Os ativos não correntes, o seu justo valor e a sua avaliação pelos auditores

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Marina Isabel Alves Ferreira
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11110/2484
Resumo: O justo valor é um método de mensuração de ativos que tem vindo a ganhar relevância devido às suas características. Este método permite estimar os ativos não correntes para valores mais próximos da realidade de mercado. Obviamente, este facto acarreta, não só vantagens, mas também algumas desvantagens que serão abordadas e clarificadas. Visando esta temática crescente, a presente dissertação tem um duplo objetivo: por um lado analisar o nível de divulgação de informação sobre o justo valor, como base de mensuração nas demonstrações financeiras; por outro lado, analisar o papel da auditoria na avaliação do justo valor dos ativos não correntes. De forma a suportar a investigação realizada, foram realizados dois estudos empíricos distintos, mas que se complementam. Com o intuito de recolher informação relativa à utilização do justo valor nas empresas portuguesas e suas divulgações, o primeiro estudo versa sobre a análise de conteúdo dos relatórios e contas e respetivas certificações legais das contas de 59 empresas relativamente aos anos 2019 e 2020. O segundo estudo permitirá analisar o processo de auditoria ao justo valor dos ativos não correntes, bem como os fatores de opinião do auditor relativamente à utilização desta base de mensuração, através da aplicação de um questionário online realizado às Sociedades de Revisores Oficial de Contas. Obtivemos 43 respostas, que foram tratadas, analisadas e extraída informação estatística com recurso ao software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). A combinação dos dados resultantes dos dois estudos permitiu obter uma informação mais ampla e uma melhor fundamentação e comparação dos resultados, proporcionando conclusões mais robustas. Os resultados permitiram concluir que o justo valor ainda não é muito utilizado pelas empresas e as que o utilizam, na maioria dos casos, não fazem as divulgações previstas nas normas. Pela análise do questionário, verificamos, também, que os setores que mais utilizam o justo valor são as “Instituições Financeiras e Seguros” e a “Energia, Recursos e Indústria”. O órgão de gestão e o contabilista certificado são os intervenientes com maior influência na decisão da seleção da base de mensuração dos ativos não correntes e a técnica de avaliação mais utilizada é a abordagem de mercado. Por fim, percebemos que os tipos de ativos a serem avaliados e a quantidade de recursos a serem utilizados na auditoria são os fatores que têm mais influenciam os honorários dos auditores. Em ambos os estudos, conseguiu-se perceber que as empresas recorrem ao justo valor para a mensuração subsequente, essencialmente, nos investimentos financeiros e nas propriedades de investimentos, ao contrário dos ativos intangíveis, onde é menos frequente o justo valor. Esta dissertação contribui para a investigação internacional relacionada com a auditoria do justo valor, fornecendo evidência empírica em Portugal, onde os estudos são existentes.
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