AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR (SCORE-2) DOS TRABALHADORES DE UM CENTRO HOSPITALAR ENTRE 2011 E 2021
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Data de Publicação: | 2023 |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532023000200201 |
Resumo: | RESUMO Introdução As doenças do foro cardiovascular são a principal causa de morte em Portugal e os Scores de Risco Cardiovascular são muito úteis na prevenção primária destas patologias. A prevenção do desenvolvimento e/ou progressão de patologias com elevada morbilidade e mortalidade para os trabalhadores pode estar incluída nas atividades desenvolvidas pela Saúde Ocupacional, no sentido de preservar a saúde e bem-estar dos trabalhadores. Objetivos O objetivo deste estudo é avaliar o Risco Cardiovascular dos trabalhadores de um Centro Hospitalar no intervalo de tempo entre 2011 e 2021. Metodologia O Risco Cardiovascular foi avaliado através do SCORE-2. Foram selecionados os trabalhadores que mantiveram funções laborais no Centro Hospitalar durante todo o período em análise. Os critérios de exclusão do SCORE-2 incluem patologia cardiovascular prévia, Diabetes mellitus, idade inferior a 40 anos ou superior a 69 anos. O SCORE-2 usa informações de pressão arterial, perfil lipídico, sexo, idade e hábitos alcoólicos. Resultados Selecionaram-se 345 trabalhadores. O valor mediano do risco cardiovascular dos trabalhadores em 2021 (Mediana=2,215%; IQR - InterQuartile Range/Amplitude Interquartil=3,0%) foi significativamente superior ao de 2011 (M=1,273%; IQR=1,8%). O risco cardiovascular em 2021 dos trabalhadores do Departamento de Gestão (M=3.173%; IQR=4.6%) foi superior ao dos trabalhadores do Departamento Médico (M=1.958%; IQR=1.9%). Não se encontraram diferenças significativas do risco cardiovascular dos trabalhadores segundo o seu grupo profissional, em 2011 [X2(7)=7,580; p>0,05] e em 2021 [X2(7)=7,427; p>0,05]. Não se encontraram diferenças significativas do risco cardiovascular dos trabalhadores segundo as suas habilitações literárias, em 2011 [X2(5)=3,412; p>0,05] e em 2021 [X2(5)=2,895; p>0,05]. Conclusões O conhecimento das características da população trabalhadora permite o desenvolvimento de planos personalizados, tendo em conta estilos de vida saudáveis, a fim de diminuir o Risco Cardiovascular destes trabalhadores. Com estes planos orientados para a diminuição do Risco Cardiovascular global da população de trabalhadores e das suas consequências na sua saúde, prevê-se uma redução do absentismo por doença, uma melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores, um incremento na sua produtividade e consequente melhoria dos serviços prestados pela entidade empregadora. |
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AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR (SCORE-2) DOS TRABALHADORES DE UM CENTRO HOSPITALAR ENTRE 2011 E 2021Risco CardiovascularMedicina do TrabalhoSaúde OcupacionalSegurança no TrabalhoProdutividadeDesempenho.RESUMO Introdução As doenças do foro cardiovascular são a principal causa de morte em Portugal e os Scores de Risco Cardiovascular são muito úteis na prevenção primária destas patologias. A prevenção do desenvolvimento e/ou progressão de patologias com elevada morbilidade e mortalidade para os trabalhadores pode estar incluída nas atividades desenvolvidas pela Saúde Ocupacional, no sentido de preservar a saúde e bem-estar dos trabalhadores. Objetivos O objetivo deste estudo é avaliar o Risco Cardiovascular dos trabalhadores de um Centro Hospitalar no intervalo de tempo entre 2011 e 2021. Metodologia O Risco Cardiovascular foi avaliado através do SCORE-2. Foram selecionados os trabalhadores que mantiveram funções laborais no Centro Hospitalar durante todo o período em análise. Os critérios de exclusão do SCORE-2 incluem patologia cardiovascular prévia, Diabetes mellitus, idade inferior a 40 anos ou superior a 69 anos. O SCORE-2 usa informações de pressão arterial, perfil lipídico, sexo, idade e hábitos alcoólicos. Resultados Selecionaram-se 345 trabalhadores. O valor mediano do risco cardiovascular dos trabalhadores em 2021 (Mediana=2,215%; IQR - InterQuartile Range/Amplitude Interquartil=3,0%) foi significativamente superior ao de 2011 (M=1,273%; IQR=1,8%). O risco cardiovascular em 2021 dos trabalhadores do Departamento de Gestão (M=3.173%; IQR=4.6%) foi superior ao dos trabalhadores do Departamento Médico (M=1.958%; IQR=1.9%). Não se encontraram diferenças significativas do risco cardiovascular dos trabalhadores segundo o seu grupo profissional, em 2011 [X2(7)=7,580; p>0,05] e em 2021 [X2(7)=7,427; p>0,05]. Não se encontraram diferenças significativas do risco cardiovascular dos trabalhadores segundo as suas habilitações literárias, em 2011 [X2(5)=3,412; p>0,05] e em 2021 [X2(5)=2,895; p>0,05]. Conclusões O conhecimento das características da população trabalhadora permite o desenvolvimento de planos personalizados, tendo em conta estilos de vida saudáveis, a fim de diminuir o Risco Cardiovascular destes trabalhadores. Com estes planos orientados para a diminuição do Risco Cardiovascular global da população de trabalhadores e das suas consequências na sua saúde, prevê-se uma redução do absentismo por doença, uma melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores, um incremento na sua produtividade e consequente melhoria dos serviços prestados pela entidade empregadora.Ajeogene Serviços Médicos Lda2023-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532023000200201Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online v.16 2023reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532023000200201Pereira,MAbreu,DAlves,HSilva,LCamarinha,AOliveira,AMelo,DMautempo,Finfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:31:33Zoai:scielo:S2183-84532023000200201Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:34:37.966839Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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