Fluxos de CO2 do solo num espaço verde urbano: um estudo de caso durante a estação de primavera no norte de Portugal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.19084/rca.33467 |
Resumo: | Globalmente as cidades representam mais de 70% das emissões de CO2. O potencial dos espaços verdes urbanos (EVU) como uma biotecnologia para reduzir as emissões líquidas é influenciado pelo tipo de vegetação e gestão do solo. Assim, a gestão adequada dos solos urbanos desempenha um papel importante na mitigação das alterações climáticas, uma vez que afeta os processos biológicos responsáveis pela perda ou ganho de carbono no solo. O conhecimento sobre a capacidade de sequestro de carbono (C) dos solos relvados em espaços verdes urbanos ainda é incipiente. O estudo dos fluxos de CO2 do solo é fundamental para implementar formas mais adequadas de mitigação na gestão dos espaços com este tipo de cobertura. Este estudo teve por objetivo estudar os fluxos de CO2 de um relvado de um espaço verde urbano localizado na cidade de Bragança. Os fluxos de CO2 foram medidos em contínuo com um intervalo amostral de 30 minutos (número total de amostras: 5523) com recurso ao sistema LI-8100A da LI-COR Biosciences ®, juntamente com a monitorização de parâmetros edafoclimáticos e vegetativos, durante o ultimo mês de inverno e os três meses da primavera. Os resultados mostraram a importância da vegetação herbácea na redução das emissões de CO2 em comparação com as que resultariam em solo nu. Ainda assim, ao longo do período de observação, a superfície relvada atuou como fonte emissora com uma magnitude média de 1,25 ± 5,31 g C m-2 d-1. O estudo permitiu identificar o fitovolume e a disponibilidade de água no solo como os fatores mais determinantes deste processo complexo que está subjacente aos fluxos verticais que ocorrem através da interface superfície/atmosfera. Neste sentido, as práticas de gestão relacionadas com a frequência e quantidade de água usada na rega, bem como a frequência e a altura de corte da vegetação exerceram uma influência considerável na transferência líquida de CO2 nestas superfícies relvadas. |
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Fluxos de CO2 do solo num espaço verde urbano: um estudo de caso durante a estação de primavera no norte de PortugalFluxos de CO2 do solo num espaço verde urbano: um estudo de caso durante a estação de primavera no norte de PortugalGeralGlobalmente as cidades representam mais de 70% das emissões de CO2. O potencial dos espaços verdes urbanos (EVU) como uma biotecnologia para reduzir as emissões líquidas é influenciado pelo tipo de vegetação e gestão do solo. Assim, a gestão adequada dos solos urbanos desempenha um papel importante na mitigação das alterações climáticas, uma vez que afeta os processos biológicos responsáveis pela perda ou ganho de carbono no solo. O conhecimento sobre a capacidade de sequestro de carbono (C) dos solos relvados em espaços verdes urbanos ainda é incipiente. O estudo dos fluxos de CO2 do solo é fundamental para implementar formas mais adequadas de mitigação na gestão dos espaços com este tipo de cobertura. Este estudo teve por objetivo estudar os fluxos de CO2 de um relvado de um espaço verde urbano localizado na cidade de Bragança. Os fluxos de CO2 foram medidos em contínuo com um intervalo amostral de 30 minutos (número total de amostras: 5523) com recurso ao sistema LI-8100A da LI-COR Biosciences ®, juntamente com a monitorização de parâmetros edafoclimáticos e vegetativos, durante o ultimo mês de inverno e os três meses da primavera. Os resultados mostraram a importância da vegetação herbácea na redução das emissões de CO2 em comparação com as que resultariam em solo nu. Ainda assim, ao longo do período de observação, a superfície relvada atuou como fonte emissora com uma magnitude média de 1,25 ± 5,31 g C m-2 d-1. O estudo permitiu identificar o fitovolume e a disponibilidade de água no solo como os fatores mais determinantes deste processo complexo que está subjacente aos fluxos verticais que ocorrem através da interface superfície/atmosfera. Neste sentido, as práticas de gestão relacionadas com a frequência e quantidade de água usada na rega, bem como a frequência e a altura de corte da vegetação exerceram uma influência considerável na transferência líquida de CO2 nestas superfícies relvadas.Globally cities account for more than 70% of CO2 emissions. The potential of urban green spaces as a biotechnology to reduce the net emissions is influenced by the type of vegetation and soil management. Thus, appropriate management of urban soils plays an important role in mitigating climate change, as it affects the biological processes responsible for carbon loss or gain in the soil. The knowledge about the carbon (C) sequestration capacity of grass soils in urban green spaces is still incipient. The study of soil CO2 fluxes is essential to implement more appropriate forms of mitigation in the management of areas with this type of ground vegetation cover. Therefore, this study aimed at investigating CO2 fluxes in a lawn area located in the city of Bragança. CO2 fluxes were measured continuously at a sampling interval of 30 minutes (total number of samples 5523) using the LI-8100A system from LI-COR Biosciences®, together with monitoring of edaphoclimatic and vegetative parameters, during the last month of winter and the tree months of spring. The results showed the importance of herbaceous vegetation in reducing CO2 emissions compared to those that would result from bare soil. However, throughout the observation period, the lawn surface acted as an emitting source with an average magnitude of 1.25 ± 5.31 g C m-2 d-1. The study allowed the identification of phytovolume and soil water availability as the most determining factors in this complex process that underlies the vertical fluxes that occurring at the surface/atmosphere interface. In this sense, management practices related to the frequency and amount of water used in irrigation, as well as the height and frequency of vegetation cutting were identified as key factors on the net exchange of CO2 on these lawn surfaces.Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal2024-02-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.19084/rca.33467por2183-041X0871-018XSilva, Alan Victor daFeliciano, ManuelPatrício, Maria Sameiroinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-15T13:19:30Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/33467Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:38:20.586436Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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