Abordagem do Paciente com Transtorno de Espectro Autista (T.E.A)pelo Odontopediatria

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodriguez Gonzalez, Tecla Maria
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11816/3330
Resumo: Introdução: A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença (OMS,1947). Nesse estado de equilíbrio, a saúde oral é imersa, abrangendo um amplo espectro, pois não se refere apenas à cárie, mas também a condições como doença periodontal, más oclusões, alteração de partes moles, entre outras. As Nações Unidas e a Organização Mundial da Saúde afirmam que 10% da população mundial é portadora de deficiências de diferentes tipos e níveis de gravidade, e é por isso que medicamente eles são chamados de pacientes com deficiência. Dentro deles, os pacientes com Trastorno Do Espectro Autista representam 3 a 4% e são chamados de pacientes especiais. No campo da odontologia, a realidade é que poucos profissionais estão familiarizados com esse tipo de pacientes e as suas necessidades. Objetivos: Aprender mais sobre a realidade do T.E.A em termos de saúde oral e elaborar um guia para tentar conseguir um bom sucesso no consultório dentário. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica com as palavras chave em varias bases de dados e da realização do livro. Fundamentação teórica: O autismo é uma condição de origem neurológica crónica com forte base genética e de início precoce que pode ou não estar associada a outras condições, sendo uma incapacidade de desenvolvimento que afeta a comunicação (verbal e não verbal) e a interação social. Ainda não foi identificada uma causa exata para o autismo. Na maioria dos casos, é devido a uma alteração pré-natal que leva a uma afetação do sistema nervoso central. Estas crianças não são caracterizadas por alterações específicas no nível oral, elas têm uma capacidade limitada para compreender e assumir responsabilidades em relação à saúde oral, o que dificulta a cooperação com práticas preventivas. A má higiene oral está relacionada à falta de motricidade manual e lingual para realizar uma remoção da placa bacteriana, e também está relacionada à resistência que essas crianças apresentam ao cuidado de um familiar ou cuidador. Discussão: Em odontopediatria, o atendimento humanizado, desde a adequação do espaço ao agir dos profissionais; é ainda mais necessário com estas crianças e pode, até mesmo, ser um facilitador no atendimento. O paciente com TEA representa um desafio no campo da medicina dentária. Apesar da sua deficiência psicomotora, estas crianças não se limitam a utilizar os serviços médico dentários, mas a falta de conhecimento e treino dos médicos dentistas para o atendimento desse grupo de pacientes parece ser o problema. A literatura relata que muitas das técnicas de abordagem comportamental que são eficazes na odontopediatria podem não funcionar em crianças autistas. Algumas das estratégias que são utilizadas para a aprendizagem e modificação do comportamento em pacientes autistas podem ser aplicadas na adaptação à consulta dentária, mas a técnica mais inovadora que é atualmente usada com pacientes autistas é o ensino estruturado. Pessoas com TEA são excelentes pensadores visuais, ou seja, compreendem, assimilam e retêm melhor as informações que lhes são apresentadas de forma visual; diante das informações verbais, as imagens permanecem no tempo e implicam um menor nível de abstração. Foi precisamente com este objetivo que a organização Autism Speaks TM publicou um guia direcionado ao médico dentista e aos familiares. Neste guia, destacam-se algumas recomendações que têm como objetivo comum ajudar a moldar o comportamento da criança na consulta. Conclusão: Há uma falta de informação sobre a área de atenção a pacientes especiais e é evidente que há uma deficiência no manejo e aplicação de algumas das estratégias para a abordagem comportamental, como ferramentas para o condicionamento dos pacientes na consulta odontopediatrica e que os percentuais de pacientes em uso de sedação e anestesia geral aumentam. A participação dos pais/educadores é importante porque eles são responsáveis para familiarizar a criança com o ambiente clínico e na hora do atendimento. O desenvolvimento de livros ilustrados personalizados para crianças com TEA é utilizado para ajudar as famílias a familiarizarem-se com o ambiente dentário antes do dia da primeira consulta.
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Objetivos: Aprender mais sobre a realidade do T.E.A em termos de saúde oral e elaborar um guia para tentar conseguir um bom sucesso no consultório dentário. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica com as palavras chave em varias bases de dados e da realização do livro. Fundamentação teórica: O autismo é uma condição de origem neurológica crónica com forte base genética e de início precoce que pode ou não estar associada a outras condições, sendo uma incapacidade de desenvolvimento que afeta a comunicação (verbal e não verbal) e a interação social. Ainda não foi identificada uma causa exata para o autismo. Na maioria dos casos, é devido a uma alteração pré-natal que leva a uma afetação do sistema nervoso central. Estas crianças não são caracterizadas por alterações específicas no nível oral, elas têm uma capacidade limitada para compreender e assumir responsabilidades em relação à saúde oral, o que dificulta a cooperação com práticas preventivas. A má higiene oral está relacionada à falta de motricidade manual e lingual para realizar uma remoção da placa bacteriana, e também está relacionada à resistência que essas crianças apresentam ao cuidado de um familiar ou cuidador. Discussão: Em odontopediatria, o atendimento humanizado, desde a adequação do espaço ao agir dos profissionais; é ainda mais necessário com estas crianças e pode, até mesmo, ser um facilitador no atendimento. O paciente com TEA representa um desafio no campo da medicina dentária. Apesar da sua deficiência psicomotora, estas crianças não se limitam a utilizar os serviços médico dentários, mas a falta de conhecimento e treino dos médicos dentistas para o atendimento desse grupo de pacientes parece ser o problema. A literatura relata que muitas das técnicas de abordagem comportamental que são eficazes na odontopediatria podem não funcionar em crianças autistas. 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