O bilinguismo na comunidade autónoma da Catalunha
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/1817 |
Resumo: | Existe um provérbio checo que diz “Por cada idioma que se fala vive-se uma vida diferente. Se só se sabe apenas um idioma, só se vive uma vez”. A língua representa diversidade, património cultural, comunicação e cooperação, valores importantes e até imprescindíveis para viver e conviver em sociedade. É dentro desta perspectiva que a autora deste trabalho pretende apresentar e descrever a realidade social, educativa e pessoal, própria de alguém que nasceu e viveu na Catalunha durante 26 anos, sendo bilingue ― em casa sempre falou catalão, língua de gerações passadas e, na escola, teve toda a escolaridade obrigatória em castelhano. Naquela altura (anos 60-70), a escola ainda não era bilingue, devido à situação política que se vivia no Estado Espanhol: a ditadura do General Franco. O ponto de partida é assim o próprio interesse da autora, pela questão do bilinguismo individual, social ou educativo que, para além da realidade social já referida, se traduz na vontade de exprimir as vantagens que, um tema tão rico e diverso, pode proporcionar isoladamente a um indivíduo ou, num sentido mais amplo, à própria sociedade. Numa primeira parte, faz-se uma breve exposição das diferentes definições do bilinguismo e introduz-se uma pequena abordagem histórica das duas línguas em contacto, concretamente o castelhano e o catalão. Nunca poderemos entender realidades tão complexas, se não conhecermos um pouco da história dessas línguas e da forma como se foram desenvolvendo e adaptando até aos nossos dias. Numa segunda parte, apresenta-se um estudo linguístico do catalão na comunidade catalã, através das leis e planificações linguísticas relevantes dos últimos anos e da forma como esta sociedade as assimilou politicamente, educativamente e socialmente ao longo do tempo. Por último, pretendeu-se fazer uma análise no terreno relativamente à implementação e funcionamento destas políticas linguísticas, observando fenómenos sociológicos importantes, que influenciam a comunidade também do ponto de vista linguístico, designadamente a imigração que, actualmente, provém maioritariamente dos países sul-americanos (ao contrário da imigração dos anos 60-70, que era essencialmente interna). Este aspecto confirma a existência, de uma forma continuada no tempo, de grandes transformações no que se refere à aprendizagem do catalão e às características sociológicas de quem reside, estuda e trabalha numa comunidade essencialmente bilingue. |
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