Agonia: últimos momentos de um doente terminal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Roque, Carolina Maria de Oliveira
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/18763
Resumo: Introdução: Numa época em que a mortalidade por cancro aumenta exponencialmente, verifica-se a necessidade de uma adequação dos cuidados de saúde ao doente oncológico terminal, em particular, nos últimos dias de vida. Objectivos: Revisão sobre a agonia no doente oncológico terminal, abordando a sua definição, diagnóstico, características clínicas, fisiopatologia, propostas de intervenção e considerações éticas, através de uma pesquisa na base de dados da Medline/Pubmed e outras fontes documentais de referência, sem colocação de limites temporais. Desenvolvimento: O período de agonia constitui o culminar da evolução da doença oncológica. A disfunção orgânica resulta em alterações múltiplas e simultâneas, que se traduzem em sinais e sintomas característicos, com relevância acrescida para o estridor, a dor, a dispneia e o delirium. Nesta etapa, independentemente do local em que os cuidados são administrados, a abordagem médica centrar-se-á no conforto e na autonomia do doente. Todos os procedimentos e medicação supérfluos deverão ser descontinuados, mostrando-se fundamental uma paliação rápida e eficaz dos sintomas, através de medidas farmacológicas e não farmacológicas. A sedação terminal pode ser necessária nos sintomas refractários. Estas medidas não implicam o encurtamento do tempo de vida. Em alguns países são utilizados protocolos que sistematizam e facilitam a abordagem do doente agónico e da família. Conclusão: Conhecer a apresentação clínica da agonia ajuda a excluir potenciais quadros reversíveis ou a antever uma evolução inevitável. Através de uma selecção adequada de cuidados que evita os extremos da negligência e do encarniçamento terapêutico, é possível proporcionar um final de vida mais digno e humano.
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