O fado e “as regras da arte”: “autenticidade”, “pureza” e mercado
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://ojs.letras.up.pt/index.php/Sociologia/article/view/1421 |
Resumo: | O fado é o género mais importante da música popular portuguesa. Faz parte das representações hegemónicas da nacionalidade e é um ícone de Lisboa. Ainda, o fado tem um lugar de destaque no mercado da música, nacionalmente e no estrangeiro. Em contraste, entre as representações que legitimam a “autenticidade” do fado, encontra‑se uma firme defesa das disposições amadoras. Alguns fadistas dizem que o “verdadeiro” fado nunca é (e, idealmente, nunca deveria ser) um meio para ganhar a vida; deve ser sempre uma expressão da alma. Os ecos do discurso da art pour l’art do século XIX podem ser reconhecidos aqui. O objetivo deste artigo é interrogar‑se sobre como esse discurso pode ser reproduzido hoje. Quais são os seus significados? Que contradições há entre a existência deste tipo de discurso e a projeção do género no mercado musical? |
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