Infecções urinárias causadas por Klebsiella spp. em ambulatório

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Cláudia Valente
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/7390
Resumo: As infecções do tracto urinário (ITU) são frequentes na comunidade e a maioria tem origem bacteriana. São o principal motivo de consulta médica, na qual, a escolha da terapia antimicrobiana continua a ser empírica. A resistência antimicrobiana está a generalizar-se entre uma diversidade de espécies bacterianas clinicamente significativas, deste modo, o Laboratório de Microbiologia tem um papel crítico na vigilância e controlo da resistência antimicrobiana. Neste estudo determinou-se a frequência dos microrganismos causadores de ITU adquiridas em ambulatório, e a susceptibilidade de Klebsiella spp. aos antimicrobianos. Os dados obtidos provenieram de indivíduos com o exame bacteriológico de urina (urocultura) positivo, num período de seis meses (Junho a Novembro) do ano 2010, e foram recolhidos num laboratório de Aveiro. Foram identificados 2057 exames de urocultura positiva. Escherichia coli, Klebsiella spp. e Proteus mirabilis foram as três principais bactérias responsáveis pelas ITU. O sexo feminino foi o mais afectado por este tipo de infecções (81,4%) com uma média de idade de 61 anos, enquanto a média de idade do sexo masculino foi de 67 anos. Em relação à susceptibilidade aos antimicrobianos, verificou-se que a totalidade dos isolados de Klebsiella spp. recolhidos neste estudo apresentam resistência à amoxicilina e elevada frequência de resistência aos antibióticos Amoxicilina+Ácido Clavulânico (AMC) e Sulfametoxasol+Trimetoprim (SXT). Deste modo, supõe-se que o uso frequente e irracional destes fármacos no tratamento empírico das ITU contribuem para o aumento da resistência bacteriana. Este estudo fornece dados para o conhecimento dos diferentes agentes etiológicos mais frequentes nas ITU adquiridas na comunidade do distrito de Aveiro, e disponibiliza informação sobre os padrões de resistência de Klebsiella spp., necessários para um tratamento empírico adequado.
id RCAP_0c0961cee6f03271826f7a177369bdcf
oai_identifier_str oai:ria.ua.pt:10773/7390
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Infecções urinárias causadas por Klebsiella spp. em ambulatórioMicrobiologiaInfecções hospitalaresAparelho urinário: InfecçõesBactérias patogénicasAgentes anti-infecciososResistência a antibióticosAs infecções do tracto urinário (ITU) são frequentes na comunidade e a maioria tem origem bacteriana. São o principal motivo de consulta médica, na qual, a escolha da terapia antimicrobiana continua a ser empírica. A resistência antimicrobiana está a generalizar-se entre uma diversidade de espécies bacterianas clinicamente significativas, deste modo, o Laboratório de Microbiologia tem um papel crítico na vigilância e controlo da resistência antimicrobiana. Neste estudo determinou-se a frequência dos microrganismos causadores de ITU adquiridas em ambulatório, e a susceptibilidade de Klebsiella spp. aos antimicrobianos. Os dados obtidos provenieram de indivíduos com o exame bacteriológico de urina (urocultura) positivo, num período de seis meses (Junho a Novembro) do ano 2010, e foram recolhidos num laboratório de Aveiro. Foram identificados 2057 exames de urocultura positiva. Escherichia coli, Klebsiella spp. e Proteus mirabilis foram as três principais bactérias responsáveis pelas ITU. O sexo feminino foi o mais afectado por este tipo de infecções (81,4%) com uma média de idade de 61 anos, enquanto a média de idade do sexo masculino foi de 67 anos. Em relação à susceptibilidade aos antimicrobianos, verificou-se que a totalidade dos isolados de Klebsiella spp. recolhidos neste estudo apresentam resistência à amoxicilina e elevada frequência de resistência aos antibióticos Amoxicilina+Ácido Clavulânico (AMC) e Sulfametoxasol+Trimetoprim (SXT). Deste modo, supõe-se que o uso frequente e irracional destes fármacos no tratamento empírico das ITU contribuem para o aumento da resistência bacteriana. Este estudo fornece dados para o conhecimento dos diferentes agentes etiológicos mais frequentes nas ITU adquiridas na comunidade do distrito de Aveiro, e disponibiliza informação sobre os padrões de resistência de Klebsiella spp., necessários para um tratamento empírico adequado.Urinary tract infections (UTI) are common in the community and most have bacterial origin. They are the main reason for medical consultation, in which the choice of antimicrobial therapy remains empirical. Antimicrobial resistance is becoming widespread among a variety of clinically significance bacterial species, thus, the Microbiology Laboratory plays a critical role in surveillance and control of antimicrobial resistance. In this study we determined the frequency of the microorganisms causing community acquired UTI, and the antimicrobial susceptibility of Klebsiella spp.. The data obtained from individuals with positive bacteriological