O papel do director de turma face aos desafios da autonomia: um estudo de caso .

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz, Paulo Manuel do Vale
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11328/199
Resumo: Os crescentes desafios da gestão pedagógica e administrativa que são lançados, nos nossos dias, à escola, poderão ser vencidos e as respostas a dar enriquecidas, atribuindo uma maior valorização à figura do director de turma, enquanto gestor intermédio de relevo na organização escolar. Para que assim suceda é necess´´ario que os demais actores educativos reconheçam a importância da missão que ao director de turma lhe está cometida, dignificando-o e atribuindo-lhes condições de trabalho favoráveis ao desempenho de tarefas relevantes no quadro das atribuições pedagógico-administrativas das escolas, no relacionamento com as famílias e na promoção do sucesso escolar dos alunos. Com este estudo pretendemos conhecer o papel do Director de Turma face aos desafios da autonomia numa escola básica integrada do concelho de S. Pedro do Sul. Adoptamos o modelo de estudo de caso, centrado na descoberta das posições que diferentes actores educativos (alunos, directores de turma, presidente do conselho executivo, coordenadora dos directores de turma e presidente da associação de pais) adoptam face à figura do director de turma, o grau de execução da multiplicidade de papéis que lhe estão atribuídos e ainda até que nível estarão os directores de turma a operacionalizar a autonomia veiculada pelo Decreto-Lei n.º 115-A/98, de 4 de Maio. A informação referente ao levantamento dessas posições foi recolhida através da aplicação de questionários aos alunos e aos directores de turma. Entrevistamos também a presidente do conselho executivo da escola, a coordenadora dos directores de turma e a presidente da associação de pais. Entre as conclusões do nosso estudo, após cruzamento dos dados obtidos, salienta-se o facto de, na escola estudada, a figura do director de turma ser bastante valorizada. O director de turma é uma figura, de alguma forma, acarinhada pelos alunos, que vêm nele alguém capaz de intervir directa e objectivamente na resolução dos seus problemas pessoais e escolares, é no fundo um amigo. Os restantes actores educativos, não vão tão longe, mas reconhecem a importância da figura do DT no quadro da definição de uma estratégia de intervenção global, quer ao nível de políticas de escola, quer ao nível do funcionamento e organização das turmas, no que se refere à sua relação com os restantes docentes, quer na ligação escola-família. A autonomia de escola começa aqui a dar os primeiros sinais de evolução positiva, uma vez que foi já implementada uma hora no horário dos alunos para encontro semanal com o director de turma. Contudo, não se deram ainda passos significativos em termos de verdadeira autonomia de escola no que se refere, nomeadamente, à definição de um perfil de director de turma.
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