Eu não pertenço aqui!: a perceção da frequência de discriminação no local de trabalho e as suas consequências para os jovens portugueses

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nunes, Sílvia Andreia Fontinha
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/10010
Resumo: Investigações na área do idadismo revelam que os jovens são um dos grupos da sociedade mais estereotipados e sujeitos a atitudes negativas. Neste contexto, a psicologia social e a teoria da identidade social têm dado um grande contributo para a compreensão do que está na base das atitudes discriminatórias entre grupos. As respostas dos indivíduos que constituem grupos discriminados dependem não só da perceção de frequência em que ocorre, mas também da perceção da sua legitimidade. O presente estudo teve como objetivo estudar os efeitos da frequência da discriminação e perceção da sua legitimidade na identificação com o grupo e noutras variáveis organizacionais e de saúde nos jovens, através da utilização de duas manipulações (frequente vs rara; legítima vs ilegítima). Participaram neste estudo 85 jovens, com idades entre os 19 e os 35 anos. Os resultados obtidos através da interação das manipulações não nos permitiram corroborar a hipótese de que a perceção de legitimidade da discriminação modera a relação entre a frequência da discriminação e as diversas variáveis dependentes do estudo (i.e., a identificação com o grupo, o comprometimento organizacional, a satisfação com o trabalho, a falta de realização pessoal, as intenções de saída da empresa e de emigrar e o bem-estar dos jovens). Ainda assim, foram observados resultados importantes que nos ajudam a compreender melhor quais as consequências da perceção da frequência da discriminação sentida pelos jovens no local de trabalho. Um dos resultados com mais relevo traduz-se na maior intenção de emigrar dos jovens quando percecionam a discriminação como sendo frequente. A discussão deste trabalho foca-se no significado e implicações destes resultados para os jovens e para a sociedade.
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