Propriedades de agregação e de biofilme de uma nova estirpe candidata a probiótico Faecalibacterium duncaniae DSM 17677

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado, Daniela
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Vedor, Rita, Barbosa, Joana Cristina, Almeida, Diana, Andrade, José Carlos, Gomes, Ana Maria
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/46765
Resumo: Recentemente, a bactéria comensal intestinal Faecalibacterium duncaniae, anteriormente designada por Faecalibacterium prausnitzii, tem emergido como uma nova candidata a probiótico, apresentando bioatividades relevantes para o tratamento e prevenção de diversas doenças inflamatórias intestinais [1,2]. Apesar da sua elevada importância na saúde humana, a capacidade deste microrganismo para inibir a colonização patogénica permanece pouco explorada, principalmente devido às dificuldades na sua cultura e manipulação, consequência da sua natureza anaeróbia estrita [3]. Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar a capacidade da estirpe-tipo F. duncaniae DSM 17677 impedir a colonização patogénica, avaliando por ensaios in vitro as suas propriedades de auto-agregação, de co-agregação com nove microrganismos patogénicos e de formação de biofilme. Os resultados demonstraram que F. duncaniae DSM 17677 foi capaz de autoagregar e co-agregar com todas as bactérias patogénicas estudadas. As percentagens de auto-agregação foram superiores a 25 e 60% após 2 e 24 horas de incubação, respetivamente. Por seu lado, as percentagens de co-agregração com estirpes patogénicas foram superiores a 10 e 30% nos mesmos tempos de incubação anteriores. Relativamente à formação de biofilme, a F. duncaniae DSM 17677 formou biofilme após 24 horas de incubação, sendo classificado como produtor moderado. Em conclusão, foi demonstrado que F. duncaniae DSM 17677 possui propriedades essenciais para a sua permanência no ambiente intestinal e prevenção da colonização patogénica. Além disso, estes resultados evidenciam o potencial da estirpe F. duncaniae DSM 17677 para ser utilizada como estratégia bioterapêutica viva no tratamento e prevenção de infeções intestinais.
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