Probióticos em mulheres com candidíase vulvovaginal: qual a evidência?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campinho,Lucélia Cristina Pedras
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Santos,Susana Margarida Vilar, Azevedo,Alexandra Cardoso
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732019000600005
Resumo: A candidíase vulvovaginal constitui uma das formas mais comuns de infeção genital feminina, afetando 75% das mulheres pelo menos uma vez na vida. Está associada a um desequilíbrio da microflora vaginal por consequente alteração quantitativa e/ou qualitativa dos Lactobacillus e sobrecrescimento de outros comensais da mucosa vaginal, nomeadamente a Candida albicans. Os probióticos, que contêm Lactobacillus, são frequentemente usados no tratamento e prevenção da candidíase vulvovaginal. O objetivo desta revisão é determinar, à luz da evidência atual, se os probióticos contribuem para prevenção e tratamento de mulheres com candidíase vulvovaginal. Foi feita uma pesquisa de normas de orientação clínica, meta-análises, revisões sistemáticas e ensaios clínicos aleatorizados, publicados entre março de 2007 e março de 2017, nas línguas portuguesa e inglesa. Na pesquisa foram utilizados os termos MeSH candidiasis vulvovaginal e probiotics. Para a avaliação dos níveis de evidência e atribuição das forças de recomendação utilizou-se a escala Strength of Recommendation Taxonomy. Da pesquisa efetuada resultaram 22 artigos, dos quais dois foram incluídos. Os restantes foram excluídos por não cumprirem os critérios de inclusão, por repetição ou não estarem acessíveis. Os artigos incluídos são duas normas de orientação clínica que concluíram que não está recomendado o uso de probióticos no tratamento e/ou prevenção da candidíase vulvovaginal, ambas com força de recomendação A. Considera-se que são necessários mais estudos nesta área, de elevada qualidade, que suportem a evidência encontrada na formulação das recomendações.
id RCAP_0fff4339896403cc985a2066adbbb046
oai_identifier_str oai:scielo:S2182-51732019000600005
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Probióticos em mulheres com candidíase vulvovaginal: qual a evidência?Candidíase vulvovaginalProbióticosA candidíase vulvovaginal constitui uma das formas mais comuns de infeção genital feminina, afetando 75% das mulheres pelo menos uma vez na vida. Está associada a um desequilíbrio da microflora vaginal por consequente alteração quantitativa e/ou qualitativa dos Lactobacillus e sobrecrescimento de outros comensais da mucosa vaginal, nomeadamente a Candida albicans. Os probióticos, que contêm Lactobacillus, são frequentemente usados no tratamento e prevenção da candidíase vulvovaginal. O objetivo desta revisão é determinar, à luz da evidência atual, se os probióticos contribuem para prevenção e tratamento de mulheres com candidíase vulvovaginal. Foi feita uma pesquisa de normas de orientação clínica, meta-análises, revisões sistemáticas e ensaios clínicos aleatorizados, publicados entre março de 2007 e março de 2017, nas línguas portuguesa e inglesa. Na pesquisa foram utilizados os termos MeSH candidiasis vulvovaginal e probiotics. Para a avaliação dos níveis de evidência e atribuição das forças de recomendação utilizou-se a escala Strength of Recommendation Taxonomy. Da pesquisa efetuada resultaram 22 artigos, dos quais dois foram incluídos. Os restantes foram excluídos por não cumprirem os critérios de inclusão, por repetição ou não estarem acessíveis. Os artigos incluídos são duas normas de orientação clínica que concluíram que não está recomendado o uso de probióticos no tratamento e/ou prevenção da candidíase vulvovaginal, ambas com força de recomendação A. Considera-se que são necessários mais estudos nesta área, de elevada qualidade, que suportem a evidência encontrada na formulação das recomendações.Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar2019-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732019000600005Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar v.35 n.6 2019reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732019000600005Campinho,Lucélia Cristina PedrasSantos,Susana Margarida VilarAzevedo,Alexandra Cardosoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:27:56Zoai:scielo:S2182-51732019000600005Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:32:26.876194Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Probióticos em mulheres com candidíase vulvovaginal: qual a evidência?
title Probióticos em mulheres com candidíase vulvovaginal: qual a evidência?
spellingShingle Probióticos em mulheres com candidíase vulvovaginal: qual a evidência?
Campinho,Lucélia Cristina Pedras
Candidíase vulvovaginal
Probióticos
title_short Probióticos em mulheres com candidíase vulvovaginal: qual a evidência?
title_full Probióticos em mulheres com candidíase vulvovaginal: qual a evidência?
title_fullStr Probióticos em mulheres com candidíase vulvovaginal: qual a evidência?
title_full_unstemmed Probióticos em mulheres com candidíase vulvovaginal: qual a evidência?
title_sort Probióticos em mulheres com candidíase vulvovaginal: qual a evidência?
author Campinho,Lucélia Cristina Pedras
author_facet Campinho,Lucélia Cristina Pedras
Santos,Susana Margarida Vilar
Azevedo,Alexandra Cardoso
author_role author
author2 Santos,Susana Margarida Vilar
Azevedo,Alexandra Cardoso
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Campinho,Lucélia Cristina Pedras
Santos,Susana Margarida Vilar
Azevedo,Alexandra Cardoso
dc.subject.por.fl_str_mv Candidíase vulvovaginal
Probióticos
topic Candidíase vulvovaginal
Probióticos
description A candidíase vulvovaginal constitui uma das formas mais comuns de infeção genital feminina, afetando 75% das mulheres pelo menos uma vez na vida. Está associada a um desequilíbrio da microflora vaginal por consequente alteração quantitativa e/ou qualitativa dos Lactobacillus e sobrecrescimento de outros comensais da mucosa vaginal, nomeadamente a Candida albicans. Os probióticos, que contêm Lactobacillus, são frequentemente usados no tratamento e prevenção da candidíase vulvovaginal. O objetivo desta revisão é determinar, à luz da evidência atual, se os probióticos contribuem para prevenção e tratamento de mulheres com candidíase vulvovaginal. Foi feita uma pesquisa de normas de orientação clínica, meta-análises, revisões sistemáticas e ensaios clínicos aleatorizados, publicados entre março de 2007 e março de 2017, nas línguas portuguesa e inglesa. Na pesquisa foram utilizados os termos MeSH candidiasis vulvovaginal e probiotics. Para a avaliação dos níveis de evidência e atribuição das forças de recomendação utilizou-se a escala Strength of Recommendation Taxonomy. Da pesquisa efetuada resultaram 22 artigos, dos quais dois foram incluídos. Os restantes foram excluídos por não cumprirem os critérios de inclusão, por repetição ou não estarem acessíveis. Os artigos incluídos são duas normas de orientação clínica que concluíram que não está recomendado o uso de probióticos no tratamento e/ou prevenção da candidíase vulvovaginal, ambas com força de recomendação A. Considera-se que são necessários mais estudos nesta área, de elevada qualidade, que suportem a evidência encontrada na formulação das recomendações.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-12-01
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732019000600005
url http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732019000600005
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732019000600005
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
publisher.none.fl_str_mv Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
dc.source.none.fl_str_mv Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar v.35 n.6 2019
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799137385118695424