Cultura como organização: resgate etnográfico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Durão, Susana
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Fradique, Teresa
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.8/3991
Resumo: A antropologia começou por criar e se centrar no conceito de cultura como património de grupos, aquilo que lhes permite sobreviver socialmente. Todavia, esta disciplina não ficou indiferente a ideias de cultura humanísticas e artísticas, aos resultados sociais das suas produções materiais e simbólicas. Na primeira década do século XXI é já inequívoco o uso polifónico deste conceito e o seu carácter fluído e dinâmico na forma como abarca realidades e processos de organização e representação social muito diversificados, para onde confluem em simultâneo significações que pareciam autónomas e até mesmo contraditórias. Este texto procura essencialmente problematizar fenómenos que se encontram no confluir das várias significações que a «cultura» pode assumir, mantendo e usando essa mesma ambiguidade que a noção de cultura transporta em si. Começamos por abrir a discussão com o alerta para as dificuldades que esta polifonia do conceito pode colocar aos meios da representação social nos espaços complexos da arte e da cultura. Depois, passamos a explorar um exemplo etnográfico, no contexto da América Latina, que evidencia como a produção simultânea das várias dimensões da cultura está, ela mesma, a ser socialmente configurada e produzida por pessoas e grupos de periferias urbanas pobres. Exemplos como o do Grupo Cultural AfroReggae do Rio de Janeiro parecem antecipar imaginários complexos para pensar o futuro próximo da gestão de fenómenos culturais e sociais. Mas trazem consigo alguns riscos. A eles voltamos no final.
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