Princípios éticos gerais do agir em enfermagem : "Condicionamentos às intervenções de enfermagem promotoras de dignidade das pessoas em fim de vida, internadas em UCI"

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, Paulo Alexandre Oliveira
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10216/9867
Resumo: A dignidade é um conceito fulcral na sociedade moderna e altamente tecnológica em que vivemos, cuja importância vai aumentando à medida do crescimento das preocupações pelas pessoas e pelos seus direitos, em contraponto com uma certa desumanização e com uma alteração nos valores que a evolução tem acarretado. As situações limites, como aquelas que se vivem nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), entre a vida e a morte, onde o sofrimento é uma constante e em que a utilização dos últimos avanços científicos tem uma forte presença, deixam muitas vezes os enfermeiros perante dilemas, de que é exemplo o iniciar ou não determinadas intervenções que poderão constituir uma agressão à dignidade daquela pessoa, cuja solução não se apresenta fácil. Na tentativa de compreender o modo como os enfermeiros são condicionados nas suas intervenções, e como estas promovem a dignidade das pessoas que cuidam em fase terminal de vida, nas UCI, realizámos o presente estudo, do tipo exploratório e descritivo, numa abordagem fenomenológica hermenêutica. Para a colheita de informação, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas a dez enfermeiros experientes de seis UCI da área do Grande Porto. Os discursos produzidos foram posteriormente analisados, tendo emergido do seu conteúdo duas categorias de factores que influenciam as intervenções dos enfermeiros. Numa das categorias, os factores apresentam-se como perturbadores das acções de promoção da dignidade e na outra como promotores das acções de promoção da dignidade. No primeiro grupo evidenciou-se a incerteza do prognóstico, a variabilidade da concepção de dignidade, o foco das intervenções descentrado das pessoas, a tentação de futilidade face à dificuldade em lidar com o insucesso e a morte, a deficiente valorização do sofrimento e da dor, a supremacia do paternalismo e a falta de informação dos doentes, as dúvidas sobre a vontade do doente e a sua capacidade de decisão e a insistência familiar na manutenção da vida. No segundo ...
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