European Portuguese L2 clitics acquisition and the feature reassembly hypothesis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Ronan
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.21814/diacritica.698
Resumo: A Hipótese de Reconfiguração de Traços (HRT) sugere que as dificuldades na aquisição de uma língua segunda (L2) ocorrem quando os aprendentes têm de reconfigurar os traços existentes na sua língua materna para apresentarem a configuração que a L2 possui. Este estudo objetivou testá-la relativamente à aquisição dos padrões de colocação dos clíticos do português europeu (PE) L2 e à aceitabilidade de respostas verbais, seguindo Martins (1994), que correlaciona os dois fenómenos com os traços-V fortes do PE. Divididos em dois grupos de proficiência distintos, 21 falantes nativos de espanhol executaram duas tarefas: uma de completamento de frases e outra de julgamento de aceitabilidade de respostas verbais. Diferentemente da literatura na área, a preferência pela ênclise foi menor. Analisando-se os contextos de próclise, não houve homogeneidade na evolução dos padrões de colocação, com aqueles envolvendo a negação realizados em maiores taxas já em níveis de proficiência mais baixos. Uma evolução na aceitabilidade de respostas verbais com o aumento da proficiência pôde ser constatada no segundo teste. Contudo, a análise estatística não demonstrou correlação estatística entre os resultados das tarefas. Concluiu-se que há indícios de validade da HRT, mas investigações futuras devem ser conduzidas para comprovar a natureza dessa reconfiguração.
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spelling European Portuguese L2 clitics acquisition and the feature reassembly hypothesisA aquisição de clíticos em português europeu L2 e a Hipótese de Reconfiguração dos TraçosAquisição de língua segundaPronomes clíticosPortuguês europeuHipótese da Reconfiguração dos Traços (HRT)Second language acquisitionClitic pronounsEuropean PortugueseFeature Reassembly Hypothesis (FRH)A Hipótese de Reconfiguração de Traços (HRT) sugere que as dificuldades na aquisição de uma língua segunda (L2) ocorrem quando os aprendentes têm de reconfigurar os traços existentes na sua língua materna para apresentarem a configuração que a L2 possui. Este estudo objetivou testá-la relativamente à aquisição dos padrões de colocação dos clíticos do português europeu (PE) L2 e à aceitabilidade de respostas verbais, seguindo Martins (1994), que correlaciona os dois fenómenos com os traços-V fortes do PE. Divididos em dois grupos de proficiência distintos, 21 falantes nativos de espanhol executaram duas tarefas: uma de completamento de frases e outra de julgamento de aceitabilidade de respostas verbais. Diferentemente da literatura na área, a preferência pela ênclise foi menor. Analisando-se os contextos de próclise, não houve homogeneidade na evolução dos padrões de colocação, com aqueles envolvendo a negação realizados em maiores taxas já em níveis de proficiência mais baixos. Uma evolução na aceitabilidade de respostas verbais com o aumento da proficiência pôde ser constatada no segundo teste. Contudo, a análise estatística não demonstrou correlação estatística entre os resultados das tarefas. Concluiu-se que há indícios de validade da HRT, mas investigações futuras devem ser conduzidas para comprovar a natureza dessa reconfiguração.The Feature Reassembly Hypothesis (FRH) suggests that the difficulties in second language (L2) acquisition happen when the learners have to reassemble the features present in their native language in order to present the L2’s configuration. This study aimed to test the FRH regarding the acquisition of clitics pattern in European Portuguese (EP) L2 and the acceptability of verbal responses, following Martins (1994), who correlates both phenomena with EP’s strong V-features. Divided into two different proficiency groups, 21 native speakers of Spanish executed two tasks: one of sentences completion and an acceptability judgment task of verbal responses. Differently to what has happened in other studies, preference for enclisis was lower. The analysis by proclitic context showed that the development of the placement patterns is not homogeneous, with negative contexts being produced in higher rates even at lower levels of proficiency. An evolution in the acceptance of verbal responses could be detected by the second task. Nevertheless, the statistical analysis did not show statistical correlation between results of the tasks. The conclusion is that there are signs that the FRH might be valid, but future research must be conducted in order to assess the nature of this reassembly.CEHUM2022-06-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://doi.org/10.21814/diacritica.698https://doi.org/10.21814/diacritica.698Diacrítica; Vol. 36 N.º 1 (2022): Psicolinguística; 108-132Diacrítica; Vol. 36 No. 1 (2022): Psycholinguistics; 108-1322183-91740870-8967reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://revistas.uminho.pt/index.php/diacritica/article/view/4777https://revistas.uminho.pt/index.php/diacritica/article/view/4777/5185Direitos de Autor (c) 2023 Ronan Pereirainfo:eu-repo/semantics/openAccessPereira, Ronan2023-05-19T07:45:13Zoai:journals.uminho.pt:article/4777Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:51:57.783881Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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