Eco-Inovação e Capacidade Inovadora Empresarial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Curto, Raquel Freire
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/9848
Resumo: A presente investigação visa a identificação dos benefícios ambientais que determinam a capacidade inovadora das empresas portuguesas, quando é introduzido um novo ou significativamente melhorado produto, processo ou método organizacional ou de marketing nos seus sistemas de produção. Este estudo para além de contribuir para a literatura já existente sobre este tema também analisa dez diferentes tipos de benefícios ambientais obtidos pelas empresas em Portugal. Baseia-se na análise de um quadro teórico sobre a evolução do conceito de inovação e das diferentes abordagens que nele se inserem, bem como o conceito de eco-inovação e as barreiras e motivações à introdução da mesma nas empresas portuguesas. Com a base nos dados do Inquérito Comunitário à Inovação de 2014 (CIS 2014) que têm por base o quadro conceptual previsto no Manual de Oslo e as recomendações metodológicas do EUROSTAT, realizado entre os anos de 2012 e 2014, foi possível identificar e analisar a relação entre os benefícios ambientais obtidos dentro da empresa e pelo consumidor final com a capacidade inovadora empresarial. Dentro da empresa analisaram-se seis benefícios ambientais: 1) redução do material e água; 2) redução do CO2; 3) redução do ar, água e poluição; 4) substituição por materiais menos poluentes; 5) substituição para fontes de energias renováveis; 6) reciclagem de resíduos, água ou materiais. Relativamente aos benefícios ambientais obtidos pelo consumidor final durante o consumo ou utilização de bens e serviços, estudam-se 4 variáveis: 1) redução do CO2; 2) redução do ar, água e poluição; 3) reciclagem fácil após a utilização; 4) extensão de vida útil dos produtos. As hipóteses de investigação formuladas neste trabalho foram testadas com base no modelo de regressão logística, que permitiu estudar a relação existente entre as variáveis apresentadas anteriormente. Nos resultados obtidos, embora mostrem, na sua maioria, um efeito positivo entre a capacidade inovadora das empresas e os benefícios ambientais obtidos dentro da empresa, verifica-se que as variáveis consideradas diferem consoante o tipo de inovação - produto, processo, organizacional e de marketing. Assim, em grande parte dos resultados constata-se que as empresas têm uma maior propensão a inovar no produto, no processo, organizacionalmente e em marketing, quando introduzem bens ou serviços novos ou significativamente melhorados com benefícios ambientais dentro da empresa. Em relação aos benefícios ambientais obtidos durante o consumo ou utilização de bens e serviços por parte do consumidor observa-se um efeito negativo entre as variáveis em estudo. Este estudo para além de contribuir para a literatura já existente, fornece também novas evidências ao nível do desempenho inovador e ambiental das empresas portuguesas.
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Com a base nos dados do Inquérito Comunitário à Inovação de 2014 (CIS 2014) que têm por base o quadro conceptual previsto no Manual de Oslo e as recomendações metodológicas do EUROSTAT, realizado entre os anos de 2012 e 2014, foi possível identificar e analisar a relação entre os benefícios ambientais obtidos dentro da empresa e pelo consumidor final com a capacidade inovadora empresarial. Dentro da empresa analisaram-se seis benefícios ambientais: 1) redução do material e água; 2) redução do CO2; 3) redução do ar, água e poluição; 4) substituição por materiais menos poluentes; 5) substituição para fontes de energias renováveis; 6) reciclagem de resíduos, água ou materiais. Relativamente aos benefícios ambientais obtidos pelo consumidor final durante o consumo ou utilização de bens e serviços, estudam-se 4 variáveis: 1) redução do CO2; 2) redução do ar, água e poluição; 3) reciclagem fácil após a utilização; 4) extensão de vida útil dos produtos. As hipóteses de investigação formuladas neste trabalho foram testadas com base no modelo de regressão logística, que permitiu estudar a relação existente entre as variáveis apresentadas anteriormente. Nos resultados obtidos, embora mostrem, na sua maioria, um efeito positivo entre a capacidade inovadora das empresas e os benefícios ambientais obtidos dentro da empresa, verifica-se que as variáveis consideradas diferem consoante o tipo de inovação - produto, processo, organizacional e de marketing. Assim, em grande parte dos resultados constata-se que as empresas têm uma maior propensão a inovar no produto, no processo, organizacionalmente e em marketing, quando introduzem bens ou serviços novos ou significativamente melhorados com benefícios ambientais dentro da empresa. Em relação aos benefícios ambientais obtidos durante o consumo ou utilização de bens e serviços por parte do consumidor observa-se um efeito negativo entre as variáveis em estudo. Este estudo para além de contribuir para a literatura já existente, fornece também novas evidências ao nível do desempenho inovador e ambiental das empresas portuguesas.The present research aims to identify the environmental benefits that determine the innovative capacity of Portuguese companies when a new or significantly improved product, process or organizational or marketing method is introduced in their production systems. This study, in addition to contributing to the already existing literature on this topic, also analyzes ten different types of environmental benefits obtained by companies in Portugal. It is based on the analysis of a theoretical framework on the evolution of the concept of innovation and the different approaches included there, as well as the concept of eco-innovation and the barriers and motivations to introduce it in Portuguese companies. Based on the data from the Community Innovation Survey of 2014 (CIS 2014) based on the conceptual framework set out in the Oslo Manual and the EUROSTAT methodological recommendations, carried out between 2012 and 2014, it was possible to identify and analyze the relationship the relationship between the environmental benefits obtained within the company and the final consumer with the innovative business capacity. Within the company, six environmental benefits were analyzed: 1) material and water reduction; 2) reduction of CO2; 3) reduction of air, water and pollution; 4) substitution for less polluting materials; 5) substitution for renewable energy sources; 6) recycling of waste, water or materials. Regarding the environmental benefits obtained by the final consumer during consumption or use of goods and services, four variables are studied: 1) CO2 reduction; 2) reduction of air, water and pollution; 3) easy recycling after use; 4) extension of the useful life of the products. The research hypotheses formulated in this work were tested based on the logistic regression model, which allowed to study the relationship between the variables presented previously. In the results obtained, although they mostly show a positive effect between the innovative capacity of the companies and the environmental benefits obtained within the company, it is verified that the variables considered differ according to the type of innovation - product, process, organization and marteking. Thus, in large part the results show that companies are more likely to innovate in product, process, organizational and marketing, when they introduce new or significantly improved goods or services with environmental benefits within the company. In relation to the environmental benefits obtained during consumption or use of goods and services by the consumer, a negative effect is observed between the variables under study. This study, in addition to contributing to the existing literature, it also provides new evidence on the innovative and environmental performance of Portuguese companies.Madeira, Maria José AguilarFuinhas, José Alberto Serra Ferreira RodriguesuBibliorumCurto, Raquel Freire2020-03-09T16:45:29Z2018-11-152018-10-82018-11-15T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/9848TID:202354814porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-11-27T12:32:51Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/9848Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-11-27T12:32:51Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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