Perfil de resistência a antibióticos em isolados de doentes oncológicos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/3990 |
Resumo: | Cerca de 25 a 50% dos doentes internados são sujeitos a terapias antibióticas. O uso excessivo e durante longos períodos de tempo de antibióticos associado à toxicidade dos mesmos causam efeitos adversos muito significativos tais como emergência de microrganismos resistentes, aumento da morbilidade e mortalidade, aumento das infecções associadas e, também, aumento dos custos associados à prestação de cuidados de saúde. A resistência aos antibióticos em meio hospitalar é uma ameaça para a saúde pública e compromete o tratamento apropriado dos doentes infectados, especialmente em doentes oncológicos. Com o presente trabalho pretendeu-se identificar quais os microrganismos mais comuns envolvidos na infecção hospitalar e os seus perfis de resistência aos antibióticos. Os microrganismos foram recolhidas de doentes oncológicos do internamento do IPOCFG, E.P.E., durante o período de Setembro de 2009 a Fevereiro de 2010, E.coli foi o microrganismo mais isolado (16,0%), seguido por Staphylococcus coagulase negativa (13,4%), Pseudomonas aeruginosa (12,8%), Staphylococcus aureus (12,8%), Candida spp. (9,1%), Enterococcus faecalis (9,1%), Klebsiella pneumoniae (7,0%) e Proteus mirabilis (5,9%). A infecção foi mais prevalente em homens do que em mulheres e a média de idades da população em estudo foi 62,9 anos. O tipo de infecção mais comum foi a infecção respiratória. Seguem-se a infecção urinária e a infecção sanguínea. Klebsiella pneumoniae foi resistente à norfloxacina e cefalosporinas de 1ª, 2ª, e 3ª geração. Proteus mirabilis foi resistente à tetraciclina e ampicilina. E.coli e Pseudomonas aeruginosa apresentaram baixas taxas de resistência aos antibióticos (inferiores a 58,6% e 41,7% respectivamente). 20% de E.coli e 76,9% de Klebsiella pneumoniae são produtores de ESBL’s. Staphylococcus coagulase negativa foi resistente à benzilpenicilina e oxacilina. S.aureus foi resistente à benzilpenicilina, oxacilina, aos antibióticos do grupo MLS e quinolonas. Enterococcus faecalis foi resistente às cefalosporinas de 2ª geração; clindamicina, tetraciclina e quinupristina/dalfopristin. Dos S.aureus isolados, 79,2% são MRSA. |
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Os microrganismos foram recolhidas de doentes oncológicos do internamento do IPOCFG, E.P.E., durante o período de Setembro de 2009 a Fevereiro de 2010, E.coli foi o microrganismo mais isolado (16,0%), seguido por Staphylococcus coagulase negativa (13,4%), Pseudomonas aeruginosa (12,8%), Staphylococcus aureus (12,8%), Candida spp. (9,1%), Enterococcus faecalis (9,1%), Klebsiella pneumoniae (7,0%) e Proteus mirabilis (5,9%). A infecção foi mais prevalente em homens do que em mulheres e a média de idades da população em estudo foi 62,9 anos. O tipo de infecção mais comum foi a infecção respiratória. Seguem-se a infecção urinária e a infecção sanguínea. Klebsiella pneumoniae foi resistente à norfloxacina e cefalosporinas de 1ª, 2ª, e 3ª geração. Proteus mirabilis foi resistente à tetraciclina e ampicilina. E.coli e Pseudomonas aeruginosa apresentaram baixas taxas de resistência aos antibióticos (inferiores a 58,6% e 41,7% respectivamente). 20% de E.coli e 76,9% de Klebsiella pneumoniae são produtores de ESBL’s. Staphylococcus coagulase negativa foi resistente à benzilpenicilina e oxacilina. S.aureus foi resistente à benzilpenicilina, oxacilina, aos antibióticos do grupo MLS e quinolonas. Enterococcus faecalis foi resistente às cefalosporinas de 2ª geração; clindamicina, tetraciclina e quinupristina/dalfopristin. Dos S.aureus isolados, 79,2% são MRSA.It is reported that 25-50% of inpatients receive antimicrobial agents. In addition to the toxicity of the administered drug, excessive and long-term administration of antimicrobials causes significant adverse effects, such as emergence of resistant microorganisms, increase in morbidity and mortality and associated infections. It also results in a increase in healthcare costs. Antibiotic resistance is a threat to public health and compromises appropriate therapy of infected patients, especially in oncologic patients. The aim of the present study was to identify the most common microorganisms involved in hospital infection and theirs resistance profile to antibiotics. Strains were isolated from oncologic inpatients of the IPOCFG, E.P.E., during the period from September 2009 to February 2010. E.coli was the more isolated strain (16,0%) followed by coagulase negative staphylococci (13,4%), Pseudomonas aeruginosa (12,8%), Staphylococcus aureus (12,8%), Candida spp. (9,1%), Enterococcus faecalis (9,1%), Klebsiella pneumoniae (7,0%) and Proteus mirabilis (5,9%). Infection was more prevalente in male patients than in women and the mean age of the study populations was 62, 9 years. Respiratory tract infections were the most common, followed by urinary tract and blood stream infections. Klebsiella pneumoniae was resistant to norfloxacin and 1st, 2nd and 3rd generation cephalosporins. Proteus mirabilis was resistant to tetracycline, trimethoprim/sulfamethoxazole and ampicillin. E.coli and Pseudomonas aeruginosa presented low resistance rates to antibiotics (less than 58,6% and 41,7% respectively). 20% and 76,9% are ESBL-producing E.coli and Klebsiella pneumoniae respectively. Coagulase negative staphylococci were resistant to benzylpenicillin and oxacillin. S.aureus was resistant to benzylpenicillin, oxacillin, to the MLS group and to quinolones. Enterococcus faecalis were resistant to 2nd generation cephalosporins, clindamycin, tetracycline and quinupristin/dalfopristin. 79,2% were found to be MRSA.Universidade de Aveiro2011-09-13T14:22:38Z2010-01-01T00:00:00Z2010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/3990porAlexandre, Joana Isabel Ferreirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:04:08Zoai:ria.ua.pt:10773/3990Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:42:05.396386Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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