Efeito do extracto de folhas de Ginkgo biloba em células HepG2 tratadas com Paraquato

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Sandra Cristina Machado da
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/2825
Resumo: O extracto de folhas de Ginkgo biloba L. é um dos fármacos de origem vegetal mais vendido no Mundo. Relativamente a este extracto o presente trabalho estudou a sua genotoxicidade/antigenotoxicidade e esclarecer se este detém um efeito quimioprotector contra os danos induzidos pelo agente indutor de espécies reactivas de oxigénio (ROS), o Paraquato (PQ), usando a versão alcalina do Ensaio do Cometa para medir as quebras de cadeia de DNA basais e medir as 8-oxoguaninas e outras purinas alteradas (sítios FPG) pela incubação com formamidopirimidina DNA glicosilase (FPG). O PQ é um herbicida que origina a produção de ROS dentro das células e tem sido apontado como um factor relevante no desenvolvimento da doença de Parkinson. Neste estudo analisou-se a sua genotoxicidade e pretendeu-se contribuir para o estabelecimento de um protocolo alternativo aos métodos usados para a indução de danos oxidativos. O efeito de diferentes concentrações de Paraquato (1; 1,5; 2 e 5 μM) foi testado em células HepG2. Diferentes concentrações de extracto vegetal (0,5; 5 e 10 g/L) foram testadas sozinhas ou combinadas com Paraquato (1 e 1,5 μM), ao longo do tempo (de uma a 24 horas de incubação), de modo a avaliar o efeito mutagénico/antimutagénico deste extracto vegetal. A incubação das células HepG2 com o extracto vegetal (10 g/L) durante uma hora aumentou os danos no DNA (quebras de cadeia e dano oxidativo), provavelmente devido aos ácidos ginkgólicos presentes no extracto bruto. A incubação com 0,5 g/L ao longo do tempo (uma, 4 e 24 horas) indicou que, 4 horas após a incubação das células HepG2, o dano é sobretudo oxidativo. Os tratamentos com Paraquato conduziram a um aumento do dano oxidativo no DNA, nas concentrações 1 e 1,5 μM, após 4 horas de incubação. O pré-tratamento de 24 horas das células HepG2 com Ginkgo biloba L. (0.5 e 5 g/L), antes do tratamento com PQ (1 e 1,5 μM, durante 1 hora), aumentou o dano oxidativo no DNA, revelando, ao contrario do que seria de esperar, efeitos genotóxicos quando usado nesta concentração e tempo.
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