Mapas de Risco das Zonas Costeiras por Efeito da Ação Energética do Mar
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-88722013000100003 |
Resumo: | O 4º Relatório do International Painnel for Climate Changes (IPCC, 2007) aponta para que, ao longo do século XXI, as alterações climáticas expectáveis se façam expressar não só sob a forma de uma aceleração da subida do nível médio da superfície da água do mar, mas também sob a forma de sobrelevação meteorológica e de uma maior frequência de fenómenos extremos, entre outras. Estes efeitos irão agravar os já graves problemas que resultam do generalizado défice sedimentar das zonas costeiras, essencialmente associado à redução de sedimentos provenientes dos rios. De acordo com a maior ou menor vulnerabilidade e o respetivo grau de exposição, as zonas costeiras sentem os efeitos das referidas instabilidades e alterações, pelo que se torna importante identificar as consequências que daí resultam, a fim de permitir avaliar o risco da zona costeira sujeita à ação energética do mar. O conhecimento do grau de risco de exposição das frentes urbanas, e mesmo dos territórios vizinhos, às ações energéticas do mar, bem como a respetiva representação na forma de mapas podem ser um instrumento fundamental nas tomadas de decisão, no que diz respeito à gestão e planeamento das zonas costeiras. Este estudo procedeu a um levantamento de diferentes abordagens existentes de classificação de vulnerabilidades e riscos costeiros, tendo aplicado o método apresentado por Coelho (2005), revisto em Coelho et al. (2007a) e Coelho & Arede (2009), ao longo do trecho Espinho-Mira, numa faixa de 2km de largura. Obtiveram-se representações de mapas de classificação do grau de vulnerabilidade, do grau de exposição e do nível de risco ao longo desta área de estudo. Os resultados obtidos foram comparados e criticados à luz de anteriores estudos, feitos sobre a mesma área de análise, tendo-se observado que em geral a aplicação da classificação proposta conduz a uma avaliação metódica e objetiva que vai ao encontro do que anteriores ferramentas estabelecem para a região analisada. A aplicação da metodologia de classificação de risco vem reforçar a conclusão de que todo o trecho costeiro do litoral da região de Aveiro merece elevada preocupação. Nos resultados obtidos, destacam-se com vulnerabilidade muito alta os trechos entre Esmoriz e a Torreira e entre a Costa Nova e Mira. Espinho, devido à forte ocupação urbana, sobressai por uma muito alta exposição à ação da agitação do mar. Por fim, quase toda a costa em estudo é de elevado ou muito elevado risco, com realce para os trechos entre Espinho e a Torreira e entre a Costa Nova e a Vagueira. |
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