As cores dos provérbios na língua portuguesa: de Portugal ao Brasil e de Angola a Timor
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/63156 |
Resumo: | Linguisticamente os provérbios possuem, a nível semântico-pragmático, uma estrutura relativamente autónoma, podendo até serem considerados, numa determinada ótica, uma espécie de microtextos. Esta sua caraterística levou-nos a utilizá-los para testar os mecanismos de sinestesia nas línguas, concretamente, tentar perceber se os provérbios não ligados diretamente a cores (como “Quem tudo quer, tudo perde”) desencadeiam processos semântico-cognitivos implicando as cores de forma não aleatória. Para tal, a partir de um grupo de 9 provérbios sem referências diretas a cores recolheram-se as respostas a um conjunto de inquéritos feitos em Portugal e no Brasil que evidenciam a sistematicidade de, por um lado, se poder dizer que cada provérbio tem cores específicas e por outro que há diferenças entre essas cores para o Português Europeu (PE) e para o Português Brasileiro (PB). Numa segunda fase, recolhemos dados sobre os mesmos provérbios em Angola (PA, Português de Angola) e Timor (PTi, Português de Timor) com a finalidade de se verificar até que ponto as sinestesias das cores nos provérbios são ou não sistemáticas e as relações entre línguas e culturas que essas diferenças podem evidenciar. |
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As cores dos provérbios na língua portuguesa: de Portugal ao Brasil e de Angola a TimorSinestesia e significado linguísticoCores e significado linguísticoSynesthesia and linguistic meaningColors and linguistic meaning.Humanidades::Línguas e LiteraturasLinguisticamente os provérbios possuem, a nível semântico-pragmático, uma estrutura relativamente autónoma, podendo até serem considerados, numa determinada ótica, uma espécie de microtextos. Esta sua caraterística levou-nos a utilizá-los para testar os mecanismos de sinestesia nas línguas, concretamente, tentar perceber se os provérbios não ligados diretamente a cores (como “Quem tudo quer, tudo perde”) desencadeiam processos semântico-cognitivos implicando as cores de forma não aleatória. Para tal, a partir de um grupo de 9 provérbios sem referências diretas a cores recolheram-se as respostas a um conjunto de inquéritos feitos em Portugal e no Brasil que evidenciam a sistematicidade de, por um lado, se poder dizer que cada provérbio tem cores específicas e por outro que há diferenças entre essas cores para o Português Europeu (PE) e para o Português Brasileiro (PB). Numa segunda fase, recolhemos dados sobre os mesmos provérbios em Angola (PA, Português de Angola) e Timor (PTi, Português de Timor) com a finalidade de se verificar até que ponto as sinestesias das cores nos provérbios são ou não sistemáticas e as relações entre línguas e culturas que essas diferenças podem evidenciar.At the semantic-pragmatic level proverbs have a relatively autonomous structure and may even be considered, somehow, a kind of microtexts. This characteristic has led us to use them to test the mechanisms of synesthesia in languages, namely to try to understand whether proverbs not directly linked to color (such as the Portuguese proverb "Who wants everything, loses everything") provoke semantic-cognitive processes that imply non-random color associations. For this, from a group of 9 Portuguese proverbs without direct reference to color, we collected the answers given to a set of surveys carried out in Portugal (EP-European Portuguese) and in Brazil (BP-Brazilian Portuguese), which, on the one hand, show that we can say that each proverb has specific colors and, on the other hand, that there are differences between these colors for EP and BP. In the second phase, we collected data on the same proverbs in Angola (AP- Angola Portuguese) and East Timor (TiP- East Timor Portuguese) in order to compare the results with those obtained in Portugal and Brazil and thus try to verify some relations between languages and cultures that these differences may show.Ksiegarnia AkademikaUniversidade do MinhoTeixeira, José2019-112019-11-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/63156porTeixeira, José (2019). “As cores dos provérbios na língua portuguesa: de Portugal ao Brasil e de Angola a Timor” in Studia Iberystyczne 18 (2019), Jagiellonian University, pp. 537-5612082-8594info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-05-11T05:55:08Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/63156Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-05-11T05:55:08Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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