Das Tulherias a Amarante. Pode a literatura ser uma forma de história?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Namora, Ricardo
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://journals.openedition.org/carnets/7655
Resumo: O texto concentrar-se-á no tratamento literário, histórico e biográfico dado a Napoleão pelo poeta e biógrafo português Teixeira de Pascoaes, na obra homónima publicada em 1940. Nessa biografia, Pascoaes faz uso de um excêntrico sistema filosófico, que aspira a reconstruir a história de modo particular – nas suas palavras, Napoleão é “o santo da História”. Mas há outro lado que parece salientar-se: Napoleão o homem, duplicado nele mesmo e em Bonaparte, duas entidades que reescrevem uma épica pessoal e histórica. Neste contexto, serão discutidas duas questões: i) o que leva um poeta e pensador consagrado a, no final da sua carreira literária, construir um complexo sistema biográfico no qual Napoleão é a figura central?; ii) quais são as consequências de se pensar, como Pascoaes faz implícita e explicitamente, que a história é uma forma de literatura?
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