal variables. Chi-square tests were used to assess associations, including Pearson's test, maximum likelihood, Fisher's exact test and Yates' continuity correction. For quantitative variables, regression models were applied. Most of the professionals work in gyms and have an average of 8.97 years' experience as professionals. Many work between 5-8 hours a day and between 30-40 hours a week, leading between 2-4 classes a day and more than 8 classes a week. Around a third reported having had injuries during practice and almost a fifth have pathologies that can increase the risk of future injuries, with muscle strains and sprains being the most common injuries. On a scale of 1-5, where 1 is no pain and 5 is excessive pain, in the last 7 days the most affected areas were the lower back and knees (2.85 and 2.58 respectively). In the last 12 months, the most affected areas were the lower back and knees (2.84 and 2.31 respectively). When considering everyday tasks, in the last 12 months the most affected areas were the lower back (3.14) and the knees (2.40). Lower back and knee problems are frequently reported, affecting the daily lives of some professionals. Age and years of practice are significantly related to the perception of injuries. In addition, certain types of classes, such as those with high impact and muscle strength, tend to be associated with a greater number of injuries. The study also suggests that factors such as age, years of practice and vacation days are related to the perception of musculoskeletal symptoms in the last 7 days, while time spent falling asleep is related to the perception of symptoms in the last 12 months, affecting daily activities. It is important to implement primary and secondary prevention programs for injuries and musculoskeletal symptoms for these professionals, in order to promote a better quality of life, state of health and possible longevity in their professional careers.2024-11-06T15:43:52Z2024-08-01T00:00:00Z2024-08-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/4207TID:203707362porSousa, Alexandre Herculano Oliveira deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-11-14T08:34:48Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/4207Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-11-14T08:34:48Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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