Da indeterminação do mundo: Os santos, o mar, a luz. Um ensaio de antropologia marítima

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nunes, F. O.
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/23059
Resumo: Nesta comunicação, sugiro que confrontemos os argumentários da precedência simbólica com os da precedência da razão utilitária nas relações das sociedades com o mar. Para tanto, o texto explora múltiplas camadas cronológicas e núcleos temáticos de diversos sectores disciplinares, tomando como ponto de partida o domínio da navegação fúnebre nos relatos da chegada, por via marítima, das relíquias dos santos fundadores (como S. Tiago e S. Vicente). Estes eventos multiplicaram-se em réplicas e variantes que se sucedem ao longo de séculos e com ressonância na religiosidade popular dos dias de hoje, frequentemente acompanhados por interesses políticos associados à sacralização do oceano, com os seus recursos, ‘bons para comer, bons para pensar’. Tomando a indeterminação, o aleatório, como dado epistemológico fundamental – não só dos modos de vida e das crenças associadas às interfaces ribeirinhas e oceânicas, como da própria condição humana – enfatizar-se-ão aspetos escópicos e processos cognitivos, identificando-se alguns elementos centrais que se reportam à experiência vivida da luz e da atmosfera, das continuidades entre os elementos aquático e celeste. Esta proposta explora perspetivas teóricas recentes e inovadoras, na Antropologia e para além dela, procurando, segundo os princípios da teoria autopoiética, uma equação alternativa aos determinismos dos argumentários apresentados.
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