Parentalidade adolescente e jovem
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/11087 |
Resumo: | A presente investigação estuda os percursos biográficos dos jovens, tendo em conta, fundamentalmente, as suas origens e trajetórias familiares, escolares e profissionais. Em termos metodológicos optámos por uma pesquisa qualitativa, com recurso a entrevistas biográficas, mais adequada para captar percursos de vida, motivações, razões, significados, sentimentos e experiências subjetivas. Apesar das estatísticas indicarem uma redução acentuada da fecundidade adolescente e jovem (até aos 25 anos), sobretudo a partir dos anos 2000, a que não é alheio o facto das raparigas terem projetos de vida que, à semelhança das mulheres mais velhas, as levam a adiar a maternidade, a temática da parentalidade jovem continua atual. Dos nossos resultados emerge o ideal de família ligado ao modelo biparental. Existem alguns casos de contradições entre o discurso e as práticas sobre a divisão das tarefas domésticas e parentais, onde as desigualdades de género persistem. Ainda assim, é nos cuidados e na educação dos filhos que os companheiros mais se envolvem. As principais alterações que a parentalidade trouxe foram o aumento da responsabilidade e da maturidade, menos tempo para a individualidade e conjugalidade, a redução das sociabilidades juvenis e a influência nos projetos de vida. O suporte familiar é referido como essencial por todos os participantes, na ausência ou escassez de apoios institucionais. É sobretudo nas entrevistadas que foram mães na adolescência que a gravidez proporcionou um ganho estatutário. São diferentes as formas de experimentar a parentalidade, em que a classe social, o género, as transições residencial e ocupacional, a conjugalidade (ou a sua ausência) e a (in)dependência financeira dos adolescentes e jovens, quase sempre através de inserções profissionais precárias, são alguns fatores que condicionam a transição para a vida adulta. |
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Parentalidade adolescente e jovemEntre o cuidar e ser cuidadoDesigualdades de GéneroParentalidade Adolescente e JovemPercursos Biográficos.Transição Para A Vida AdultaDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Sociologia::Exclusões e Políticas SociaisA presente investigação estuda os percursos biográficos dos jovens, tendo em conta, fundamentalmente, as suas origens e trajetórias familiares, escolares e profissionais. Em termos metodológicos optámos por uma pesquisa qualitativa, com recurso a entrevistas biográficas, mais adequada para captar percursos de vida, motivações, razões, significados, sentimentos e experiências subjetivas. Apesar das estatísticas indicarem uma redução acentuada da fecundidade adolescente e jovem (até aos 25 anos), sobretudo a partir dos anos 2000, a que não é alheio o facto das raparigas terem projetos de vida que, à semelhança das mulheres mais velhas, as levam a adiar a maternidade, a temática da parentalidade jovem continua atual. Dos nossos resultados emerge o ideal de família ligado ao modelo biparental. Existem alguns casos de contradições entre o discurso e as práticas sobre a divisão das tarefas domésticas e parentais, onde as desigualdades de género persistem. Ainda assim, é nos cuidados e na educação dos filhos que os companheiros mais se envolvem. As principais alterações que a parentalidade trouxe foram o aumento da responsabilidade e da maturidade, menos tempo para a individualidade e conjugalidade, a redução das sociabilidades juvenis e a influência nos projetos de vida. O suporte familiar é referido como essencial por todos os participantes, na ausência ou escassez de apoios institucionais. É sobretudo nas entrevistadas que foram mães na adolescência que a gravidez proporcionou um ganho estatutário. São diferentes as formas de experimentar a parentalidade, em que a classe social, o género, as transições residencial e ocupacional, a conjugalidade (ou a sua ausência) e a (in)dependência financeira dos adolescentes e jovens, quase sempre através de inserções profissionais precárias, são alguns fatores que condicionam a transição para a vida adulta.The present investigation studies the biographical paths of young people, taking into account, fundamentally, their origins and family, school and professional trajectories. In methodological terms, we opted for a qualitative research, using biographical interviews, better suited to capture life paths, motivations, reasons, meanings, feelings and subjective experiences. Although statistics indicate a marked reduction in adolescent and young fertility (up to 25 years old), especially from the 2000s onwards, the fact that girls have life projects that, like older women, lead them to postpone motherhood, the theme of young parenting remains current. From our results, the family ideal emerges indelibly linked to the biparental heteronormative model. There are some cases of contradictions between discourse and practices on the division of domestic and parenting tasks, where gender inequalities persist. Still, it is in the care and education of children that partners are most involved. The main changes that parenting brought were the increase in responsibility and maturity, less time for individuality and conjugality, the reduction of youth sociability and the influence on life projects. Family support is referred to as essential in all participants, in the absence or scarcity of institutional support. It is mainly in the interviewees who were mothers in adolescence that pregnancy provided a statutory gain. There are different ways of experiencing parenting, in which social class, gender, residential and occupational transitions, conjugality (or its absence) and the financial independence of adolescents and young people, almost always through precarious professional insertions, are some factors that condition the transition to adulthood.Santos, Filomena Matias dosuBibliorumVarandas, Filipa Guilherme2021-01-28T15:44:39Z2020-07-162020-06-302020-07-16T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/11087TID:202578330porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:53:16Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/11087Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:50:56.741584Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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