Qualidade de Vida em Doentes Mentais Crónicos Institucionalizados
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/6022 |
Resumo: | Introdução: As Doenças Mentais são doenças impactantes e comuns, que podem afetar qualquer pessoa em qualquer fase do seu ciclo vital e de todos os locais do mundo (Quartilho, 2010). Em Portugal estima-se que a prevalência de perturbações psiquiátricas na população seja cerca de 30%, sendo que 12% são perturbações graves como a Esquizofrenia e a Perturbação Bipolar (Ministério da Saúde, 2004). Ambas são doenças que provocam grande prejuízo, provocando perdas funcionais em diversas áreas da vida do sujeito. Todas estas perdas afetam bastante a Qualidade de Vida dos doentes. Em condições crónicas a avaliação da Qualidade de Vida ganha grande relevo, uma vez que o tratamento para as mesmas não é curativo, mas sim profilático, sendo de extrema importância investir e promover o bem-estar destes doentes, tanto nos institucionalizados como os inseridos na comunidade. Objetivos: O objetivo geral deste estudo consiste em avaliar a Qualidade de Vida numa amostra de 60 doentes mentais crónicos institucionalizados nas casas de Saúde pertencentes ao instituto das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, em Portugal. Como objetivos específicos pretende-se: a) explorar a influência de variáveis independentes que contribuem para explicar a Qualidade de Vida em doentes mentais crónicos institucionalizados; b) identificar determinantes sociodemográficas, clínicas e sociorrelacionais que influenciem a Qualidade de Vida e cada um dos seus 4 domínios (físico, psicológicos, das relações sociais e do ambiente); c) examinar a existência de diferenças entre médias na Qualidade de Vida em relação a algumas variáveis clínicas; e d) verificar quais os domínios que exercem maior influência na Qualidade de Vida. Resultados: Conclui-se que nesta amostra a Qualidade de Vida é superior à média. Correlacionaram-se positivamente com a variável Qualidade de Vida apenas três variáveis: tempo de institucionalização, perceção de felicidade e perceção do estado de saúde geral. Destas identificaram-se como preditores da Qualidade de Vida a perceção de felicidade e a perceção do estado de saúde geral. Constatou-se que os domínios que mais influem na Qualidade de Vida são o domínio do Ambiente e o Psicológico. Relativamente à possível existência de diferenças entre grupos independentes, apenas se identificaram diferenças relativamente à variável perceção do estado de saúde geral. Conclusões: A importância da avaliação da Qualidade de Vida em doentes mentais crónicos tem sido cada vez mais reconhecida. A identificação de fatores preditores da Qualidade de Vida pode ajudar a determinar a eficácia comparativa de diferentes tratamentos e estratégias de reabilitação, avaliando o impacto dos mesmos na Qualidade de Vida dos sujeitos. Apesar de algumas limitações inerentes a esta investigação, o seu contributo é significativo, sendo que se reforça a ideia de continuar a investir no estudo da Qualidade de Vida. |
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Qualidade de Vida em Doentes Mentais Crónicos InstitucionalizadosDoença MentalQualidade de VidaReabilitação PsicossocialSaúde MentalDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaIntrodução: As Doenças Mentais são doenças impactantes e comuns, que podem afetar qualquer pessoa em qualquer fase do seu ciclo vital e de todos os locais do mundo (Quartilho, 2010). Em Portugal estima-se que a prevalência de perturbações psiquiátricas na população seja cerca de 30%, sendo que 12% são perturbações graves como a Esquizofrenia e a Perturbação Bipolar (Ministério da Saúde, 2004). Ambas são doenças que provocam grande prejuízo, provocando perdas funcionais em diversas áreas da vida do sujeito. Todas estas perdas afetam bastante a Qualidade de Vida dos doentes. Em condições crónicas a avaliação da Qualidade de Vida ganha grande relevo, uma vez que o tratamento para as mesmas não é curativo, mas sim profilático, sendo de extrema importância investir e promover o bem-estar destes doentes, tanto nos institucionalizados como os inseridos na comunidade. Objetivos: O objetivo geral deste estudo consiste em avaliar a Qualidade de Vida numa amostra de 60 doentes mentais crónicos institucionalizados nas casas de Saúde pertencentes ao instituto das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, em Portugal. Como objetivos específicos pretende-se: a) explorar a influência de variáveis independentes que contribuem para explicar a Qualidade de Vida em doentes mentais crónicos institucionalizados; b) identificar determinantes sociodemográficas, clínicas e sociorrelacionais que influenciem a Qualidade de Vida e cada um dos seus 4 domínios (físico, psicológicos, das