Gays e Lésbicas: Percursos, Interações Conjugais e Projetos de Parentalidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/9387 |
Resumo: | A presente investigação estuda os percursos biográficos e dinâmicas conjugais de casais homoafetivos jovens, bem como os seus ideias de família e projetos de parentalidade. Para o efeito socorremo-nos da metodologia de base qualitativa e usamos como técnica de recolha de dados a entrevista compreensiva proposta por Kaufmann (1996). Foram entrevistados 3 jovens do sexo feminino e um jovem do sexo masculino, todos em relação de conjugalidade homoafetiva, sem filhos, mas com um projeto de parentalidade. Tendo em conta que a não heterossexualidade é transversal a todas as culturas (Marshall, 1998; Almeida, 2010) e que a vida familiar se caracteriza pela sua diversidade quanto à forma e ao conteúdo, importa referir que as relações homoafectivas como forma de organização familiar e a homoparentalidade são fenómenos de visibilidade recente e, essencialmente, ocidentais (Marshall, 1998). Para além disso, o ideal de família continua indelevelmente ligado ao modelo heteronormativo biparental. Os questionamentos orientadores da presente investigação prendem-se com as variáveis que estruturam a(s) (des)igualdade (s) e as dinâmicas de negociação de papéis conjugais. Será que os casais de gays e lésbicas são mais igualitários? Estão capacitados para desafiar a ordem de género? Apresentam práticas e representações ideias mais igualitárias e menos rígidas no que concerne às fronteiras convencionais entre masculinidade e feminilidade? A família homoafetiva faz tentativas de aproximação/afastamento em relação ao ideal familiar heterossexista biparental? Como e porquê? Estas são as questões que são debatidas ao longo do trabalho, quer do ponto de vista teórico quer metodológico, bem como ao nível da discussão dos resultados. |
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Gays e Lésbicas: Percursos, Interações Conjugais e Projetos de ParentalidadeCasais de Gays e LésbicasConjugalidadeDinâmicas ConjugaisGéneroIgualdadeParentalidadePercurso BiográficoProjeto ParentalRepresentações e PráticasDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Sociologia::Exclusões e Políticas SociaisA presente investigação estuda os percursos biográficos e dinâmicas conjugais de casais homoafetivos jovens, bem como os seus ideias de família e projetos de parentalidade. Para o efeito socorremo-nos da metodologia de base qualitativa e usamos como técnica de recolha de dados a entrevista compreensiva proposta por Kaufmann (1996). Foram entrevistados 3 jovens do sexo feminino e um jovem do sexo masculino, todos em relação de conjugalidade homoafetiva, sem filhos, mas com um projeto de parentalidade. Tendo em conta que a não heterossexualidade é transversal a todas as culturas (Marshall, 1998; Almeida, 2010) e que a vida familiar se caracteriza pela sua diversidade quanto à forma e ao conteúdo, importa referir que as relações homoafectivas como forma de organização familiar e a homoparentalidade são fenómenos de visibilidade recente e, essencialmente, ocidentais (Marshall, 1998). Para além disso, o ideal de família continua indelevelmente ligado ao modelo heteronormativo biparental. Os questionamentos orientadores da presente investigação prendem-se com as variáveis que estruturam a(s) (des)igualdade (s) e as dinâmicas de negociação de papéis conjugais. Será que os casais de gays e lésbicas são mais igualitários? Estão capacitados para desafiar a ordem de género? Apresentam práticas e representações ideias mais igualitárias e menos rígidas no que concerne às fronteiras convencionais entre masculinidade e feminilidade? A família homoafetiva faz tentativas de aproximação/afastamento em relação ao ideal familiar heterossexista biparental? Como e porquê? Estas são as questões que são debatidas ao longo do trabalho, quer do ponto de vista teórico quer metodológico, bem como ao nível da discussão dos resultados.This is a research which provides an overview of the biographical and conjugal pathways of young homoaffective couples, as well as their “ideal type” of family and parenting. To fulfill that purpose, we used qualitative-based methodology and, as a data collection technique the comprehensive interview proposed by Kaufmann (1996). We interviewed three young women and one young male, all of them in an ongoing non heterosexual relation; without children, but with a project of parenthood. Given that non-heterosexuality is transversal to all cultures (Marshall, 1998; Almeida, 2010) and that family life is characterized by its diversity in form and content, it should be noted that homoaffective relationships as a form of family organization and homoparentality are phenomena of recent and, essentially, Western visibility (Marshall, 1998). In addition, the family ideal remains indelibly linked to the biparietal heteronormative model. The guiding questions of the present investigation are related to the variables that structure the inequality and the conjugal dynamics. Are gay and lesbian couples more egalitarian? Are they capable of challenging the gender order? Do they present ideal representations that are more egalitarian and fuzzy about the inequalities between men and women? Does the homoaffective family attempt to approach / distance itself from the biparietal heterosexist family ideal? How and why? These are the issues that are debated throughout the work, both theoretically and methodologically.Santos, Filomena Matias dosuBibliorumDias, Ana Rita Matos2020-02-19T16:51:52Z2018-03-142018-02-142018-03-14T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/9387TID:202357821porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:50:43Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/9387Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:49:40.957149Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A presente investigação estuda os percursos biográficos e dinâmicas conjugais de casais homoafetivos jovens, bem como os seus ideias de família e projetos de parentalidade. Para o efeito socorremo-nos da metodologia de base qualitativa e usamos como técnica de recolha de dados a entrevista compreensiva proposta por Kaufmann (1996). Foram entrevistados 3 jovens do sexo feminino e um jovem do sexo masculino, todos em relação de conjugalidade homoafetiva, sem filhos, mas com um projeto de parentalidade. Tendo em conta que a não heterossexualidade é transversal a todas as culturas (Marshall, 1998; Almeida, 2010) e que a vida familiar se caracteriza pela sua diversidade quanto à forma e ao conteúdo, importa referir que as relações homoafectivas como forma de organização familiar e a homoparentalidade são fenómenos de visibilidade recente e, essencialmente, ocidentais (Marshall, 1998). Para além disso, o ideal de família continua indelevelmente ligado ao modelo heteronormativo biparental. Os questionamentos orientadores da presente investigação prendem-se com as variáveis que estruturam a(s) (des)igualdade (s) e as dinâmicas de negociação de papéis conjugais. Será que os casais de gays e lésbicas são mais igualitários? Estão capacitados para desafiar a ordem de género? Apresentam práticas e representações ideias mais igualitárias e menos rígidas no que concerne às fronteiras convencionais entre masculinidade e feminilidade? A família homoafetiva faz tentativas de aproximação/afastamento em relação ao ideal familiar heterossexista biparental? Como e porquê? Estas são as questões que são debatidas ao longo do trabalho, quer do ponto de vista teórico quer metodológico, bem como ao nível da discussão dos resultados. |
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