As cores dos provérbios: significado linguístico e sinestesia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira, José
Data de Publicação: 2018
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1822/57040
Resumo: A Linguística Cognitiva procura ver uma língua natural como uma janela para a mente. Os usos das línguas interessam, assim, para, na investigação científica, procurar descobrir-se como funciona a mente humana. Dado que, na perspetiva cognitiva, o significado linguístico é a base fundacional da organização da linguagem natural, tentar perceber como funciona o significado permitirá entrever como funciona a mente. Assim, esta comunicação pretende mostrar que os provérbios acionam variadas estruturas de significado, quer a nível lexical, quer a nível frásico, que implicam não apenas as palavras que os compõem mas modelos mentais complexos. Dentro desses modelos mentais que os provérbios evocam, as sinestesias de cor parecem funcionar como indicadores de múltiplas relações culturais e cognitivas para a constituição do modelo mental que cada provérbio aciona. Através de algumas centenas de inquéritos que tiveram por base 9 dos mais conhecidos provérbios da língua portuguesa, feitos a falantes do Português Europeu e Português do Brasil, prova-se que os falantes identificam alguns provérbios com cores dominantes, enquanto outros apresentam uma paleta de cores mais diversificada; prova-se igualmente que as cores acionadas evidenciam padrões de coerência que nos permitem adivinhar interessantes aspetos do funcionamento do significado linguístico e da mente.
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