Patrulha e proximidade: uma etnografia da polícia de Lisboa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/274 |
Resumo: | Esta etnografia pretende colmatar a falta de conhecimento sobre os universos policiais e sobre o policiamento nas ciências sociais portuguesas. Insere-se no quadro reflexivo da antropologia das organizações, dos processos culturais e urbanos e na tradição dos estudos policiais. Recorrendo a técnicas de observação prolongada e métodos qualitativos (entrevistas e pesquisa documental) é proposta uma descida às ruas de uma esquadra em Lisboa. São percorridos itinerários, rotinas e tácticas de agentes da patrulha e da proximidade que mostram como no seio da organização policial as ruas se tornaram o ‘seu’ território. Enquanto isso, a organização da Polícia de Segurança Pública, responsável pelo policiamento urbano em Portugal, é perspectivada nos eixos de uma reconfiguração recente, ‘organizando-se’, volvidos 30 anos de democracia. Embora muito indefinido e amplo, conclui-se que o trabalho dos agentes e das esquadras passa sobretudo pela ‘manutenção de ordens’, isto é, pelo encontro de soluções provisórias para problemas humanos e sociais perenes nas cidades. Práticas de trabalho e práticas discursivas da acção vão definindo e classificando os sentidos da operacionalidade, da cultura e mandato policiais, mas também da diferenciação social e uso de poderes perante situações, públicos e figuras do quotidiano. Numa ‘esquadra de passagem’, nos primeiros anos de experiência, os jovens agentes são socializados para aí se tornarem polícias e conquistarem a difícil mas essencial autonomia da autoridade profissional. Contemplam oportunidades, experimentam estilos de polícia e configuram trajectórias. A experiência da deslocação, esperar pela transferência ou ‘fazer carreira’ dita diferentes tendências num modo e quadro de vida exigentes. |
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