Da hipótese da higiene à hipótese do microbioma

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Nuno Ricardo Silva
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/8720
Resumo: A hipótese da Higiene originalmente proposta por Strachan em 1989 é caraterizada pela associação do tamanho das famílias e o seu status social com a prevalência de doenças tais como a febre dos fenos e eczemas em crianças. Segundo a sua hipótese, o motivo pelo qual, atualmente, existem mais alergias e/ou doenças autoimunes deve-se a uma menor exposição aos patogénios enquanto criança. Mais tarde esta hipótese foi modificada por Rook, que afirmava que eram os microorganismos presentes na microflora comensal, se alterados, enquanto crianças, que podiam modular, intensificar ou inibir os mecanismos de resposta do sistema imunológico, podendo assim causar doenças autoimunes e/ou alergias. Para se perceber a hipótese da higiene, é necessária uma breve introdução ao sistema imunológico, desde o recém-nascido até à idade adulta, a sua maturação e diferenciação assim como este consegue proceder à sua regulação através, essencialmente, das células T reguladoras e Th17. Para chegar da hipótese da higiene à da microflora é necessário o estudo da microflora comensal, também desde o nascimento até à idade adulta e perceber os mecanismos de defesa do sistema imunológico contra os diversos tipos de patogénios, incluindo bactérias, parasitas e vírus e como estes podem influenciar a resposta imunitária à posteriori. Em ambas as hipóteses a intervenção de outros fatores, nomeadamente ambientais e genéticos, é importante e o estudo da associação de todos eles abrem portas para novas terapias imunológicas para alergias e/ou doenças auto-imunes.
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Sistema imune
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