Parasitoses oportunistas no infectado pelo VIH : aspectos epidemiológicos e clínicos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/26084 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Apesar da incidência de infecções oportunistas em indivíduos infectados pelo VIH ter diminuído substancialmente com a utilização cada vez mais generalizada de regimes quimioprofilácticos específicos e de tratamento anti-retrovírico de grande actividade, estas continuam a constituir uma causa significativa de mortalidade e morbilidade nesta população, tanto em países desenvolvidos, devido a factores de índole variada, como em países com poucos recursos económicos, onde o acesso aos anti-retrovíricos ou mesmo a agentes profilácticos específicos é muito limitado e onde, de resto, se verificam as taxas mais elevadas de infecção pelo VIH. OBJECTIVOS: Abordar as mais importantes parasitoses oportunistas (Toxoplasmose, Criptosporidiose, Microsporidiose), incluindo duas relevantes parasitoses endémicas (Leishmaniose e Doença de Chagas). Este artigo pretende providenciar uma revisão dos seus contexto epidemiológico actual, quadro clínico, diagnóstico e recomendações para profilaxia e tratamento, bem como fazer referência a métodos de diagnóstico e/ou abordagens terapêuticas mais recentes que se tenham revelado promissores. DESENVOLVIMENTO/CONCLUSÕES: Algumas parasitoses oportunistas associam-se a taxas de mortalidade elevadas por não existir qualquer agente terapêutico específico para o seu tratamento. Noutras, isso acontece porque a resposta ao tratamento específico é pior em VIH-positivos, com menor taxa de cura e maior probabilidade de recidivas. É fundamental, assim, acima de tudo, implementar programas eficazes de diagnóstico precoce da infecção pelo VIH, de modo a evitar a ocorrência de infecções oportunistas. Além disso é necessário continuar a investir no desenvolvimento de métodos sensíveis e específicos de diagnóstico tão simples, rápidos e económicos quanto possível, bem como na realização de ensaios clínicos com agentes terapêuticos (ou combinações) que se revelaram promissores. Para os países com poucos recursos, é especialmente relevante o esclarecimento da eficácia de agentes terapêuticos pouco dispendiosos e amplamente disponíveis na profilaxia e tratamento das infecções oportunistas, dada a dificuldade de acesso ao tratamento anti-retrovírico de alta actividade. |
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