O fado e “as regras da arte: autenticidade”, “pureza” e mercado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendonça,Luciana F. M.
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-34192012000100005
Resumo: O fado é o género mais importante da música popular portuguesa. Faz parte das representações hegemónicas da nacionalidade e é um ícone de Lisboa. Ainda, o fado tem um lugar de destaque no mercado da música, nacionalmente e no estrangeiro. Em contraste, entre as representações que legitimam a “autenticidade” do fado, encontra-se uma firme defesa das disposições amadoras. Alguns fadistas dizem que o “verdadeiro” fado nunca é (e, idealmente, nunca deveria ser) um meio para ganhar a vida; deve ser sempre uma expressão da alma. Os ecos do discurso da art pour l’art do século XIX podem ser reconhecidos aqui. O objetivo deste artigo é interrogar-se sobre como esse discurso pode ser reproduzido hoje. Quais são os seus significados? Que contradições há entre a existência deste tipo de discurso e a projeção do género no mercado musical?
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