O uso sistemático de antimicrobianos em Endodontia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Miguel Ângelo Rodrigues da
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/20301
Resumo: Objetivo: Caraterizar os hábitos de prescrição de antibióticos sistémicos dos Médicos Dentistas, que desenvolvem a sua prática clínica na cidade de Viseu, Portugal, em situações de diferentes infeções endodônticas e características específicas do paciente. Metodologia: Foram distribuídos pessoalmente 135 questionários, em suporte papel por todos os consultórios e clínicas médico-dentárias da cidade de Viseu para recolher dados sobre os hábitos de prescrição de antibióticos sistémicos dos Médicos Dentistas, a desenvolver a sua prática clínica na cidade. A análise estatística foi elaborada com o auxílio do programa SPSS (v.22.0). Resultados: A taxa de resposta foi de 70% (n=95). A grande maioria dos Médicos Dentistas prescreve antibióticos por 8 dias (78,9%). O antibiótico mais frequentemente prescrito foi a associação de Amoxicilina com Ácido Clavulânico 875/125mg (82.1%). Em caso de alergia à penicilina, os antibióticos mais prescritos foram a Claritromicina 500mg (34.7%) e Azitromicina 500mg (33.7%). Verificaram-se percentagens consideráveis de abuso de antibióticos em situações de pulpite irreversível, necrose pulpar sem envolvimento sistémico ou com fístula e em casos de retratamento endodôntico. Relativamente à profilaxia antibiótica, verificou-se que a maioria prescreve o antibiótico adequado mas, fá-lo para situações não recomendadas. Conclusão: É importante que o Médico Dentista compreenda a importância de restringir o uso de antibióticos aos casos de infeção grave que necessitam deles. Grande parte dos Médicos Dentistas inquiridos e a desenvolver a sua atividade na cidade de Viseu, prescrevem inadequadamente para condições inflamatórias endodônticas como a pulpite, além disso, parecem não seguir ou desconhecer as guidelines para a prescrição antibiótica contribuindo assim para o aumento da resistência aos antimicrobianos.
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