Agricultura de Conservação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/3108 |
Resumo: | São perdidos para a agricultura anualmente, cerca de 2 milhões de hectares entre outras causas, devido à severa degradação dos solos. Durante os últimos 40 anos, 30% dos solos destinados à agricultura (1,5 biliões de hectares) foram abandonados devido à erosão e sua degradação. O solo agrícola produtivo é um ecossistema não renovável e que está em perigo, degradando-se a uma velocidade muito maior que a sua regeneração, que é um processo muito mais lento, sendo necessários aproximadamente 500 anos para “refazer” 25 mm de solo perdido por erosão. De todos os factores, aquele que mais contribui para a perda do solo por erosão e para a sua degradação é a sua mobilização intensa e continuada com a utilização de alfaias como a charrua de aivecas, a grade de discos e mesmo a fresa. O conceito de agricultura de conservação, ou seja, fazer agricultura procurando manter ou melhorar a fertilidade do solo, de forma que as gerações futuras possam obter produtividades iguais ou superiores às que se obtinham no modo convencional, melhorando a sua qualidade de vida, visa inverter o ciclo de degradação associado à instalação de culturas no modo convencional com o recurso à mobilização do solo. Tem como objectivo a recuperação da fertilidade do solo através da melhoria das suas características físicas (manutenção ou melhoria da estrutura), químicas (elevação do teor de matéria orgânica) e biológicas (criação e manutenção de condições favoráveis para os organismos do solo). Pretende-se a recuperação da fertilidade dos solos degradados e prejudicados na sua estrutura através da agricultura de conservação, adoptando as práticas fundamentais para o sistema como a mobilização reduzida ou mínima, a mobilização na linha ou a sementeira directa, a manutenção dos resíduos das culturas à superfície e a rotação de culturas, para além de outros princípios e práticas acessórias (controlo integrado de infestantes, utilização de tractores leves e aplicação de rodados duplos traseiros, ordenamento do pastoreio, etc.). A plena consciência da insustentabilidade agronómica, ambiental e económica do sistema convencional ou tradicional de instalação de culturas com recurso a sequências de operações de mobilização do solo por vezes tão longas quanto despropositadas, com elevados custos e de impacto ambiental negativo, a constatação do processo gradual de empobrecimento dos solos manifestado sobretudo pela diminuição dos já baixos teores de matéria orgânica e pelo degradar das suas características físicas, químicas e biológicas, com reflexos negativos nas produtividades das culturas e a impossibilidade face às actuais regras da Política Agrícola Comum (PAC) de manutenção de uma actividade, principalmente no que respeita à produção de culturas arvenses, com elevados custos de produção (no sistema convencional) e com sucessivos abaixamentos quer nos preços do produto final quer nas ajudas às referidas culturas, leva-nos a ter que mudar o paradigma e procurar fazer um tipo de agricultura que seja ambientalmente sustentável através da conservação do solo, da água e da protecção do ar e economicamente viável pela redução dos custos de produção e aumento da produtividade dos solos. Essa agricultura é a “Agricultura de Conservação”. |
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São perdidos para a agricultura anualmente, cerca de 2 milhões de hectares entre outras causas, devido à severa degradação dos solos. Durante os últimos 40 anos, 30% dos solos destinados à agricultura (1,5 biliões de hectares) foram abandonados devido à erosão e sua degradação. O solo agrícola produtivo é um ecossistema não renovável e que está em perigo, degradando-se a uma velocidade muito maior que a sua regeneração, que é um processo muito mais lento, sendo necessários aproximadamente 500 anos para “refazer” 25 mm de solo perdido por erosão. De todos os factores, aquele que mais contribui para a perda do solo por erosão e para a sua degradação é a sua mobilização intensa e continuada com a utilização de alfaias como a charrua de aivecas, a grade de discos e mesmo a fresa. O conceito de agricultura de conservação, ou seja, fazer agricultura procurando manter ou melhorar a fertilidade do solo, de forma que as gerações futuras possam obter produtividades iguais ou superiores às que se obtinham no modo convencional, melhorando a sua qualidade de vida, visa inverter o ciclo de degradação associado à instalação de culturas no modo convencional com o recurso à mobilização do solo. Tem como objectivo a recuperação da fertilidade do solo através da melhoria das suas características físicas (manutenção ou melhoria da estrutura), químicas (elevação do teor de matéria orgânica) e biológicas (criação e manutenção de condições favoráveis para os organismos do solo). Pretende-se a recuperação da fertilidade dos solos degradados e prejudicados na sua estrutura através da agricultura de conservação, adoptando as práticas fundamentais para o sistema como a mobilização reduzida ou mínima, a mobilização na linha ou a sementeira directa, a manutenção dos resíduos das culturas à superfície e a rotação de culturas, para além de outros princípios e práticas acessórias (controlo integrado de infestantes, utilização de tractores leves e aplicação de rodados duplos traseiros, ordenamento do pastoreio, etc.). A plena consciência da insustentabilidade agronómica, ambiental e económica do sistema convencional ou tradicional de instalação de culturas com recurso a sequências de operações de mobilização do solo por vezes tão longas quanto despropositadas, com elevados custos e de impacto ambiental negativo, a constatação do processo gradual de empobrecimento dos solos manifestado sobretudo pela diminuição dos já baixos teores de matéria orgânica e pelo degradar das suas características físicas, químicas e biológicas, com reflexos negativos nas produtividades das culturas e a impossibilidade face às actuais regras da Política Agrícola Comum (PAC) de manutenção de uma actividade, principalmente no que respeita à produção de culturas arvenses, com elevados custos de produção (no sistema convencional) e com sucessivos abaixamentos quer nos preços do produto final quer nas ajudas às referidas culturas, leva-nos a ter que mudar o paradigma e procurar fazer um tipo de agricultura que seja ambientalmente sustentável através da conservação do solo, da água e da protecção do ar e economicamente viável pela redução dos custos de produção e aumento da produtividade dos solos. Essa agricultura é a “Agricultura de Conservação”. |
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