A influência do bem-estar das mães no desenvolvimento dos filhos na primeira infância

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Andrade, Nuno Miguel Sousa
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11144/2445
Resumo: Este estudo teve como seu principal propósito analisar a possível relação existente entre, por um lado, o Bem-Estar Subjetivo das mães nas suas diversas valências (Cognitiva, Afetos e Satisfação Parental) e, por outro, o Desenvolvimento Infantil dos filhos na primeira infância nos seus principais domínios (Socio-afetivo, Linguagem, Cognitivo e Psicomotor). Postulou se que, por via relacional, o bem-estar das mães condiciona a disponibilidade para atenderem as demandas dos filhos, logo, com implicações para o desenvolvimento da criança. Em rigor, pretendeu-se compreender se os instrumentos de mensuração do Bem-Estar Subjetivo poderiam ser utilizados como preditores de Desenvolvimento Infantil nas idades precoces. Pensamos que isso acarretaria reais vantagens para a academia, dado que se tratam de instrumentos simples, rápidos e baratos de aplicar. Com surpresa, constatamos a quase inexistência de estudos acerca deste tema, pese embora, diversos autores clamem pela importância de investigações semelhantes. Teoricamente o estudo foi organizado em dois eixos principais: (a) Desenvolvimento Infantil e (b) Bem-Estar Subjetivo. A literatura apontou a responsividade dos primeiros cuidadores como elemento fundamental no desenvolvimento dos filhos. E, pessoas com níveis elevados de Bem-Estar Subjetivo, ao nível dos afetos, tendiam a entabular relações de qualidade, tratando-se de um forte indicador de Saúde Mental. O estudo decorreu entre 2014 e 2015, numa creche da freguesia de Benfica em Lisboa e a amostra foi de conveniência, constituída por 110 participantes, 55 mães e 55 filhos com idades entre os 12 e os 36 meses. Utilizou-se o método transversal recorrendo a análises correlacionais e regressões lineares simples. Os resultados obtidos, de um modo geral, confirmaram a existência de uma relação entre o Bem-Estar Subjetivo das mães e o Desenvolvimento dos filhos, designadamente, o Afeto Positivo e a Satisfação Parental das cuidadoras associava-se, significativamente, com os domínios do desenvolvimento Socio afetivo e da Linguagem das crianças, quando estas tinham entre 30 e 35 meses de idade. No entanto, a diminuta representatividade em outras faixas etárias da nossa amostra, condicionou a extrapolação destes dados quer para idades mais precoces, quer para estabelecer associações com outras competências infantis. Pensamos que futuras investigações poderão esclarecer melhor estes pontos.
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