relações sociais e do ambiente); c) examinar a existência de diferenças entre médias na Qualidade de Vida em relação a algumas variáveis clínicas; e d) verificar quais os domínios que exercem maior influência na Qualidade de Vida. Resultados: Conclui-se que nesta amostra a Qualidade de Vida é superior à média. Correlacionaram-se positivamente com a variável Qualidade de Vida apenas três variáveis: tempo de institucionalização, perceção de felicidade e perceção do estado de saúde geral. Destas identificaram-se como preditores da Qualidade de Vida a perceção de felicidade e a perceção do estado de saúde geral. Constatou-se que os domínios que mais influem na Qualidade de Vida são o domínio do Ambiente e o Psicológico. Relativamente à possível existência de diferenças entre grupos independentes, apenas se identificaram diferenças relativamente à variável perceção do estado de saúde geral. Conclusões: A importância da avaliação da Qualidade de Vida em doentes mentais crónicos tem sido cada vez mais reconhecida. A identificação de fatores preditores da Qualidade de Vida pode ajudar a determinar a eficácia comparativa de diferentes tratamentos e estratégias de reabilitação, avaliando o impacto dos mesmos na Qualidade de Vida dos sujeitos. Apesar de algumas limitações inerentes a esta investigação, o seu contributo é significativo, sendo que se reforça a ideia de continuar a investir no estudo da Qualidade de Vida.Introduction: Mental illnesses are impactful and common diseases that can affect anyone at any stage of their life cycle and of all places in the world (Quartilho, 2010). In Portugal it is estimated that the prevalence of psychiatric disorders in the population is about 30%, and 12% are severe disorders such as schizophrenia and bipolar disorder (Ministério da Saúde, 2004). Both are diseases that cause great damage, causing functional losses in various areas of the individual’s life. All of these losses greatly affect the Quality of Life of the patients. In chronic conditions the assessment of Quality of Life gets great importance, since the treatment for the same is not curative but preventive, it is extremely important to invest and promote the well-being of these patients, both institutionalized as those inserted in the community. Objectives: The aim of this study is to assess the Quality of Life in a sample of 60 chronically mentally ill that are institutionalized in the health houses belonging to the Institute of the Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, in Portugal. The specific objectives consists to: a) explore the influence of independent variables that contribute to explain the Quality of Life in chronically mentally ill that are institutionalized; b) identify sociodemographic, clinical and sociorelational determinants which influence the Quality of Life and each of his four domains (physical, psychological, social relations and the environmental); c) examine the existence of differences between means in Quality of Life compared to some clinical variables; d) verify which domains exert greater influence on the Quality of Life. Results: We conclude that in this sample, the Quality of Life is above average. Positive correlations with the variable Quality of Life were identified only with three variables: time of institutionalization, happiness perception and general health status perception. Of these, were identified as predictors of Quality of Life the happiness perception and the general health status perception. It was found that the domains which influence more the Quality of Life are the Environment domain and the Psychological domain. Regarding the possible existence of differences between independent groups only identified differences respect to variable general health status perception. Conclusions: The importance of evaluating the Quality of Life in the chronically mentally ill has been increasingly being recognized. The identification of predictors of Quality of Life can help to determine the comparative effectiveness of different treatments and rehabilitation strategies and assess their impact on the Quality of Life of the individuals. Despite some limitations of this research, their contribution is significant, and it reinforces the idea of continuing to invest in the study of the Quality of Life.Carvalho, Paula Susana Loureiro Saraiva deuBibliorumRibeiro, Catarina Marques2018-09-03T15:04:39Z2015-10-22015-11-042015-11-04T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/6022TID:201644843porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:44:15Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/6022Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:50.543509Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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