exam of urine (urine culture) within six months (June to November) of 2010, and were collected in a laboratory of Aveiro. We identified 2057 positive urine cultures. Escherichia coli, Klebsiella spp. and Proteus mirabilis were the three main bacteria responsible for UTI. The female was the most affected by these infections (81.4%) with a mean age of 61 years, while the average age of males was 67 years. Regarding antimicrobial susceptibility, it was found that all isolates of Klebsiella spp. collected in this study are resistant to amoxicillin and have high frequency of resistance to antibiotics Amoxicillin + Clavulanate (AMC) and Sulphamethoxazole+Trimethoprim (SXT). Thus, it is assumed that the frequent and irrational use of these drugs in the empirical treatment of UTI contribute to increased bacterial resistance. This study supplies important data to the knowledge of the different etiologic agents most common community acquired UTI in the district of Aveiro, and provides information about resistance profiles of Klebsiella spp., which are required in practice for adjusted empirical treatment.Universidade de Aveiro2012-03-19T17:09:34Z2011-01-01T00:00:00Z2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/7390porPereira, Cláudia Valenteinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:12:48Zoai:ria.ua.pt:10773/7390Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:45:05.057214Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Infecções urinárias causadas por Klebsiella spp. em ambulatório
title Infecções urinárias causadas por Klebsiella spp. em ambulatório
spellingShingle Infecções urinárias causadas por Klebsiella spp. em ambulatório
Pereira, Cláudia Valente
Microbiologia
Infecções hospitalares
Aparelho urinário: Infecções
Bactérias patogénicas
Agentes anti-infecciosos
Resistência a antibióticos
title_short Infecções urinárias causadas por Klebsiella spp. em ambulatório
title_full Infecções urinárias causadas por Klebsiella spp. em ambulatório
title_fullStr Infecções urinárias causadas por Klebsiella spp. em ambulatório
title_full_unstemmed Infecções urinárias causadas por Klebsiella spp. em ambulatório
title_sort Infecções urinárias causadas por Klebsiella spp. em ambulatório
author Pereira, Cláudia Valente
author_facet Pereira, Cláudia Valente
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Pereira, Cláudia Valente
dc.subject.por.fl_str_mv Microbiologia
Infecções hospitalares
Aparelho urinário: Infecções
Bactérias patogénicas
Agentes anti-infecciosos
Resistência a antibióticos
topic Microbiologia
Infecções hospitalares
Aparelho urinário: Infecções
Bactérias patogénicas
Agentes anti-infecciosos
Resistência a antibióticos
description As infecções do tracto urinário (ITU) são frequentes na comunidade e a maioria tem origem bacteriana. São o principal motivo de consulta médica, na qual, a escolha da terapia antimicrobiana continua a ser empírica. A resistência antimicrobiana está a generalizar-se entre uma diversidade de espécies bacterianas clinicamente significativas, deste modo, o Laboratório de Microbiologia tem um papel crítico na vigilância e controlo da resistência antimicrobiana. Neste estudo determinou-se a frequência dos microrganismos causadores de ITU adquiridas em ambulatório, e a susceptibilidade de Klebsiella spp. aos antimicrobianos. Os dados obtidos provenieram de indivíduos com o exame bacteriológico de urina (urocultura) positivo, num período de seis meses (Junho a Novembro) do ano 2010, e foram recolhidos num laboratório de Aveiro. Foram identificados 2057 exames de urocultura positiva. Escherichia coli, Klebsiella spp. e Proteus mirabilis foram as três principais bactérias responsáveis pelas ITU. O sexo feminino foi o mais afectado por este tipo de infecções (81,4%) com uma média de idade de 61 anos, enquanto a média de idade do sexo masculino foi de 67 anos. Em relação à susceptibilidade aos antimicrobianos, verificou-se que a totalidade dos isolados de Klebsiella spp. recolhidos neste estudo apresentam resistência à amoxicilina e elevada frequência de resistência aos antibióticos Amoxicilina+Ácido Clavulânico (AMC) e Sulfametoxasol+Trimetoprim (SXT). Deste modo, supõe-se que o uso frequente e irracional destes fármacos no tratamento empírico das ITU contribuem para o aumento da resistência bacteriana. Este estudo fornece dados para o conhecimento dos diferentes agentes etiológicos mais frequentes nas ITU adquiridas na comunidade do distrito de Aveiro, e disponibiliza informação sobre os padrões de resistência de Klebsiella spp., necessários para um tratamento empírico adequado.
publishDate 2011
dc.date.none.fl_str_mv 2011-01-01T00:00:00Z
2011
2012-03-19T17:09:34Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10773/7390
url http://hdl.handle.net/10773/7390
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de Aveiro
publisher.none.fl_str_mv Universidade de Aveiro
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799137503057281024