Stresse Ocupacional e Risco Cardiovascular numa população de funcionários de lares de idosos na Cova da Beira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/4896 |
Resumo: | Introdução: O stresse é o segundo problema de saúde mais comum na Europa relacionado com o trabalho, tendo a capacidade de aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Estas são a principal causa de morte em Portugal e na Europa, com uma base multifatorial e com uma importante interação entre os diferentes fatores de risco. Tendo em conta o envelhecimento populacional, o aumento da procura de vagas em lares de idosos e a falta de estudos nos funcionários deste setor, torna-se crucial estudar esta população. Métodos: Estudo analítico e transversal, no qual foram selecionados 216 funcionários, de 7 lares de idosos na Cova da Beira. Foi aplicado um questionário constituído por três partes, com o objetivo de caracterizar a população, avaliar o risco cardiovascular e o nível de stresse ocupacional, aplicando o Systematic Coronary Risk Evaluation e a Job Stress Scale. Resultados: Da amostra de funcionários, 92.1% são do sexo feminino e 73.7% têm idade inferior a 50 anos. Obteve-se uma percentagem de não-fumadores de 80,1%, contudo cerca de 70% dos participantes são sedentários e 42.6% têm peso superior ao normal. A maioria dos funcionários são auxiliares. Em relação aos antecedentes pessoais, a hipercolesterolémia e a hipertensão arterial são as patologias mais prevalentes. No que diz respeito ao risco cardiovascular, 27.3% apresenta um nível alto ou muito alto. Cerca de 93% dos participantes estão sujeitos a um nível aumentado de stresse no trabalho. No grupo de funcionários com idade igual ou superior a 40 anos, verificou-se relação entre o risco cardiovascular e o índice de massa corporal, e entre o risco cardiovascular e a tipologia de horário fixo. Não se verificou relação entre stresse ocupacional e risco cardiovascular, ou entre o mesmo risco e o apoio social. Conclusões: No grupo de funcionários com idade igual ou superior a 40 anos, verificou-se relação entre o risco cardiovascular e o índice de massa corporal, salientando o efeito negativo do excesso de peso no aparelho cardiovascular. No mesmo grupo, verificou-se relação entre o risco cardiovascular e a tipologia de horário fixo, contrariando os achados de estudos realizados em trabalhadores por turnos. Dada a multiplicidade de fatores que podem influenciar a resposta ao stresse e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, torna-se compreensível a grande variabilidade de respostas individuais. Deste modo, torna-se importante identificar os fatores de risco presentes, promovendo uma alteração daqueles que são modificáveis. |
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Stresse Ocupacional e Risco Cardiovascular numa população de funcionários de lares de idosos na Cova da BeiraCuidadores FormaisJob Stress ScaleRisco CardiovascularScoreStresse OcupacionalDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: O stresse é o segundo problema de saúde mais comum na Europa relacionado com o trabalho, tendo a capacidade de aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Estas são a principal causa de morte em Portugal e na Europa, com uma base multifatorial e com uma importante interação entre os diferentes fatores de risco. Tendo em conta o envelhecimento populacional, o aumento da procura de vagas em lares de idosos e a falta de estudos nos funcionários deste setor, torna-se crucial estudar esta população. Métodos: Estudo analítico e transversal, no qual foram selecionados 216 funcionários, de 7 lares de idosos na Cova da Beira. Foi aplicado um questionário constituído por três partes, com o objetivo de caracterizar a população, avaliar o risco cardiovascular e o nível de stresse ocupacional, aplicando o Systematic Coronary Risk Evaluation e a Job Stress Scale. Resultados: Da amostra de funcionários, 92.1% são do sexo feminino e 73.7% têm idade inferior a 50 anos. Obteve-se uma percentagem de não-fumadores de 80,1%, contudo cerca de 70% dos participantes são sedentários e 42.6% têm peso superior ao normal. A maioria dos funcionários são auxiliares. Em relação aos antecedentes pessoais, a hipercolesterolémia e a hipertensão arterial são as patologias mais prevalentes. No que diz respeito ao risco cardiovascular, 27.3% apresenta um nível alto ou muito alto. Cerca de 93% dos participantes estão sujeitos a um nível aumentado de stresse no trabalho. No grupo de funcionários com idade igual ou superior a 40 anos, verificou-se relação entre o risco cardiovascular e o índice de massa corporal, e entre o risco cardiovascular e a tipologia de horário fixo. Não se verificou relação entre stresse ocupacional e risco cardiovascular, ou entre o mesmo risco e o apoio social. Conclusões: No grupo de funcionários com idade igual ou superior a 40 anos, verificou-se relação entre o risco cardiovascular e o índice de massa corporal, salientando o efeito negativo do excesso de peso no aparelho cardiovascular. No mesmo grupo, verificou-se relação entre o risco cardiovascular e a tipologia de horário fixo, contrariando os achados de estudos realizados em trabalhadores por turnos. Dada a multiplicidade de fatores que podem influenciar a resposta ao stresse e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, torna-se compreensível a grande variabilidade de respostas individuais. Deste modo, torna-se importante identificar os fatores de risco presentes, promovendo uma alteração daqueles que são modificáveis.Introduction: Stress is the second most common work-related health problem in Europe, capable of increasing the risk of cardiovascular diseases. These are the leading cause of death in Portugal and in Europe, with a multifactorial basis and an important interaction between the different risk factors. Given the aging population, increased demand for places in nursing homes and the lack of studies on these employees, it is crucial to study this population. Methods: Analytical and cross-sectional study in which 216 employees were selected from 7 nursing homes in Cova da Beira. Was applied questionnaire of three parts, with the goal of characterizing the population, assessing cardiovascular risk and the level of occupational stress, using the Systematic Coronary Risk Evaluation and Job Stress Scale. Results: In this sample, 92.1% are women and 73.7% are under 50 years. There were 80.1% non-smokers, but about 70% of the participants are sedentary and 42.6% are overweight. Most employees are assistants. Regarding personal history, hypercholesterolemia and hypertension are the most prevalent pathologies. Concerning cardiovascular risk, 27.3% have a high or very high level. About 93% of the participants have an increased level of stress at work. In the group of employees aged over 40 years, there was a relationship between cardiovascular risk and body mass index, and between cardiovascular risk and fixed schedule. There was no relationship between cardiovascular risk and occupational stress or between cardiovascular risk and social support. Conclusion: In the group of employees aged over 40 years, there was a relationship between cardiovascular risk and body mass index, highlighting the negative effect of overweight on the cardiovascular system. In the same group, there was a relationship between cardiovascular risk and fixed schedule, contradicting the findings of studies in shift workers. Given the multiplicity of factors that may influence the response to stress and the development of cardiovascular disease, it is understandable the variability of individual responses. Thus, it is important to identify the risk factors, promoting a change from those that are modifiable.Silva, Maria Eugénia SantosTjeng, RicardouBibliorumDuarte, Filipa Martins2018-07-09T14:46:02Z2014-5-152014-06-252014-06-25T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/4896TID:201639424porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:42:20Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/4896Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:45:55.721029Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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