Fluxos de CO2 do solo num espaço verde urbano: um estudo de caso durante a estação de primavera no norte de Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Alan Victor da
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Feliciano, Manuel, Patrício, Maria Sameiro
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.19084/rca.33467
Resumo: Globalmente as cidades representam mais de 70% das emissões de CO2. O potencial dos espaços verdes urbanos (EVU) como uma biotecnologia para reduzir as emissões líquidas é influenciado pelo tipo de vegetação e gestão do solo. Assim, a gestão adequada dos solos urbanos desempenha um papel importante na mitigação das alterações climáticas, uma vez que afeta os processos biológicos responsáveis pela perda ou ganho de carbono no solo. O conhecimento sobre a capacidade de sequestro de carbono (C) dos solos relvados em espaços verdes urbanos ainda é incipiente. O estudo dos fluxos de CO2 do solo é fundamental para implementar formas mais adequadas de mitigação na gestão dos espaços com este tipo de cobertura. Este estudo teve por objetivo estudar os fluxos de CO2 de um relvado de um espaço verde urbano localizado na cidade de Bragança. Os fluxos de CO2 foram medidos em contínuo com um intervalo amostral de 30 minutos (número total de amostras: 5523) com recurso ao sistema LI-8100A da LI-COR Biosciences ®, juntamente com a monitorização de parâmetros edafoclimáticos e vegetativos, durante o ultimo mês de inverno e os três meses da primavera. Os resultados mostraram a importância da vegetação herbácea na redução das emissões de CO2 em comparação com as que resultariam em solo nu. Ainda assim, ao longo do período de observação, a superfície relvada atuou como fonte emissora com uma magnitude média de 1,25 ± 5,31 g C m-2 d-1. O estudo permitiu identificar o fitovolume e a disponibilidade de água no solo como os fatores mais determinantes deste processo complexo que está subjacente aos fluxos verticais que ocorrem através da interface superfície/atmosfera. Neste sentido, as práticas de gestão relacionadas com a frequência e quantidade de água usada na rega, bem como a frequência e a altura de corte da vegetação exerceram uma influência considerável na transferência líquida de CO2 nestas superfícies relvadas.
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